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As Guerras Napoleônicas foram as diversas guerras travadas entre a França e outras nações, entre os anos de 1799 e 1815, o Período Napoleônico. Nelas, a França enfrentou diversas coalizões, chamadas também de coligações, formadas por países contrários à Revolução Francesa e ao imperialismo de Napoleão. Entre essas potências, estavam a Grã-Bretanha, a Áustria, o Sacro Império Romano-Germânico, a Prússia, a Espanha, a Rússia, a Suécia, entre outros.
Por 13 anos, o grande exército francês conquistou diversas vitórias na Europa Continental, vencendo a segunda, terceira, quarta e quinta coalizões. Após a derrota na Rússia, em 1812, no entanto, ele se enfraqueceu, passando a uma posição defensiva. Em 1814, as tropas da Sexta Coalizão ocuparam Paris, e Napoleão partiu para o exílio.
Após um breve retorno do imperador francês, Napoleão foi vencido definitivamente em 1815, na Batalha de Waterloo, a última das batalhas das Guerras Napoleônicas.
Leia também: Queda da Bastilha — crise na monarquia, revolta popular e o início da Revolução Francesa
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre as Guerras Napoleônicas
- 2 - O que foram as Guerras Napoleônicas?
- 3 - Antecedentes históricos das Guerras Napoleônicas
- 4 - Objetivos das Guerras Napoleônicas
- 5 - Como foram as Guerras Napoleônicas?
- 6 - Importância das Guerras Napoleônicas
- 7 - Consequências das Guerras Napoleônicas
- 8 - Exercícios resolvidos sobre as Guerras Napoleônicas
Resumo sobre as Guerras Napoleônicas
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As Guerras Napoleônicas foram travadas entre a França, governada por Napoleão, e diversas potências europeias.
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Com uma rara exceção, entre 1802 e 1803, os ingleses se mantiveram em guerra contra a França durante todo o período das Guerras Napoleônicas.
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Na maior parte delas, a França teve superioridade nas batalhas terrestres.
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A Inglaterra garantiu sua superioridade nos mares após vencer os franceses na Batalha de Trafalgar.
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Em 1806, Napoleão Bonaparte impôs o Bloqueio Continental, com o objetivo de prejudicar a economia inglesa.
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Em 1812, o exército napoleônico sofreu sua primeira grande derrota, na Campanha da Rússia.
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A Sexta Coalizão conseguiu derrotar a França, conquistar Paris e derrubar Napoleão.
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Com a derrota francesa na Batalha de Waterloo, encerraram-se as Guerras Napoleônicas.
O que foram as Guerras Napoleônicas?
As Guerras Napoleônicas foram o conjunto de guerras travadas pela França contra as potências estrangeiras durante o Período Napoleônico (1799-1815). Durante as Guerras Napoleônicas, a França enfrentou diversas coalizações, conquistando sucessivas vitórias sobre elas. As Guerras Napoleônicas se encerraram em 1815, após a derrota da França na Batalha de Waterloo e a prisão de Napoleão na Ilha de Santa Helena.
Antecedentes históricos das Guerras Napoleônicas
→ Revolução Francesa e a Primeira Coalizão
Em 1789, eclodiu nas ruas de Paris a Revolução Francesa, movimento inspirado nas ideias iluministas. Em 10 anos de revolução, os franceses guilhotinaram o rei e a rainha, acabaram com a servidão, com o absolutismo, proclamaram uma república e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
A revolução preocupou os monarcas de toda a Europa, que passaram a se unir para combater a revolução e evitar que ela chegasse aos seus países. Em 20 de abril de 1792, a França e a Áustria entraram em guerra. Em poucos dias, a Prússia declarou apoio à Áustria, assim como Piemonte, e esses países enviaram tropas para o conflito, iniciando, assim, a Primeira Coalização contra a França.
O comando das tropas da coalizão foi dado ao general Charles William Ferdinand, o conde de Brunswich, da Prússia. Antes de iniciar a guerra, o comandante divulgou o Manifesto Brunswich, em que ameaçou a França e sua população caso alguma violência fosse cometida contra o rei francês ou contra sua família.
O manifesto gerou indignação na França e o ódio contra a família aumentou, provocando a invasão das Tulherias, o julgamento do rei e sua consequente execução. A execução do rei e da rainha fez com que o Reino Unido, as Províncias Unidas (região dos Países Baixos) e a Espanha rompessem relações diplomáticas com a França e se unissem à coalização.
