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Depressões são uma das classificações de relevo. Suas principais características estão relacionadas ao nível altimétrico (altitude) em que se encontram: costumam estar rebaixadas em relação às áreas que as limitam, podendo ser encontradas também abaixo do nível do mar. Sua superfície, apesar de plana, apresenta irregularidades, sendo, portanto, bastante acidentada e com inclinações. Esse tipo de paisagem é modelado por meio de processos de desgaste provocados por agentes erosivos que modelam o relevo.
Tópicos deste artigo
- 1 - Formação
- 2 - Classificação das depressões de acordo com a altitude
- 3 - Classificação das depressões de acordo com a localização
- 4 - Curiosidades sobre as depressões brasileiras
- 5 - Vales e crateras são depressões?
- 6 - Maior depressão absoluta do mundo
Formação
São por meio de processos erosivos que as depressões se formam. Em suas bordas, podemos encontrar bacias sedimentares. O desgaste natural dessas bacias por meio de agentes transformadores do relevo pode originar as depressões. Essa forma de relevo também pode ser formada pelo afundamento das áreas provocado por forças oriundas do interior da Terra.
Depressões podem ser geradas por rochas cristalinas e rochas sedimentares. O desgaste dessas rochas provoca um intenso acúmulo de sedimentos.
Classificação das depressões de acordo com a altitude
→ Depressões relativas: são consideradas relativas as áreas de depressão que possuem nível altimétrico maior que o nível do mar, mas com altitudes inferiores às das áreas que as circundam. Exemplos: Depressão Cuiabana, no Brasil.
→ Depressões absolutas: são consideradas depressões absolutas as áreas que apresentam altitudes mais baixas que o nível do mar. Exemplo: Mar Cáspio, localizado entre os continentes europeu e asiático.
Classificação das depressões de acordo com a localização
1. Periféricas: localizam-se em áreas de contato entre bacias sedimentares e núcleos cristalinos. Normalmente apresentam formato alongado. Exemplo: Depressão Periférica Paulista, no estado de São Paulo.
2. Marginais: situam-se em áreas de origem sedimentar. Exemplo: Depressão Sul-Amazônica.
3. Interplanálticas: como o próprio nome sugere, localizam-se em altitudes mais baixas que os planaltos que estão ao seu redor. Exemplo: Depressão Sertaneja e do São Francisco.
Curiosidades sobre as depressões brasileiras
As depressões no Brasil são originárias de processos erosivos nas bordas das bacias sedimentares. Durante um certo tempo, essa forma de relevo no Brasil não aparecia nos estudos propostos por pesquisadores. As depressões só passaram a fazer parte do relevo do território brasileiro a partir da classificação proposta por Jurandyr Ross. Baseado nos estudos de geógrafos como Aziz N. Ab'Saber e no Projeto RadamBrasil1, Ross, considerando aspectos como altitude, processos de formação e estrutura geológica, dividiu o Brasil em 28 unidades de relevo, distribuídas entre planaltos, planícies e depressões.
Os principais exemplos de depressões brasileiras são: Depressão Sertaneja e do São Francisco, Depressão Cuiabana, Depressão Periférica Sul-Rio-Grandense, Depressão do Araguaia, Depressão Amazônica, entre outras.
Vales e crateras são depressões?
A cratera pode ser considerada um exemplo geral de depressão. Ela é definida como uma área localizada em altitudes mais baixas que as das áreas ao seu redor. Os vales também são considerados formas de depressão e comumente apresentam duas encostas em seus limites. É comum encontrar cursos d'água no fundo dos vales, sendo eles responsáveis em alguns casos pela formação desse tipo de relevo.
Parque Nacional do Vale da Morte, localizado no estado da Califórnia, Estados Unidos
Maior depressão absoluta do mundo
O Mar Morto, situado no Oriente Médio, é considerado a maior depressão absoluta do planeta. Ele possui a maior área continental com altitudes mais baixas que o nível do mar.
Mar Morto, localizado no Oriente Médio
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1PROJETO RADAMBRASIL. "Capítulo 2. Geomorfologia". In: Levantamento de recursos naturais. 34 vols. Rio de Janeiro: Ministério das Minas e Energia; Departamento Nacional de Produção Mineral, 1973-1987
Por Rafaela Sousa
Graduada em Geografia