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O lado oculto da Lua é a parte do hemisfério lunar que nunca vemos ao observarmos o satélite. Muitas vezes, ele é chamado erroneamente de lado escuro da Lua, dando a impressão de que não é iluminado, mas, na verdade, tanto o lado visível quanto o lado oculto da Lua estão expostos aos raios luminosos solares durante parte do seu movimento ao redor da Terra.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre o lado oculto da Lua
- 2 - O que é o lado oculto da Lua?
- 3 - Como é o lado oculto da Lua?
- 4 - Exploração do lado oculto da Lua
- 5 - Por que vemos sempre o mesmo lado da lua?
Resumo sobre o lado oculto da Lua
- Não se tem muitas informações a respeito da superfície do lado oculto da Lua, mas sabemos que ela apresenta crateras mais visíveis e menos mares do que o lado observado da Terra.
- Com base nas informações obtidas pela sonda Yutu-2, sabe-se que a superfície do lado oculto é grudenta, mais fria e apresenta crateras mais recentes que as do lado observado da Terra.
- Em 1959 foi fotografado o lado oculto da Lua.
- Em 1968, por meio da missão Apollo 9, foram transmitidas mundialmente imagens ao vivo da superfície lunar.
- Não vemos o lado oculto da Lua em razão da sua rotação e translação sincronizadas com os movimentos da Terra.
O que é o lado oculto da Lua?
O lado oculto da Lua é a face da superfície lunar que não é observada da Terra, estando sempre oculta a nossos olhos. Da Terra, conseguimos observar em torno de 59% da superfície lunar, e os 41% que não observamos correspondem ao lado oculto desse satélite natural.
A superfície do lado oculto da Lua é livre dos sinais de rádio artificiais provenientes da Terra, assim, a instalação de um telescópio seria um avanço para o ramo da radioastronomia, que estuda as emissões e reflexões das radiações eletromagnéticas pelos corpos celestes.
Como é o lado oculto da Lua?
A superfície da Lua já foi completamente mapeada por naves orbitais, mas pouco se sabe sobre seu lado oculto, acredita-se que a composição da sua superfície seja a mesma do lado visto da Terra, que já foi muito bem explorado pelas missões Apollo.
Outra informação que temos é que o lado oculto possui crateras mais visíveis formadas pelo impacto de asteroides com a superfície, e pouca quantidade de mares, planícies formadas por atividade vulcânica, devido aos impactos dos asteroides. Esses mares foram em torno de 1% do lado oculto e 31% do lado visível.
No dia 19 de janeiro de 2022, foram publicadas, na revista Science Robotics, novas informações sobre o lado oculto da Lua, cuja superfície tem aspecto grudento, é mais fria do que se imaginava e possui crateras mais recentes do que as do lado visível da Terra, de acordo com o que os cientistas analisaram com base nas informações coletadas pela sonda Yutu-2, da missão chinesa Chang’e-4.
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Exploração do lado oculto da Lua
Só em 1959 a humanidade pôde observar o lado oculto da Lua em uma imagem capturada pela sonda espacial soviética Luna 3. Em 1968, na missão estadunidense Apollo 8, a humanidade pôde observar a superfície lunar com os próprios olhos via transmissão televisiva na véspera de Natal, na qual os três astronautas a bordo leram os 10 primeiros versos do livro Gênesis da Bíblia.
Em 3 de janeiro de 2019, a missão chinesa Chang’e-4 enviou a sonda Yutu-2 para o lado oculto da Lua, sendo a primeira sonda a pousar por lá. Ela transmite dados que estão sendo analisados pelos cientistas a fim de compreender a superfície do lado oculto da Lua e até fenômenos que possam existir por ali.
Por que vemos sempre o mesmo lado da lua?
Nós sempre vemos o mesmo lado da Lua porque os movimentos rotacional e translacional da Lua estão sincronizados com os da Terra, o que quer dizer que, ao mesmo tempo que a Lua conclui uma volta ao redor da Terra pelo movimento de translação, ela também conclui uma volta ao seu redor pelo movimento de rotação, assim, sempre a mesma face da Lua está voltada para nós.
Caso a Lua estivesse parada ou rotacionasse no dobro da sua velocidade normal, nós conseguiríamos ver toda a sua superfície uma ou várias vezes por volta.
Por Pâmella Raphaella Melo
Professora de Física