→ Vitórias francesas e a ascensão de Napoleão Bonaparte
Os conflitos entre a Primeira Coalizão e a França foram equilibrados até 1795, quando a França passou a conquistar sucessivas vitórias. Em janeiro desse ano, os franceses invadiram a Holanda, capturando sua frota e transformando o país em uma república. Em abril, a Prússia assinou um tratado de paz com a França, deixando o conflito.
Diversos reinos germânicos também deixaram o conflito. Em julho, a Espanha assinou o Tratado de Basileia, também se retirando da coalizão. No final do ano, apenas a Inglaterra e a Áustria estavam na coalizão e lutavam contra os franceses. Em 1796, os franceses venceram diversas batalhas contra os austríacos no norte da Itália.
Em janeiro de 1797, as tropas francesas, comandadas pelo general Napoleão Bonaparte, venceram as tropas da coalizão na Batalha de Rivoli. Após a vitória, os austríacos recuaram, e o norte da Península Itálica foi ocupado por tropas francesas. Em abril, os austríacos assinaram um armistício com os franceses e deixaram a aliança militar, encerrando a Primeira Coalização.
Napoleão foi nomeado comandante do exército francês, que estava estacionado no norte do país, em preparação para uma invasão da Inglaterra que nunca ocorreu. A Inglaterra e a França continuaram em guerra após o fim da Primeira Coalizão.
Em 1799, por meio do Golpe do 18 Brumário, o Diretório foi fechado e três cônsules passaram a governar a França, dando início ao período conhecido como Consulado. Napoleão foi nomeado um dos cônsules e passou a ganhar popularidade. Em 1804, na Catedral de Notre Dame, Napoleão se autoproclamou imperador da França, iniciando o período do seu império. Foi nesse contexto do Consulado e do Império Napoleônico que as Guerra Napoleônicas ocorreram.
Veja também: Napoleão Bonaparte — biografia de uma das figuras mais emblemáticas da história
Objetivos das Guerras Napoleônicas
O objetivo dos países das coalizões que lutaram contra a França foi proteger suas monarquias, enfraquecer a França e esmagar a revolução e todos aqueles que defendiam seus ideais. A revolução era vista como uma espécie de fagulha que havia incendiado a França e poderia incendiar toda a Europa. Por esse motivo, o foco incendiário deveria ser contido.
Do lado francês, o objetivo inicial foi o de defender a revolução das potências estrangeiras, principalmente da Inglaterra, Áustria, Prússia, Províncias Unidas e Rússia. Com a ascensão de Napoleão e a formação do império francês, o principal objetivo passou a ser exportar para a Europa a revolução.
Como foram as Guerras Napoleônicas?
→ Segunda Coalizão das Guerras Napoleônicas
A Segunda Coalizão foi formada em novembro de 1798, e dela participaram: Inglaterra, Sacro Império Alemão, Rússia, Portugal, Nápoles e Império Turco Otomano. Dessa vez, a França contou com o apoio da Espanha, da Dinamarca-Noruega, da Batávia e de alguns reinos germânicos.
Quando a Guerra da Segunda Coalizão se iniciou, a França vivia no Diretório, e, em 1799, se iniciou o Consulado, quando Napoleão se tornou um dos cônsules que passaram a governar a França. Por esse motivo a Guerra da Segunda Coalização pode ser considerada a última das Guerras da Revolução Francesa ou a primeira das Guerras Napoleônicas, dependendo do historiador e de sua interpretação.
Quando o Consulado passou a governar a França, as tropas da França enfrentavam os exércitos da Segunda Coalizão em diversas frentes de batalha: no norte da Itália, enfrentavam exércitos da Áustria, Rússia e do Reino de Nápolis; na Suíça, combatiam suíços e prussianos; na Alemanha, tropas do Sacro Império e da Áustria; além os holandeses em seu próprio território.
O Consulado, liderado por Napoleão, propôs paz aos membros da Segunda Coalizão, mas se recusou a retirar as tropas francesas do norte da Itália e da Holanda, condição exigida pelos aliados para o fim das hostilidades. Sem um acordo, o conflito continuou.
Napoleão aumentou consideravelmente o número de suas tropas, também investiu pesado na modernização do exército e recrutou tropas das regiões conquistadas. Considerado um dos maiores estrategistas militares da história, Napoleão impôs diversas derrotas aos aliados, em todas as frentes de batalha. Assim como na Primeira Coalizão, cada membro foi se retirando da aliança até ela se extinguir.
