O próprio significado da palavra neologismo o define: nova palavra. Os neologismos são muito comuns na mídia e também com os recém-chegados como, por exemplo, a internet. Nesta, encontramos vários termos que acabaram se tornando cotidianos em nosso vocabular: deletar, printar, escanear, mouse, site e etc.
Esses termos surgem como um modo de suprir uma necessidade vocabular momentânea, transitória ou permanente.
Momentânea: surge bruscamente em um diálogo entre amigos. Pode até ter uma repercussão maior, mas acaba sendo esquecida com o tempo: somatoriar.
Transitória: aparece em um determinado grupo e se espalha para os demais. Pode tanto ser esquecida, como pode se tornar parte do vocabulário da língua: mensalão.
Permanente: surge rapidamente, mas por ser muito utilizada, acaba por se estabelecer de vez no idioma e se tornar parte do léxico: deletar.
Geralmente, os neologismos são criados a partir de processos que já existem na língua: justaposição, prefixação, aglutinação e sufixação.
Podemos dizer que neologismo é toda palavra que não existia e passou a existir, independente do tempo de vida.
Pode ser ainda a aquisição de palavras pertencentes à outra língua, como em alguns dos termos na informática, já citados acima. Ainda pode ser um novo sentido que damos a termos já existentes, como por exemplo, a palavra burro, que ganhou novo significado: pessoa que não é inteligente!
O neologismo está presente na representação de sons (puf!, Vrum!, miar, piar, tibum, chuá, cataplaft, etc) e na linguagem do msn (blz, flw, t+, qq, vc, ker, abc, xau, bju, etc).
Nesta última, até mesmo os próprios símbolos são neologismos, uma vez que estes representam a linguagem não verbal e são considerados como parte da língua: =) (feliz), =( (triste).
Nós, como falantes, sentimos necessidade em criar e recriar palavras e sentidos, pois a língua é viva e apresenta muitas possibilidades de transformações, inovações.
Um exemplo muito citado de neologismo está no poema de Manuel Bandeira que possui este mesmo título:
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
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Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
VILARINHO, Sabrina. "Neologismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/portugues/neologismo.htm. Acesso em 24 de janeiro de 2021.
Leia o trecho da música “Pedro pedreiro”, de Chico Buarque:
Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro fica assim pensando […]
No trecho lido, há uma palavra que destoa do vocabulário formal. A palavra penseiro pode ser classificada como:
a) figura de linguagem.
b) figura de sintaxe ou figura de construção.
c) neologismo.
d) onomatopeia.
e) hibridismo.
Com relação ao seguinte poema, é CORRETO afirmar que:
Neologismo
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo
Teadoro, Teodora.
Manuel Bandeira
a) o verbo "teadorar" e o substantivo próprio "Teodora" são palavras cognatas, pois possuem o mesmo radical;
b) as classes das palavras que compõem a estrutura do vocábulo "teadorar" são pronome e verbo;
c) o verbo "teadorar", por se tratar de um neologismo, não possui morfemas;
d) a vogal temática dos verbos "beijo", "falo", "invento" e "teadoro" é a mesma, ou seja, "o";
e) a palavra “teadorar” não existe na língua portuguesa e, nesse caso, o poeta cometeu um grave erro gramatical.