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Depressões

Depressões são unidades de relevo normalmente rebaixadas. Possuem altitudes que variam entre 100 m e 500 m e costumam ser classificadas em relativas e absolutas.

O Mar Cáspio, um tipo de depressão, está localizado entre o continente europeu e o continente asiático
O Mar Cáspio, um tipo de depressão, está localizado entre o continente europeu e o continente asiático
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Depressões são uma das classificações de relevo. Suas principais características estão relacionadas ao nível altimétrico (altitude) em que se encontram: costumam estar rebaixadas em relação às áreas que as limitam, podendo ser encontradas também abaixo do nível do mar. Sua superfície, apesar de plana, apresenta irregularidades, sendo, portanto, bastante acidentada e com inclinações. Esse tipo de paisagem é modelado por meio de processos de desgaste provocados por agentes erosivos que modelam o relevo.

Tópicos deste artigo


Formação

São por meio de processos erosivos que as depressões se formam. Em suas bordas, podemos encontrar bacias sedimentares. O desgaste natural dessas bacias por meio de agentes transformadores do relevo pode originar as depressões. Essa forma de relevo também pode ser formada pelo afundamento das áreas provocado por forças oriundas do interior da Terra.

Depressões podem ser geradas por rochas cristalinas e rochas sedimentares. O desgaste dessas rochas provoca um intenso acúmulo de sedimentos.


Classificação das depressões de acordo com a altitude

→ Depressões relativas: são consideradas relativas as áreas de depressão que possuem nível altimétrico maior que o nível do mar, mas com altitudes inferiores às das áreas que as circundam. Exemplos: Depressão Cuiabana, no Brasil.

→ Depressões absolutas: são consideradas depressões absolutas as áreas que apresentam altitudes mais baixas que o nível do mar. Exemplo: Mar Cáspio, localizado entre os continentes europeu e asiático.


Classificação das depressões de acordo com a localização

1. Periféricas: localizam-se em áreas de contato entre bacias sedimentares e núcleos cristalinos. Normalmente apresentam formato alongado. Exemplo: Depressão Periférica Paulista, no estado de São Paulo.

2. Marginais: situam-se em áreas de origem sedimentar. Exemplo: Depressão Sul-Amazônica.

3. Interplanálticas: como o próprio nome sugere, localizam-se em altitudes mais baixas que os planaltos que estão ao seu redor. Exemplo: Depressão Sertaneja e do São Francisco.


Curiosidades sobre as depressões brasileiras

As depressões no Brasil são originárias de processos erosivos nas bordas das bacias sedimentares. Durante um certo tempo, essa forma de relevo no Brasil não aparecia nos estudos propostos por pesquisadores. As depressões só passaram a fazer parte do relevo do território brasileiro a partir da classificação proposta por Jurandyr Ross. Baseado nos estudos de geógrafos como Aziz N. Ab'Saber e no Projeto RadamBrasil1, Ross, considerando aspectos como altitude, processos de formação e estrutura geológica, dividiu o Brasil em 28 unidades de relevo, distribuídas entre planaltos, planícies e depressões.

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Os principais exemplos de depressões brasileiras são: Depressão Sertaneja e do São Francisco, Depressão Cuiabana, Depressão Periférica Sul-Rio-Grandense, Depressão do Araguaia, Depressão Amazônica, entre outras.


Vales e crateras são depressões?

A cratera pode ser considerada um exemplo geral de depressão. Ela é definida como uma área localizada em altitudes mais baixas que as das áreas ao seu redor. Os vales também são considerados formas de depressão e comumente apresentam duas encostas em seus limites. É comum encontrar cursos d'água no fundo dos vales, sendo eles responsáveis em alguns casos pela formação desse tipo de relevo.


Parque Nacional do Vale da Morte, localizado no estado da Califórnia, Estados Unidos


Maior depressão absoluta do mundo

O Mar Morto, situado no Oriente Médio, é considerado a maior depressão absoluta do planeta. Ele possui a maior área continental com altitudes mais baixas que o nível do mar.


Mar Morto, localizado no Oriente Médio

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1PROJETO RADAMBRASIL. "Capítulo 2. Geomorfologia". In: Levantamento de recursos naturais. 34 vols. Rio de Janeiro: Ministério das Minas e Energia; Departamento Nacional de Produção Mineral, 1973-1987

Por Rafaela Sousa
Graduada em Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Rafaela Sousa Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUSA, Rafaela. "Depressões"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/depressoes.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

De estudante para estudante


Lista de exercícios


Exercício 1

É a estrutura do relevo terrestre que se caracteriza por se apresentar como área rebaixada em relação às áreas vizinhas.

Trata-se:

a) de um planalto.

b) de uma depressão.

c) de uma planície.

d) de uma montanha.

Exercício 2

Observe a imagem que ilustra diversas formas do relevo terrestre:

Números apontam para partes distintas de estrutura de relevo.
Observe as partes distintas de estrutura de relevo representadas na imagem. (Créditos: Gabriel Franco | Brasil Escola)

A estrutura de relevo indicada pelo número 3 é:

a) depressão fluvial

b) depressão relativa

c) planalto

d) planície

e) depressão absoluta