A Rússia foi a primeira, seguida por Sacro Império Romano-Germânico, Rússia, Portugal, Nápoles e Império Turco Otomano. A Áustria foi pressionada pela Inglaterra para não ceder, mas foi derrotada na Batalha de Marengo, assinando um acordo com os franceses e encerrando, assim, a Segunda Coalizão. Em março de 1802, os ingleses e franceses assinaram o Tratado de Amiens, no qual estabeleceram a paz.
→ Terceira Coalizão das Guerras Napoleônicas
A paz durou pouco, e, em 1803, os conflitos entre os dois países reiniciaram. Em 1804, a Suécia assinou um acordo com a Inglaterra, formando a Terceira Coalizão. Em 1805, aderiram à coalizão a Rússia, a Sacro Império Alemão e os reinos italianos e alemães. Novamente, a França passou a vencer sucessivas batalhas contra a coalizão.
Em outubro de 1805, os franceses venceram o exército austríaco na Batalha de Ulm, considerada uma das maiores vitórias de Napoleão. Ainda em outubro de 1805, ocorreu uma das batalhas mais importantes da história, a Batalha de Trafalgar. Nela, a marinha francesa, com apoio da marinha espanhola, enfrentou a marinha inglesa na costa da Espanha, próximo do Cabo de Trafalgar. Os ingleses derrotaram a marinha francesa e encerram a possibilidade de o exército francês invadir a Grã-Bretanha.
Em dezembro de 1805, tropas da Áustria se uniram às tropas da Rússia e do Sacro Império e enfrentaram Napoleão na Batalha de Austerlitz. Napoleão liderou as tropas francesas pessoalmente; o czar Alexandre I liderou as tropas russas; e o imperador Francisco II, as tropas do Sacro Império Romano-Germânico. Por esse motivo, ela também ficou conhecida como Batalha dos Três Imperadores.
Mais uma vez, o bem treinado exército francês e as estratégias utilizadas por Napoleão levaram a França à vitória. Após a batalha, o Sacro Império Romano-Germânico e a Áustria deixaram a aliança militar, pondo fim na Terceira Coalizão.
O Sacro Império foi extinto, e, no seu lugar, Napoleão criou a Confederação do Reno, considerada um território satélite da França. Para construir a confederação, Napoleão unificou diversos reinos e condados sob o mesmo governo. A Confederação do Reno foi o embrião do que, anos depois, se tornaria a Alemanha.
→ Quarta Coalizão das Guerras Napoleônicas
A França não teve paz, e, nos momentos finais da Terceira Coalização, foi formada a Quarta Coalizão. Em julho de 1806, a Rússia e a Prússia assinaram um acordo secreto de defesa mútua.
Em 6 de setembro, os prussianos abriram seus portos para o comércio com os ingleses, o que foi considerado uma declaração de guerra por Napoleão. Uma semana depois, tomando a iniciativa, a Prússia marchou em direção à França, mas foi contida pelo exército de Napoleão.
Os prussianos foram derrotados na Batalha de Jena e Auerstedt, recuando para Berlim. A capital prussiana foi ocupada por tropas napoleônicas. Parte das tropas prussianas partiu para o leste, onde se uniram às tropas russas e enfrentaram Napoleão na Batalha de Eylau, em fevereiro de 1807, sem que houvesse um vencedor. Em junho do mesmo ano, os russos e prussianos foram derrotados na Batalha de Friedland. Dias depois, a Rússia desistiu da guerra, encerrando a Quarta Coalizão.
→ Quinta Coalizão e Guerra Peninsular
Em 1809, formou-se a Quinta Coalização, dessa vez, com a aliança militar entre a Áustria, a Grã-Bretanha e tropas espanholas que resistiam à invasão francesa, na chamada Guerra Peninsular. Os austríacos foram derrotados por Napoleão em 1809, na Batalha de Wagram.
Após a derrotada na batalha, um tratado de paz foi assinado entre a Áustria e a França. Napoleão se divorciou de sua primeira esposa, Josefina, e se casou com Maria Luísa de Áustria, a filha do imperador Francisco. A derrota da Áustria marcou o fim da breve Quinta Coalizão.
Na Espanha, a Guerra Peninsular continuou até 1814, com a primeira queda de Napoleão. Os espanhóis adotaram uma estratégia de guerrilha para combater os franceses, atacando acampamentos, destacamentos nas estradas, comboios de suprimentos, praticando assassinato contra autoridades francesas, entre diversas outras táticas que criaram dificuldades para os franceses controlarem a Espanha.
