No Consulado, buscou-se alcançar o equilíbrio entre as conquistas militares e questões que afligiam internamente a França. No plano econômico a primeira medida consistiu na criação de um banco nacional (Banco da França) que deveria controlar a emissão de moeda e financiar os negócios da burguesia. Dessa forma, o projeto industrialista francês contaria com a participação direta do Estado.
Para tranqüilizar os conflitos entre os populares e o clero, Napoleão reatou as relações com a Igreja em 1801. Tal reaproximação enfraquecia os motins contra as igrejas e templos religiosos da França. Buscando ampliar seu poder, Napoleão ainda estendeu seu mandato por mais dez anos e rebaixou os demais cônsules à meras funções consultivas. A partir desta medida, o primeiro cônsul teve condições para nomear os ministros ao seu próprio gosto.
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A centralização política observada no período deu poderes para que Bonaparte controlasse o país de maneira absoluta. No plano educacional estipulou que o ensino seria uma obrigação a ser cumprida pelo Estado. Diversos internatos escolares, chamados liceus, foram criados nessa época. Além disso, instituições de ensino superior foram criadas para suprir a demanda por funcionários públicos e oficiais do Exército.
No ano de 1804 foi criado o Código Civil Napoleônico. Nele, todos os anseios da burguesia foram garantidos por meio da defesa do direito a propriedade. Em âmbitos mais gerais, a nova constituição ainda defendeu o principio de igualdade e liberdade a todos os cidadãos franceses. Nas colônias, o pacto colonial fora restabelecido visando claramente fomentar o desenvolvimento da economia francesa.
Um dos mais importantes pontos da constituição, no entanto, tratava do poder designado a Napoleão Bonaparte. De acordo com a nova lei, ele passou a ser considerado cônsul vitalício. Com tal medida, abriram-se portas para que Bonaparte assumisse poderes de imperador. Naquele mesmo ano foi feito um plebiscito que o promoveu ao cargo de imperador com o título de Napoleão I.
Nesse momento, a população francesa fazia de Napoleão uma verdadeira unanimidade política. Sua origem popular e sua habilidade militar personificaram o ideal revolucionário francês. Mediante as autoridades políticas e religiosas, Napoleão legitimou seu poder com sua auto-coroação. Era o início do Império Napoleônico.
Por Rainer Sousa
Mestre em História
*Mapa Mental por Daniel Neves
Graduado em História
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SOUSA, Rainer Gonçalves. "Revolução Francesa - Consulado"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-francesa-consulado.htm. Acesso em 24 de fevereiro de 2021.
Ao chegar ao poder por meio do golpe de 18 de brumário, que deu fim à fase do Diretório na Revolução Francesa, Napoleão passou a ser cônsul da França, juntamente a mais dois cônsules, que eram:
a) San Martin e Danton.
b) Marat e Saint-Juste
c) Robespierre e Marat.
d) Sieyès e Roger Ducos.
e) Robespierre e Sieyès.
(UFPR) Napoleão Bonaparte tornou-se Primeiro-cônsul da França em 1799. Sobre o período napoleônico, é correto afirmar:
a) A chegada de Napoleão Bonaparte ao poder foi uma vitória dos partidários da realeza, que desejavam o retorno da Monarquia na França.
b) A origem aristocrática de Napoleão e o apoio da nobreza francesa foram decisivos para ele derrubar o Diretório e implantar o Consulado.
c) No plano interno, o governo de Napoleão ficou marcado pela reestruturação da burocracia estatal e pelas obras de infraestrutura realizadas.
d) O imperador Napoleão governou a França difundindo a democracia republicana e fortalecendo a representação política nas assembleias do poder legislativo.
e) No plano externo, o período napoleônico caracterizou-se pelo apoio militar à Áustria contra os interesses expansionistas da Inglaterra.
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