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A fibromialgia é uma síndrome caracterizada, principalmente, pela presença de dor muscular. Ela acomete mais mulheres, mas homens também podem desenvolvê-la. No Brasil, essa síndrome afeta cerca de 2,5% da população, com predominância no sexo feminino com idade compreendida entre 35 a 44 anos. A seguir, vamos aprender sobre a fibromialgia, seus sintomas e diagnóstico e como seu tratamento é feito nos dias atuais.
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Tópicos deste artigo
- 1 - O que é fibromialgia?
- 2 - Quais as causas da fibromialgia?
- 3 - Quais os sintomas da fibromialgia?
- 4 - Como é feito o diagnóstico da fibromialgia?
- 5 - Qual o tratamento da fibromialgia?
O que é fibromialgia?
A fibromialgia é uma síndrome que apresenta como característica mais marcante a dor muscular generalizada e crônica. Entretanto, é importante destacar que ela não causa nenhuma inflamação nos locais onde a dor é sentida. A síndrome, no entanto, não envolve apenas dor, sendo relatado pelos pacientes cansaço, ansiedade, dores de cabeça, problemas de memória, entre outros.
Quais as causas da fibromialgia?
As causas da fibromialgia são ainda desconhecidas. Algumas pessoas relacionam a doença com traumas psicológicos ou físicos, como acidentes. Acredita-se que possa aparecer após uma dor crônica e até mesmo uma grave infecção. A fibromialgia, ainda, pode possuir algum componente genético.
Quais os sintomas da fibromialgia?
Os principais sintomas da fibromialgia são: dor em todo o corpo, fadiga, sonolência, dormências, rigidez matinal, sensação de inchaço, ansiedade, depressão, irritabilidade, dores de cabeça, tontura, problemas de memória e concentração, entre outros.
A depressão é um fator preocupante na fibromialgia, atingindo cerca de 50% dos pacientes. Os distúrbios do sono também são sinais frequentes na doença. Geralmente os pacientes queixam-se de que, mesmo após horas de sono, acordam cansados, é o chamado sono não reparador.
É importante destacar que, por ser uma doença que não causa nenhuma lesão, muitas vezes não se acreditava que a dor relatada pelos pacientes era real. Hoje se sabe que essa dor é causada devido a uma ampliação nos impulsos dolorosos, sendo que pessoas com essa doença apresentam uma sensibilidade à dor relativamente maior quando comparada a de outras pessoas.
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Como é feito o diagnóstico da fibromialgia?
A fibromialgia apresenta um difícil diagnóstico, sendo que até pouco tempo os médicos faziam-no baseando-se em alguns critérios, como: dor com mais de três meses de duração; presença de pontos sensíveis (18 pontos foram estabelecidos pelo Colégio Americano de Reumatologia); e dor em todos os quadrantes (dor do lado direito e esquerdo e acima e abaixo da cintura).
Atualmente, no entanto, a presença de pontos sensíveis, os famosos tender points, não é mais considerada no diagnóstico. Isso se deve ao fato de que muitos médicos analisavam-nos de maneira inadequada ou não os analisavam, o que gerava diagnósticos errados.
Nos dias atuais, os médicos realizam o diagnóstico de fibromialgia baseando-se no quadro clínico relatado pelo paciente. Outros exames podem ser solicitados apenas para descartar o diagnóstico de outras doenças, uma vez que não existem exames capazes de confirmar a fibromialgia.
Qual o tratamento da fibromialgia?
A fibromialgia não possui cura, sendo que o tratamento é, portanto, apenas uma forma de diminuir os sintomas. O paciente possui melhor resultado se tratado por uma equipe multidisciplinar, incluindo fisioterapeutas e psicólogos. Uma das principais recomendações é a realização de atividades físicas, principalmente exercício aeróbico.
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Além de atividade física e assistência psicológica, o paciente pode ser submetido ao uso de medicamentos que irão ajudá-lo, por exemplo, a melhorar o quadro de dor e o sono e a agir contra a depressão. Sendo assim, podemos perceber que o tratamento da fibromialgia é baseado em uma combinação de tratamentos farmacológicos e não farmacológicos.
Vale destacar que, apesar de não possuir cura, a fibromialgia é uma doença não degenerativa, não causa deformações ou incapacidade física. Seguindo-se o tratamento rigorosamente, o paciente pode reduzir os quadros de dor consideravelmente.
Crédito das imagens:
Andrea Raffin / Shutterstock.com
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia