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A guilhotina foi uma máquina criada para executar pessoas. A execução acontecia após o julgamento e o método utilizado era a decapitação das pessoas condenadas à morte, isto é, separava-se a cabeça do restante do corpo por meio de uma afiadíssima lâmina, através de um contrapeso.
Esse invento, chamado de guilhotina, teve como mentor o médico parisiense Joseph Guilhotin. A guilhotina foi utilizada pela primeira vez na França revolucionária, no ano de 1792, durante a Revolução Francesa. O médico inventor defendia o direito dos condenados a uma morte rápida e sem dor – segundo ele, a guilhotina propiciava esse tipo de morte.
Antes da criação da guilhotina, os principais métodos utilizados para a execução das pessoas condenadas à morte eram a forca (o enforcamento), o esquartejamento (dilaceramento dos principais membros do condenado) e o suplício da roda (no qual o condenado era amarrado na parte externa de uma roda e eram jogadas brasas sobre ele, ou seja, a pessoa era queimada viva). No entanto, com a propagação dos ideais iluministas no século XVIII, surgiram discussões sobre a dignidade humana.
Com a ascensão desses ideais iluministas, o século XVIII marcou o início de um demorado e extenso processo que culminaria em uma nova concepção de justiça. Dessa forma, no século XIX, a justiça, mais do que punir os infratores, teria que reeducar e pautar a reinserção dos contraventores na sociedade.
Dentro dessa lógica, as prisões se tornaram instituições que deveriam garantir a reeducação das pessoas que violaram as regras sociais. Entretanto, conforme acontece na prática, desde a sua criação, as prisões se tornaram locais inóspitos de repressão e propagadores de violência. Atualmente, as prisões não estão regenerando os infratores – ao contrário, estão reinserindo-os no mundo do crime e da marginalidade.
Leandro Carvalho
Mestre em História