A Guerra Peninsular foi marcada pela violência praticada pelos franceses. Abaixo, na pintura 3 de maio de 1808, Goya representou o fuzilamento de dezenas de espanhóis em Madri nessa data.
→ Derrota de Napoleão na Campanha da Rússia
Após o fim da Quinta Coalizão, o Império Napoleônico atingiu seu auge e se manteve assim até 1812. Nesse ano, após a Rússia furar o Bloqueio Continental, Napoleão iniciou a Campanha da Rússia, partido com cerca de 500 mil soldados rumo a Moscou.
Os russos utilizaram a técnica da terra arrasada, destruindo suas cidades e todos os recursos existentes nelas, e recuando suas tropas. O exército francês obtinha a maior parte dos recursos que necessitava por meio do saque; sem obter suprimentos, a fome e as doenças se abateram sobre as tropas.
O início da campanha ocorreu no verão, mas, meses depois, o inverno russo atingiu em cheio as tropas de Napoleão, que não estavam preparadas para o frio. Além disso, os russos realizavam frequentes ataques às tropas francesas e às suas linhas de suprimentos. Ao chegar às proximidades de Moscou, o exército francês já havia perdido metade das suas tropas, e a outra metade estava em frangalhos.
Em 7 de setembro de 1812, ocorreu a Batalha de Borodino, a maior batalha de um único dia das Guerras Napoleônicas. Foi vencida pelos franceses, mas estes perderam grande parte de suas tropas, armas e munições.
Em novembro de 1812, as temperaturas começaram a despencar na Rússia, atingindo mais de 30 graus negativos. O frio matou muitos soldados e fez com que a deserção aumentasse. Napoleão decidiu então bater em retirada, mas isso também não foi fácil. Durante toda a retirada, os franceses foram combatidos por tropas russas e pelo frio. Retornaram para Paris cerca de 10 mil soldados, liderados por um maltrapilho Napoleão.
A derrota na Campanha da Rússia marcou um momento de virada nas Guerras Napoleônicas. Desde 1799, os franceses conquistaram diversas vitórias, derrotando todas as potências da Europa Continental. A partir da derrota na Rússia, a França passou a se defender, a perder batalhas e territórios.
→ Sexta Coalizão das Guerras Napoleônicas
Em março de 1813, foi formada a Sexta Coalizão, composta por Inglaterra, Rússia, Prússia, Áustria, Suécia, Portugal, Sicília e Sardenha. A França contou com apoio da Dinamarca-Noruega, da Itália e da Confederação do Reno. Em outubro do mesmo ano, ocorreu a Batalha de Leipzig, também chamada de Batalha das Nações, na qual o exército napoleônico foi derrotado pelas tropas da Sexta Coalizão.
Com a derrota, parte das forças militares da Confederação do Reno se uniu às tropas da coalizão. Após a derrota, Napoleão fugiu para a Paris. As tropas vitoriosas da Rússia, Áustria e Prússia marcharam para a França, conquistando Paris em março de 1814 e depondo Napoleão, que partiu para o exílio em Elba.
Após a vitória, os membros da Sexta Coalizão se reuniram no Congresso de Viena com o objetivo de definir o futuro da Europa e de selar a paz no continente.
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Batalha de Waterloo
Napoleão ainda fugiu do exílio, retornando para Paris, sendo aclamado pelo povo e iniciando o Governo dos Cem Dias. Ele conseguiu reunir um exército, e, em 18 de junho de 1815, enfrentou as tropas da Sétima Coalizão, na famosa Batalha de Waterloo. Alguns historiadores consideram essa coalizão uma continuação da sexta, não existindo, nessa interpretação, a Sétima Coalizão.
Na batalha, as tropas da coalizão, lideradas pelo Duque de Wellington, derrotaram as de Napoleão. Após a derrota, ele foi enviado para a Ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, onde ficou em prisão domiciliar até seu falecimento, em 1821. A derrota em Waterloo marcou o fim das Guerras Napoleônicas.
Importância das Guerras Napoleônicas
As Guerras Napoleônicas remodelaram o mapa da Europa e destruíram impérios seculares. Além disso, os ideais e instituições da Revolução Francesa foram levados para diversos países da Europa, por meio das conquistas de Napoleão. Um exemplo disso é o Código Napoleônico, conjunto de leis que garantem a liberdade da pessoa, o direito à propriedade e a abolição dos privilégios da nobreza e do clero.
