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Expressões idiomáticas são frases com sentido figurado muito usadas no dia a dia. Existem inúmeras expressões idiomáticas, como a expressão “Dar com a língua nos dentes”, ou seja, revelar algo. Mas é preciso ter cuidado no uso dessas frases, pois elas não cabem, por exemplo, em textos objetivos, já que elas apresentam caráter conotativo e popular.
Leia também: Denotação e conotação — sentido literal e sentido figurado das palavras
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre expressões idiomáticas
- 2 - O que são expressões idiomáticas?
- 3 - Exemplos de expressões idiomáticas
- 4 - Para que servem as expressões idiomáticas?
- 5 - Como usar as expressões idiomáticas?
- 6 - Curiosidades sobre expressões idiomáticas
Resumo sobre expressões idiomáticas
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Expressões idiomáticas são frases conotativas amplamente conhecidas.
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Elas servem para expressar diversas ideias, como otimismo, cautela, crítica etc.
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Seu uso depende do contexto de fala ou de escrita, dado o seu caráter popular.
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Têm origem em fatos e personagens cotidianos ou históricos.
O que são expressões idiomáticas?
As expressões idiomáticas são um fenômeno linguístico que consiste em frases que têm um sentido figurado. Elas apresentam duas ou mais palavras e fazem parte da cultura linguística popular. Portanto, são expressões convencionais, de uso corrente na língua, sendo desconhecida a origem de muitas delas. Não se confundem com os ditados populares, que trazem um valor moral.
Exemplos de expressões idiomáticas
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Abandonar o navio: desistir.
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Abotoar o paletó: morrer.
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Abrir o coração: desabafar.
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Abrir o jogo: revelar alguma coisa.
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Acertar na mosca: adivinhar.
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A cobra vai fumar: vai haver uma bagunça ou briga.
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Agarrar com unhas e dentes: tomar posse de algo.
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Amigo da onça: indivíduo falso.
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Andar na linha: agir muito corretamente.
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Andar nas nuvens: ficar distraído.
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Armar um barraco: criar uma confusão.
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Arrancar os cabelos: ficar muito estressado(a).
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Arrastar as asas: mostrar interesse amoroso por alguém.
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Arregaçar as mangas: se preparar para fazer um trabalho.
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Arrumar sarna pra se coçar: se envolver em algo que vai gerar problema.
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A vaca foi pro brejo: alguém teve algum prejuízo ou fracasso.
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Bater as botas: morrer.
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Bater na mesma tecla: insistir no mesmo assunto.
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Boca de siri: guardar um segredo.
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Botar a boca no trombone: revelar o segredo de alguém.
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Botar a mão na massa: trabalhar em algo.
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Briga de cachorro grande: disputa entre pessoas poderosas.
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Buscar chifre em cabeça de cavalo: buscar problema onde não há.
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Buscar pelo em ovo: procurar problema onde não há.
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Cair a ficha: entender.
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Cara de pau: pessoa sem vergonha.
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Chutar o balde: desistir.
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Chutar o pau da barraca: perder a paciência.
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Coisa sem pé nem cabeça: algo bastante confuso.
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Colocar a mão no fogo: confiar em alguém.
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Colocar as cartas na mesa: ser sincero.
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Colocar o carro na frente dos bois: tomar atitude precipitada.
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Comprar gato por lebre: ser enganado(a) em uma compra.
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Custar os olhos da cara: ser muito caro.
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Cutucar a onça com vara curta: agir perigosamente, buscar problema.
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Dar a cara a tapa: encarar um desafio.
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Dar a volta por cima: superar uma situação difícil.
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Dar com a língua nos dentes: contar ou revelar algo.
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Dar com o nariz na porta: não encontrar alguém em casa ou não ser recebido por alguém.
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Dar o braço a torcer: reconhecer a própria debilidade.
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Dar sopa: não se cuidar.
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Dar uma mãozinha: auxiliar alguém.
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Dar um fora: rejeitar alguém em questões amorosas.
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Dar um gelo: afastar-se de alguém.
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Dar zebra: algo saiu errado ou aconteceu algo imprevisto.
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Deixar na mão: não ajudar quando se precisa.
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Descascar o abacaxi: resolver um problema de difícil solução.
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Dormir no ponto: perder uma chance.
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Encher linguiça: falar ou escrever coisas desnecessárias, só para ocupar espaço.
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Enfiar o pé na jaca: cometer um grande erro ou exagerar em algo.
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Engolir sapo: suportar ofensa sem revidar.
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Entrar numa fria: se envolver em algo ruim.
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Entrar pelo cano: ser malsucedido em algo.
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Entregar de bandeja: facilitar.
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Esconder o leite: não mostrar as reais habilidades ou posses.
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Estar com a cabeça nas nuvens: ficar distraído.
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Estar com a corda toda: estar bem animado(a).
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Estar com a faca e o queijo na mão: ter tudo a seu favor.
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Estar com a pulga atrás da orelha: ficar desconfiado de alguma coisa.
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Estar de mãos atadas: não poder fazer nada para solucionar um problema.
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Falar pelos cotovelos: falar em excesso.
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Fazer das tripas coração: se esforçar muito.
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Fazer tempestade em copo d’água: reagir exageradamente.
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Fazer uma vaquinha: juntar dinheiro com a colaboração de várias pessoas.
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Fazer vista grossa: fingir que não viu, que não sabe.
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Fechar o paletó: morrer.
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Ficar ao deus dará: estar sem nenhum cuidado, atenção ou finalidade.
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Ficar a ver navios: não conseguir o que se buscava.
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Ficar com o pé atrás: se mostrar desconfiado(a), hesitante.
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Ficar de mãos abanando: não ganhar nada.
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Ficar que nem barata tonta: ficar sem saber o que fazer.
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Jogar conversa fora: manter conversa sem conteúdo importante, só para passar o tempo.
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Jogar um balde de água fria: desestimular.
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Jogar verde pra colher maduro: em uma conversa, dizer coisas que levem o interlocutor a revelar alguma informação.
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Lavar a égua: ser muito bem-sucedido em algo.
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Lavar a roupa suja: ajustar as contas.
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Lavar as mãos: se isentar da responsabilidade.
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Levantar com o pé esquerdo: ter um mau dia.
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Levar um banho de água fria: ser desestimulado.
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Mala sem alça: pessoa incômoda.
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Matar cachorro a grito: estar em situação difícil e disposto(a) a tomar medidas extremas.
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Matar dois coelhos com uma cajadada só: resolver, de uma só vez, mais de um problema.
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Meter o bedelho: se intrometer em um assunto.
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Meter o dedo na ferida: tocar em um assunto delicado.
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Meter o rabo entre as pernas: aceitar a derrota.
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Meter os pés pelas mãos: cometer um erro.
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Mudar da água para o vinho: mudar o comportamento drasticamente.
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Nem que a vaca tussa: de forma alguma.
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Pagar mico: passar vergonha.
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Pagar o pato: receber punição em lugar de outra pessoa.
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Passar a perna: enganar.
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Passar desta para a melhor: morrer.
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Pegar no pé: cobrar uma atitude ou mesmo assediar alguém.
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Pendurar as chuteiras: se aposentar.
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Perder a linha: ser mal-educado(a).
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Picar a mula: ir embora de algum lugar.
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Pintar o sete: fazer bagunça.
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Pisar na bola: desapontar alguém.
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Pôr as barbas de molho: ficar prevenido(a).
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Procurar uma agulha no palheiro: buscar algo muito difícil de encontrar.
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Provar do próprio veneno: experimentar o mal que causa aos outros.
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Puxar saco: bajular.
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Quebrar o galho: auxiliar em algo.
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Riscar do mapa: eliminar.
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Rodar a baiana: partir para a briga.
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Sair melhor do que a encomenda: superar as expectativas.
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Santo do pau oco: pessoa que se faz de boa.
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Segurar vela: atrapalhar, com a presença, o namoro de alguém.
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Ser bom de bico: ser convincente.
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Ser o bode expiatório: ser punido em lugar de outras pessoas.
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Ser salvo pelo gongo: escapar de uma situação estressante devido a um acontecimento imprevisto.
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Soltar a franga: não se conter.
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Soltar fogo pelas ventas: demonstrar raiva.
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Ter o rei na barriga: alguém achar que é mais importante do que realmente é.
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Tirar água do joelho: urinar.
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Tirar de letra: conseguir com facilidade.
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Tirar o cavalo da chuva: não se iludir, desistir de alguma coisa.
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Tocar o bonde: seguir em frente.
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Tomar banho de gato: se lavar parcialmente, de forma rápida.
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Tomar chá de cadeira: ser forçado(a) a esperar muito tempo.
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Trocar as bolas: se confundir em determinada situação.
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Trocar o disco: mudar o assunto.
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Uma mão lava a outra: um ajuda o outro.
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Uma pedra no sapato: algo que incomoda.
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Um negócio da China: um empreendimento lucrativo.
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Vai pentear macaco: me deixa em paz, não se intrometa em meus assuntos.
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Virar a casaca: mudar de lado em uma disputa.
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Voltar à vaca fria: retornar a uma situação inicial.
Veja também: Os 30 ditados populares mais famosos do Brasil
Para que servem as expressões idiomáticas?
![Ilustração de um homem engolindo sapo, representando uma expressão idiomática.](https://s5.static.brasilescola.uol.com.br/be/2024/01/expressao-idiomatica-exemplo.jpg)
Apesar de seu aspecto conotativo, as expressões idiomáticas têm um caráter mais popular, já que não há originalidade em seu uso. Afinal, essas expressões são repetidas o tempo todo em textos falados e escritos. Entre tantas possibilidades, elas servem para expressar:
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Ironia: Vivendo desse jeito, não vai demorar a fechar o paletó.
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Crítica: Vá trabalhar e pare de buscar chifre em cabeça de cavalo.
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Confiança: Coloco a mão no fogo pela minha irmã.
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Otimismo: Aconteça o que acontecer, sempre dou a volta por cima.
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Pessimismo: Hoje levantei com o pé esquerdo.
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Indignação: Não te perdoo nem que a vaca tussa.
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Cautela: Quando o assunto é namoro, é melhor sempre pôr as barbas de molho.
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Sentimento de vingança: Finalmente, Cátia provou do próprio veneno.
Como usar as expressões idiomáticas?
O uso das expressões idiomáticas dependerá do contexto comunicativo. Por exemplo, se você é uma médica, não vai chegar até a mãe de uma pessoa recém-falecida e dizer que seu filho “bateu as botas”. Isso seria, no mínimo, ofensivo. Uma expressão como essa deve ser usada em um contexto que permite a ironia:
Quando eu bater as botas, faça uma festa em minha memória.
Quanto à inserção de uma expressão idiomática em um discurso, ela deve ser usada naturalmente e estar relacionada ao assunto de que trata o enunciado:
Não suporto o Cristóvão, ele tem o rei na barriga e sempre nos olha com aquele ar superior.
Meu filho saiu melhor do que a encomenda, não tenho nada de que reclamar.
Estava na fila do banco quando o casal atrás de mim resolveu lavar a roupa suja em público.
Sheila meteu o dedo na ferida quando me perguntou por que meu namorado não estava comigo.
É preciso ressaltar que as expressões idiomáticas apresentam sentido figurado. Portanto, é necessário conhecer o significado de cada expressão para captar o sentido do enunciado no qual ela está sendo empregada. Assim, em um texto mais objetivo (como um relatório), em que se busca maior clareza, o uso dessas expressões não é recomendado.
Saiba mais: Vícios de linguagem — quais são os mais comuns?
Curiosidades sobre expressões idiomáticas
→ Expressões idiomáticas com origem no futebol
No português brasileiro, existem muitas expressões idiomáticas cuja origem está relacionada ao contexto do futebol, por exemplo:
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Não dar bola: não se preocupar.
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Bater um bolão: fazer algo muito bem.
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Dar o pontapé inicial: começar.
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Entrar no jogo: fazer parte.
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Abrir as pernas: facilitar.
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Pendurar as chuteiras: se aposentar.
→ Expressões idiomáticas com origem em mitos
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Ter um toque de Midas: quem tem um toque de Midas é capaz de, metaforicamente, transformar tudo em ouro, assim como o mitológico rei Midas. Aquela pessoa que tem sucesso em tudo que faz, “tem um toque de Midas”.
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Um presente de grego: essa expressão de origem mitológica se refere ao cavalo de Troia, um presente dos gregos que permitiu a invasão da cidade, já que o interior do cavalo de madeira estava recheado de soldados. Portanto, se você receber “um presente de grego”, é melhor se preparar para o pior.
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Ter paciência de Jó: essa expressão tem origem religiosa, pois se refere a um personagem bíblico que foi exposto a muito sofrimento para testar a sua fé. Jó, pacientemente, suportou todas as adversidades. Portanto, “ter uma paciência de Jó” quer dizer ser muito paciente.
Fontes
LEMLE, Miriam; PEDERNEIRA, Isabella Lopes. Expressões idiomáticas e ditados populares: a natureza dos saberes. Revista Linguística, Rio de Janeiro, v. 16, nov. 2020.
ROSA, Marília Galvão; RIVA, Huélinton Cassiano. Batendo um bolão: estudo das expressões idiomáticas do léxico do futebol. Mediação, Pires do Rio, v. 11, n. 1, p. 166-177, jan./ dez. 2016.
SIQUEIRA, Maity et al. Compreensão de expressões idiomáticas em período de aquisição da linguagem. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 52, n. 3, jul./ sep. 2017.