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A bandeira de Portugal é um dos símbolos nacionais do país. A versão atual do pavilhão foi desenvolvida no ano de 1910 e oficialmente adotada a partir de 1911 por meio de um decreto governamental.
Ela é composta por um retângulo verde e vermelho (com a porção verde posicionada à esquerda) que simboliza a esperança e o sangue dos que lutaram por Portugal. Essas cores foram também utilizadas na revolução que culminou na implantação do regime republicano no país. Sobre a linha que divide as cores, está a esfera armilar, símbolo das Grandes Navegações, e o escudo nacional português, que reconta importantes momentos da história de Portugal.
Leia também: Bandeira da Alemanha — uma bandeira que representa a unidade, a liberdade e a democracia do país
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre bandeira de Portugal
- 2 - Significado da bandeira de Portugal
- 3 - Regras no uso da bandeira de Portugal
- 4 - História da bandeira de Portugal
- 5 - Principais características de Portugal
- 6 - Outras bandeiras de Portugal
- 7 - Curiosidades sobre a bandeira de Portugal
Resumo sobre bandeira de Portugal
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A atual bandeira de Portugal foi adotada oficialmente em 1911 e representa a transição da monarquia para a república.
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As cores verde-escuro e vermelho são predominantes na bandeira portuguesa. Elas substituíram a dominância do azul, a cor do antigo regime monárquico.
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O verde representa a esperança e também a revolução que levou à implantação do regime republicano no país. O vermelho representa o sangue daqueles que deram suas vidas em defesa de Portugal em diferentes momentos da história nacional.
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A esfera armilar é um instrumento de observação astronômica e orientação que aparece na bandeira portuguesa sobre a linha divisória entre as partes verde e vermelha. Ela representa o período das Grandes Navegações, de grande importância na história de Portugal.
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Os castelos em dourado na bandeira de Portugal representam sete castelos e fortalezas existentes na região de Algarve, no sul do país. Foi nessa região que aconteceu a retomada das áreas ocupadas então pelos mouros.
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No interior do escudo, estão representadas sete quinas, que se assemelham a pequenos escudos, em azul. Elas simbolizam os cinco reis mouros derrotados por Dom Afonso Henriques, rei de Portugal à época. No interior das quinas, estão os besantes, que representam as chagas de Cristo.
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As regras para o uso da bandeira nacional portuguesa foram estabelecidas por meio do decreto-lei nº 150/87, de 30 de março de 1987.
Significado da bandeira de Portugal
A bandeira da República Portuguesa, ou Portugal, é um dos símbolos nacionais do país. Ela é formada por um retângulo dividido em duas partes, cada uma com uma cor diferente: a parte menor apresenta a cor verde-escuro, e está posicionada sempre à esquerda, próximo ao mastro. Já a divisão maior tem cor vermelho vivo. Sobre a linha que marca a divisão de cores, está posicionada a esfera armilar e, sobre ela, o escudo de armas português.
De acordo com a legislação portuguesa, o significado da bandeira de Portugal é a soberania nacional e a independência, unidade e integridade de Portugal.|1|
A atual versão da bandeira de Portugal simboliza a república, forma de governo adotada pelo país no início do século XX, mais precisamente no ano de 1910, marcando oficialmente o fim da monarquia.
Com a mudança no regime, houve uma ressignificação dos símbolos da nação, em especial das cores nacionais e a forma como elas estão dispostas na bandeira. Cada um dos símbolos e das cores presentes no pavilhão tem um significado em particular que retrata a história e a política de Portugal.
→ Significado das cores da bandeira de Portugal
As cores verde e vermelho são predominantes na atual bandeira de Portugal e foram escolhidas para representar a nova forma de governo em detrimento do azul, a cor utilizada anteriormente pela monarquia. O significado dessas cores, para além da mudança de regime, é dado com base em diversas interpretações, que apresentamos a seguir.
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Verde: foi introduzido na bandeira de Portugal a partir de 1910. Antes disso, a cor não havia sido usada no pavilhão português sem associação a um símbolo específico, como o brasão, diferentemente do vermelho. Um dos principais significados do verde é o sentimento de esperança. A cor estava presente também, junto do vermelho, na revolução republicana, que levou à implantação do novo regime, sendo essa outra simbologia possível.