O Código Civil Francês, nome oficial do Código Napoleônico, serviu de inspiração para diversos códigos civis de países da Europa e, também, para o Código Civil Brasileiro. Napoleão levou também para toda a Europa Continental o sistema métrico, criado durante a Revolução Francesa. Antes do sistema métrico, cada cidade adotava seu próprio sistema de pesos e medidas, dificultando o comércio.
Saiba mais: O que foi a Era Vitoriana?
Consequências das Guerras Napoleônicas
O Congresso de Viena foi a principal consequência das Guerras Napoleônicas. Com a ocupação de Paris em 1814 e o exílio de Napoleão em Elba, as potências aliadas se reuniram no congresso na capital austríaca.
O congresso tinha diversos objetivos ao se reunir, os principais deles eram:
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refazer o mapa da Europa após as guerras napoleônicas;
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reestabelecer as antigas monarquias;
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criar mecanismos para que novos conflitos não ocorressem na Europa.
As reuniões do Congresso de Viena se iniciaram em 18 de setembro de 1814, envolvendo representantes de diversos reinos europeus participantes das coalizões. Em março de 1815, com apoio de seus partidários, Napoleão fugiu de Elba, retornando a Paris e governando novamente a França no que é conhecido como Governo dos 100 Dias.
Napoleão foi definitivamente derrotado na Batalha de Waterloo, sendo capturado e enviado para a Ilha de Santa Helena, onde morreu em 1821. Mesmo durante o Governo dos 100 Dias, as reuniões em Viena continuaram. O Congresso de Viena se encerrou em junho de 1815, poucos dias antes da derrota de Napoleão em Waterloo.
O congresso recriou o mapa político da Europa anterior a 1789, restaurando as monarquias europeias em seus antigos reinos. Para saber mais sobre o Congresso de Viena, clique aqui.
Exercícios resolvidos sobre as Guerras Napoleônicas
1. (UFMG - Modificada) Leia este texto:
Antes, Napoleão havia levado o Grande Exército à conquista da Europa. Se nada sobrou do Império continental que ele sonhou fundar, todavia ele aniquilou o Antigo Regime, por toda parte onde encontrou tempo para fazê-lo; por isso também seu reinado prolongou a Revolução, ele foi o soldado desta, como seus inimigos jamais cessaram de proclamar. (LEFBVRE, Georges. A Revolução Francesa. São Paulo: IBRASA, 1966. p 573.)
Tendo em vista a expansão dos ideais revolucionários proporcionada pelas guerras conduzidas por Bonaparte, é CORRETO afirmar que:
a) os governos sob influência de Napoleão investiram no fortalecimento das corporações de ofício e dos monopólios.
b) as transformações provocadas pelas conquistas napoleônicas implicaram o fortalecimento das formas de trabalho compulsório.
c) Napoleão, em todas as regiões conquistadas, derrubou o sistema monárquico e implantou repúblicas.
d) o domínio napoleônico levou a uma redefinição do mapa europeu, pois fundiu pequenos territórios, antes autônomos, e criou, assim, Estados maiores.
e) Os países da Península Ibérica, como Portugal e Espanha, foram os únicos do continente Europeu a não serem afetados pelas guerras napoleônicas.
Alternativa D
Napoleão redesenhou o mapa da Europa ao construir seu império, unindo pequenos reinos e ducados em Estados maiores. Isso ocorreu, por exemplo, no caso da Confederação do Reno, em que diversos reinos foram fundidos. A Confederação do Reno se tornou o embrião do que, ainda no século XIX, se tornaria o Império Alemão.
2. (PUC-RIO) O Congresso de Viena, concluído em 1815, após a derrota de Napoleão Bonaparte, baseou-se em três princípios políticos fundamentais. Assinale a opção que apresenta corretamente esses princípios:
a) Liberalismo, democracia e industrialismo.
b) Socialismo, totalitarismo e controle estatal.
c) Restauração, legitimidade e equilíbrio europeu.
d) Conservadorismo, tradicionalismo e positivismo.
e) Constitucionalismo, federalismo e republicanismo.
Alternativa C
O Congresso de Viena, criado no fim do Período Napoleônico, se baseou em três princípios. O primeiro era o da restauração, em que todas as monarquias pré-revolucionárias deveriam ser reestabelecidas; o segundo, a legitimidade da monarquia; e o terceiro, o equilíbrio de poder entre as nações europeias, que, por essa harmonia, evitariam novas guerras e revoluções.
Fontes
HORNE, A. A Era de Napoleão. Editora Objetiva, São Paulo, 2013.
ZAMOISKY, A. Ritos de paz: a queda de Napoleão e o Congresso de Viena. Editora Record, São Paulo, 2012.