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São Paulo

São Paulo é um estado da região Sudeste. A economia cafeeira proporcionou rápido desenvolvimento urbano e industrial, e hoje o estado é o principal centro econômico do país.

Bandeira de São Paulo.
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São Paulo é um estado brasileiro da região Sudeste. Trata-se da unidade de federação mais populosa do país, com 46 milhões de pessoas, e abriga também a cidade com maior concentração de habitantes do Brasil, que é a sua capital.

O estado possui clima Tropical e relevo caracterizado pela presença de planaltos e depressões. Ainda no século XX, São Paulo se tornou um dos principais centros econômicos do Brasil.

Leia também: Espírito Santo – quarto menor estado brasileiro em extensão territorial

Tópicos deste artigo

Dados gerais de São Paulo

  • Região: Sudeste

  • Capital: São Paulo

  • Governo: democracia representativa

  • Área territorial: 248.219,481 km² (IBGE, 2020)

  • População: 46.289.333 habitantes (estimativa IBGE, 2020)

  • Densidade demográfica: 166,23 hab./km² (IBGE, 2010)

  • Fuso: Horário Padrão de Brasília (GMT -3)

  • Clima: Tropical

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Geografia de São Paulo

São Paulo fica na região Sudeste do Brasil. Possui área territorial de 248,21 mil km², sendo assim o 12º estado brasileiro em extensão. A leste, dispõe de uma faixa costeira de aproximadamente 622 km. Faz divisa:

O clima predominante no estado de São Paulo é o Tropical, havendo variações nas porções mais elevadas do território (Tropical de Altitude) e também nas áreas litorâneas (Tropical Atlântico).

No geral, os invernos são mais amenos e os verões são quentes. As temperaturas médias no estado ficam entre 18 ºC e 22 ºC, sendo a região oeste consideravelmente mais quente do que as terras mais elevadas e a leste. Os invernos tendem a ser secos na maior parte de São Paulo, e no verão, há a estação chuvosa. O volume anual de chuvas supera os 2000 mm no litoral, enquanto varia de 1500 mm, nas áreas centrais, até 1000 mm ou menos, nas cidades a oeste.

  • Relevo de São Paulo

O relevo paulista é formado por planaltos e depressões, concentrando as maiores elevações na porção oriental do território, próximo do litoral. As médias altimétricas variam na faixa dos 300 m aos 900 m.

Segundo a classificação proposta por Jurandyr Ross, o relevo paulista pode ser dividido em três unidades morfológicas. A primeira, que se estende pelo oeste, corresponde aos Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná. Abrangendo a faixa central do estado de norte a sul, temos a Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná. A oeste dessa unidade, estão situados os Planaltos e Serras de Leste-Sudeste.

As principais elevações do estado são as serras do Mar e da Mantiqueira, situadas a leste. Fica na Mantiqueira o pico dos Marins, com 2420 metros. Na divisa com o Rio de Janeiro, fica a pedra da Mina, a 2798 metros de altitude.

Vista da serra da Mantiqueira em Campos do Jordão (SP).
Vista da serra da Mantiqueira em Campos do Jordão (SP).
  • Vegetação de São Paulo

As formações vegetais características do Cerrado (32,7% da área estadual) e da Mata Atlântica (67,3%) recobrem o estado, enquanto no litoral são encontrados mangues e restingas, além das formações pioneiras nas áreas úmidas tanto da costa quando das zonas fluviais.

  • Hidrografia de São Paulo

O sistema de drenagem de São Paulo está dividido entre as bacias hidrográficas do Paraná e do Atlântico Sudeste. O rio Tietê é o principal do estado, atravessando-o de noroeste a sudeste. Outros importantes rios são o Grande, Paraíba do Sul, Paranapanema, Mogi Guaçu, Piracicaba e Ribeira do Iguape.

Veja também: Rio São Francisco – um dos mais importantes cursos d’água do Brasil

Mapa de São Paulo

Fonte: IBGE.
Fonte: IBGE.

Demografia de São Paulo

O estado de São Paulo é o mais populoso do Brasil. De acordo com as estimativas do IBGE para 2020, a população paulista é de 46.289.333 pessoas, valor equivalente a 21,9% da população brasileira. A densidade demográfica do estado era de 166,23 hab./km² à época do Censo de 2010. Atualmente esse valor chega a 186,48 hab./km², tendo em vista que São Paulo ganhou mais de cinco milhões de habitantes em uma década.

A taxa de urbanização do estado é de 95,9%. A cidade de São Paulo é seu município mais populoso e também a maior capital do país, reunindo hoje 12.325.232 habitantes. Outros dois municípios possuem população acima de um milhão de habitantes: Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, e Campinas. Destacam-se, ainda, São José dos Campos, São Bernardo do Campo e Santo André.

A população do estado vem passando por um gradual processo de envelhecimento, caracterizado pelo aumento do número de pessoas com 65 anos ou mais e pela redução dos habitantes com menos de 15 anos. A expectativa de vida ao nascer é de 78,9 anos, conforme o IBGE.

O município de São Paulo é o mais populoso do estado e também do Brasil.
O município de São Paulo é o mais populoso do estado e também do Brasil.

Divisão geográfica de São Paulo

O estado de São Paulo é composto por 645 municípios. O IBGE agrupa essas unidades territoriais em 53 regiões geográficas imediatas, as quais se subdividem em 11 regiões intermediárias:

  • São Paulo

  • Sorocaba

  • Bauru

  • Marília

  • Presidente Prudente

  • Araçatuba

  • São José do Rio Preto

  • Ribeirão Preto

  • Araraquara

  • Campinas

  • São José dos Campos

Economia de São Paulo

O Produto Interno Bruto (PIB) de São Paulo é o maior entre as unidades federativas brasileiras. De acordo com o IBGE, o PIB paulista é de R$ 2,21 trilhões, valor que corresponde a cerca de 31,6% do PIB do Brasil. É o único estado a registrar um valor que ultrapassa a casa dos bilhões de reais.

O setor terciário lidera a economia de São Paulo, com maior participação referente ao comércio e às atividades relacionadas ao setor financeiro, de seguros e outras inclusas no mesmo ramo. Uma parcela de 67,48% do PIB do estado é oriunda desse setor, com exceção da administração pública, conforme indicam os dados do IBGE.

A indústria do estado é bastante ampla e diversificada, composta por uma série de polos industriais bem distribuídos espacialmente e que são especializados em setores variados, como a produção sucroalcooleira, aeroespacial, automotiva, de couros e calçados, química e petroquímica, têxtil, de fármacos, e de alimentos e bebidas.

A agropecuária é responsável por uma fatia muito pequena do PIB, embora suas atividades integrem algumas das mais importantes cadeias produtivas do estado. Destacam-se nesse setor os cultivos de cana-de-açúcar, café, algodão, milho, soja e frutas, como a laranja, além dos rebanhos bovinos e da produção de carne e leite.

Veja também: Agrossistemas – conjunto de técnicas produtivas no espaço agrário

Governo de São Paulo

São Paulo é uma democracia representativa, o que significa que a população elege os seus governantes periodicamente, a cada quatro anos, por meio das eleições estaduais. O chefe do Poder Executivo é o governador. O Legislativo é representado por três senadores, 70 deputados federais e 94 deputados estaduais.

Bandeira de São Paulo

Infraestrutura de São Paulo

O transporte rodoviário é o principal modal utilizado para o deslocamento de pessoas e cargas em São Paulo. O estado possui uma densa rede rodoviária de 37 mil km, contabilizando as estradas federais e estaduais. Entre as vias federais que cruzam o território paulista estão: um trecho da BR-050 conhecido como Rodovia Anhanguera (SP-030), BR-101, BR-116, BR-153, BR-364 e outras.

A malha ferroviária paulista é importante para o transporte de cargas derivadas, principalmente, do setor primário exportador, fazendo a conexão das áreas produtoras com outros modais, como a Hidrovia Tietê-Paraná, e com os portos tanto em São Paulo quanto em estados vizinhos. O Porto de Santos, localizado no litoral paulista, é atualmente a principal via de exportação nacional e um dos maiores complexos portuários da América Latina.

Ficam na região metropolitana de São Paulo e na cidade de Campinas, no interior do estado, três dos maiores aeroportos de São Paulo, que são, respectivamente, Guarulhos, na cidade de mesmo nome, Congonhas, na capital, e Viracopos.

A matriz energética estadual é composta majoritariamente pela hidrelétrica, destacando-se também a biomassa derivada da cana-de-açúcar como uma das fontes renováveis utilizadas na região.

Cultura de São Paulo

A cultura de São Paulo é bastante plural, o que se deve à sua composição populacional diversa. Encontram-se aspectos derivados das populações indígenas, africanas, europeias e de vários outros locais do mundo. Vivem atualmente em São Paulo mais de três milhões de imigrantes que vieram de outras regiões do país e diversas nações, contribuindo de maneira direta para a diversidade cultural observada no estado.

Acontecem anualmente uma série de festas regionais e celebrações de cunho folclórico e religioso, como as Festas Juninas, Folia de Reis, Festa do Divino, Festa de Nossa Senhora Aparecida e outras. Na capital, a Virada Cultural se tornou fixa no calendário de eventos e reúne diversas apresentações em vários espaços da cidade.

O artesanato, além de uma manifestação cultural que expressa a identidade de um determinado grupo, tornou-se uma importante fonte de renda em diversas áreas do estado. Destacam-se a cerâmica, as esculturas feitas em madeira, os crochês, os trançados diversos característicos do Vale do Paraíba, e diversos outros trabalhos que utilizam matérias-primas naturais.

O prato tradicional do estado é o famoso virado à paulista.

Virado à paulista, prato típico de São Paulo.
Virado à paulista, prato típico de São Paulo.

História de São Paulo

As populações indígenas eram predominantes no território paulista quando da chegada dos primeiros portugueses, que aconteceu logo no início da colonização. Martim Afonso de Souza aportou no litoral de São Paulo e fundou a Vila de São Vicente, no ano de 1532. O povoamento das terras situadas além da faixa costeira teve início com os padres jesuítas da Companhia de Jesus, que construíram o chamado Colégio São Paulo de Paraitinga, em 1554. A edificação fica no atual centro histórico da capital paulista sob o nome de Pátio do Colégio.

São Paulo era o local de partida das expedições conhecidas como bandeiras, que tinham como objetivos a captura de indígenas para se tornarem mão de obra escravizada e a descoberta de metais preciosos pelo interior do Brasil nos séculos XVII e XVIII.

O desenvolvimento econômico da região se deu de forma acelerada com a introdução das lavouras cafeeiras no interior paulista, no século XIX. Com a abolição da escravidão no final do período, intensificou-se a entrada de imigrantes no estado. A economia cafeeira possibilitou um grande acúmulo de renda e o despontar tanto da infraestrutura de transportes, com o advento das ferrovias, quanto da indústria.

O processo de urbanização se intensificou nos séculos XX e XXI, ao mesmo tempo em que houve a ampliação e diversificação da indústria paulista, consolidando São Paulo como um dos principais centros econômicos e industriais do país.

 

Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Paloma Guitarrara Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Geografia na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial também pela UNICAMP. Atuo como professora de Geografia e Atualidades e redatora de textos didáticos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

GUITARRARA, Paloma. "São Paulo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/sao-paulo.htm. Acesso em 19 de março de 2024.

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