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Vermelho: é uma cor historicamente usada na bandeira de Portugal. Representa o sangue daqueles que lutaram para defender o país em diferentes momentos de sua história. Associa-se o vermelho ainda à combatividade e às vitórias.
Importante: O branco, o dourado e o azul compõem também a bandeira de Portugal, mas em menor escala do que o verde e o vermelho. Eles estão presentes na esfera armilar e no escudo português.
→ Significado da esfera armilar da bandeira de Portugal
A esfera armilar era um instrumento que indicava a posição dos astros no céu, de grande importância para os estudos astronômicos e para a orientação no espaço, em especial para as navegações.
Lembremos que Portugal foi considerado um país pioneiro na exploração marítima de longa distância, tendo atravessado o oceano Atlântico e chegado ao continente americano ainda no final do século XV. Esse período ficou conhecido como o das Grandes Navegações.
Portanto, a esfera armilar é um símbolo desse feito, e uma representação desse instrumento aparece na bandeira portuguesa na cor de ouro e posicionada sobre a linha divisória entre as cores verde e vermelho.
→ Significado dos castelos da bandeira de Portugal
Sete castelos estão estampados na bandeira de Portugal em dourado, em torno dos besantes (quinas), formando assim o escudo português. Cada um deles representa um castelo (ou forte) que existe de fato e se localiza na região de Algarve, no sul do território português e com saída para o oceano Atlântico:
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Cacela Velha;
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Castelo de Albufeira;
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Castelo de Aljezur;
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Castelo de Castro Marim;
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Castelo de Estômbar;
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Castelo de Paderne;
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Fortaleza de Sagres.
→ Significado do escudo da bandeira de Portugal
O escudo da bandeira de Portugal é formado pelos sete castelos que acabamos de conhecer e por cinco quinas em azul sobre um fundo branco. Toda a sua composição remete à vitória dos portugueses sobre os mouros, que ocuparam a península Ibérica a partir do século VIII.
Os castelos sobre o fundo vermelho representam as fortificações das áreas retomadas por Portugal, durante o reinado de Dom Afonso Henriques, que estavam sob o domínio dos mouros. As disputas aconteceram na região sul, hoje conhecida como Algarve. As quinas em azul, que se assemelham a escudos, representam os cinco reis mouros derrotados pelos portugueses. No interior de cada um desses escudos, estão os besantes.
→ Significado dos besantes da bandeira de Portugal
Os besantes são as bolinhas brancas representadas no interior das quinas azuis do escudo da bandeira de Portugal. A interpretação mais aceita para esse símbolo é a de que ele representa as chagas de Jesus Cristo, vistas pelo rei Dom Afonso Henriques antes do início da batalha contra os mouros.
Regras no uso da bandeira de Portugal
As regras para o uso da bandeira de Portugal foram estabelecidas por meio do decreto-lei nº 150/87, de 30 de março de 1987. O decreto é composto por 10 artigos e seus respectivos parágrafos, e foi assinado pelo presidente da república e primeiro-ministro em exercício à época. Veja algumas das regras para o uso da bandeira nacional portuguesa:
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A bandeira a ser utilizada deve obedecer ao padrão oficial e apresentar bom estado, preservando a sua dignidade, segundo o texto legal.
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Domingos, feriados, cerimônias oficiais ou atos e sessões solenes de caráter público são datas e ocasiões em que a bandeira deverá ser hasteada.
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Quando em outros dias, o hasteamento deverá ser justificado pelo governo de Portugal ou pelas autoridades regionais e locais.
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A bandeira pode ser hasteada diariamente nos prédios da soberania nacional.
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Outros edifícios, como órgãos militares, civis, institutos e empresas públicas, podem hastear a bandeira nacional. Quando fora dos locais da sede, deve-se ater às regras estabelecidas.
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A bandeira deve permanecer hasteada entre 9 horas e o pôr do sol. Caso permaneça à noite, deverá ser iluminada por holofotes.
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Em caso de luto nacional, a bandeira deverá ser hasteada a meio mastro durante todo o período determinado oficialmente.
História da bandeira de Portugal
A atual bandeira de Portugal foi adotada no ano de 1911, quase 800 anos após o surgimento da primeira bandeira oficial do país, que data de 1143.
Foi nesse ano que Portugal se tornou uma nação soberana e independente, passando a ser governada pelo rei Dom Afonso Henriques. O pavilhão era então composto predominantemente pelas cores branco e azul, e, por volta de 1183, foi feita a adição dos besantes.
No século XIII, os castelos sobre a faixa vermelha passaram a fazer parte da bandeira portuguesa, embora em número e disposição diferentes daqueles que temos hoje. Diversas alterações foram feitas no estandarte nos séculos que se passaram, especialmente em momentos de alternância de poder, com a troca do monarca que ocupava o trono de Portugal.
No século XV, por exemplo, o escudo foi incorporado à bandeira junto a uma coroa real. Durante o reinado de Dom Manuel, a esfera armilar compôs o seu estandarte pessoal, confeccionado em dourado sobre um fundo vermelho e branco. Esse símbolo, no entanto, não fazia parte ainda da bandeira nacional.
Portugal assumiu uma nova bandeira durante a União Ibérica, período político marcado pela unificação das Coroas espanhola e portuguesa, entre 1580 e 1640. Outro momento em que houve uma alteração significativa no estandarte nacional foi no início do século XIX, com um decreto de Dom João que elevou o Brasil à condição de reino, criando assim o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. A bandeira era composta pelo escudo português, a esfera armilar e uma coroa.
A última bandeira da monarquia portuguesa tinha um fundo azul e branco, cores que representavam, no país, esse regime de governo, além de ostentar o escudo e a coroa real. O verde e o vermelho foram instituídos como as cores nacionais tão logo o novo regime, o republicano, foi implantado em Portugal, em 5 de outubro de 1910.
Nesse mesmo ano, foi instalada uma comissão para a elaboração de uma nova bandeira para o país, aprovada em 29 de novembro. A sua adoção oficial, mediante sanção governamental, aconteceu em 19 de junho de 1911.
Veja também: Bandeira do Brasil — outra bandeira adotada após o fim de uma monarquia
Principais características de Portugal
Portugal é um país europeu localizado na península Ibérica, banhado pelo oceano Atlântico e que faz divisa terrestre apenas com um outro país, a Espanha. A capital portuguesa é a cidade de Lisboa.
Com um extenso litoral de quase 1800 km, o território português apresenta climas que variam do mediterrâneo ao temperado continental, com temperaturas anuais amenas e médias pluviométricas entre 1000 mm e 2000 mm.
As feições de relevo em Portugal são bastante heterogêneas, apresentando áreas montanhosas e pequenos morros e planícies. O mesmo acontece com a vegetação, que se divide em florestas temperadas e vegetação mediterrânea.
Portugal ocupa a 14ª posição na lista dos países mais populosos da Europa, com mais de 10,1 milhões de habitantes. A maioria dos portugueses vive nas cidades e nas áreas mais próximas do litoral. Nota-se ainda uma importante tendência demográfica em curso em Portugal que é o envelhecimento populacional. Essa tendência pode ser observada ainda em outros países europeus.
Parte da União Europeia, a economia portuguesa tem como base o setor de comércio e serviços, em que se destacam as atividades turísticas e as finanças.
Outras bandeiras de Portugal
Outras bandeiras são utilizadas em Portugal além da bandeira nacional, representando autoridades governamentais, órgãos da república e militares. Veja na sequência alguns exemplos de bandeiras institucionais portuguesas.
→ Bandeira do presidente da república
→ Bandeira do Parlamento de Portugal ou Assembleia da República
→ Bandeira do primeiro-ministro de Portugal
Curiosidades sobre a bandeira de Portugal
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A bandeira de Portugal é chamada também de Bandeira Verde-Rubra e Bandeira das Quinas.
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Portugal conheceu sua nova bandeira oficial em 1º de dezembro de 1910.
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A composição da atual bandeira de Portugal foi concebida por uma comissão composta pelas seguintes pessoas: Columbano Bordalo Pinheiro (pintor), Abel Botelho (escritor), Antonio Ladislau Parreira (oficial da armada) e João Chagas (jornalista).
Nota
|1| PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Decreto-lei n.º 150/87, de 30 de março de 1987. Estabelece as regras sobre o uso da bandeira nacional. Disponível aqui.
Crédito de imagem
[1] Wikimedia Commons (reprodução)
Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia