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Fatos que comprovam a chegada do homem à Lua

Alguns fatos científicos comprovam a chegada do homem à Lua, como o cálculo da gravidade lunar e as pegadas que foram deixadas na Lua.

Foto da Terra tirada da Lua, na missão Apollo 11. (Créditos da imagem: Nasa)
Foto da Terra tirada da Lua, na missão Apollo 11. (Créditos da imagem: Nasa)
Crédito da Imagem: shutterstock
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Ao longo de toda a história da humanidade, somente 12 homens tiveram o privilégio de pisar sobre a superfície da Lua. Ao todo, 24 astronautas já estiveram na órbita lunar, todos como integrantes das seis missões Apollo, que foram executadas entre as décadas de 60 e 70. Tais missões proporcionaram enormes avanços científicos à humanidade, entre os mais diversos campos do conhecimento.

A busca do homem pela Lua acabou contribuindo para o desenvolvimento de novas tecnologias de telecomunicações, computação, propulsão de foguetes. Entretanto, ainda hoje há quem duvide da chegada do homem à Lua. É relativamente comum ouvir pessoas falando sobre teorias que tentam produzir evidências científicas baseadas em análises das mais de 15.000 fotos disponibilizadas para uso livre pela própria Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa). Neste artigo, falaremos sobre alguns fatos que reforçam a veracidade das viagens tripuladas à Lua.

Veja também: Por que o homem ainda não voltou à Lua?

Tópicos deste artigo

1º fato: Pegadas na Lua

As pegadas deixadas na Terra costumam durar pouco tempo. Isso acontece porque em nosso planeta somos rodeados por uma densa atmosfera que está em constante movimento. Além disso, a presença dessa atmosfera leva a grandes variações climáticas, responsáveis pela produção das chuvas e ventos, sem falar da influência direta de outros seres vivos que podem apagar evidências capazes de atestar que, algum dia, um ser humano tenha passado por algum lugar da Terra.

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Já na Lua, onde não há atmosfera, uma pegada ou rastro deverá permanecer por centenas ou até mesmo milhares de anos. Por isso, se fosse possível observar a superfície da Lua, deveríamos ser capazes de ver os rastros deixados pelos astronautas. Felizmente, hoje isso é possível graças à espaçonave robótica Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), lançada pela Nasa em junho de 2009 e que atualmente está orbitando a Lua entre 20 km e 165 km de altura em relação ao solo lunar.

A LRO vem, desde a sua entrada na órbita da Lua, produzindo fotos de altíssima resolução, com o objetivo de encontrar recursos minerais, como água, e também os locais de pouso das missões tripuladas precedentes.

Lunar Reconnaissance Orbiter é uma nave não tripulada que extrai diversas informações da Lua. (Créditos da imagem: Nasa)
Lunar Reconnaissance Orbiter
é uma nave não tripulada que extrai diversas informações da Lua. (Créditos da imagem: Nasa)

Algumas das fotos tiradas pela LRO mostram o módulo lunar da Eagle, o experimento LRRR – um retrorrefletor, o PSEP – um sismômetro, uma câmera e alguns objetos descartados pelos astronautas.

As lentes da LRO permitiram que o local da primeira alunissagem (pouso na Lua) fosse fotografada a 25 km de altura. (Créditos da imagem: Nasa)
As lentes da LRO permitiram que o local da primeira alunissagem (pouso na Lua) fosse fotografada a 25 km de altura. (Créditos da imagem: Nasa)

2º fato: Pó lunar

Na época em que as imagens e vídeos das missões Apollo foram divulgados, não existiam computadores como os de hoje, capazes de analisar a trajetória das partículas de pó que eram ejetadas da superfície da Lua pelos passos dos astronautas ou até mesmo pelas rodas dos veículos lunares (lunar rovers).

Estudando o movimento do pó lunar, foi possível calcular a gravidade da Lua. (Créditos da imagem: Nasa)
Estudando o movimento do pó lunar, foi possível calcular a gravidade da Lua. (Créditos da imagem: Nasa)

Com a tecnologia atual, é possível perceber que a trajetória das partículas é perfeitamente parabólica, ou seja, as partículas de poeira descrevem uma trajetória que é prevista para os corpos que são lançados obliquamente no vácuo, livres da ação de quaisquer forças dissipativas, como a força de atrito com o ar.

Para que algo parecido com isso fosse forjado na Terra, seria necessária uma enorme câmara de vácuo, maior que qualquer uma que já fora construída em nosso planeta. Além desse fato, por meio da altura atingida pelas partículas de poeira e pelo tempo que elas permanecem no ar, é possível que se determine qual era a aceleração da gravidade no lugar das filmagens e o resultado é igual àquele que é calculado para a Lua: cerca de 1,62 m/s².

Usando as modernas tecnologias de computação gráfica atuais, é possível produzir um vídeo do tipo, no entanto, entre 1969 e 1972 esse tipo de tecnologia era simplesmente impensável.

Veja também: Corrida espacial

3º fato: Lunar Laser Ranging experiment (LRRR)

Os astronautas das missões Apollo 11, 14 e 15 instalaram arranjos de espelhos retrorrefletores de alta precisão. Esses espelhos são capazes de refletir a luz de volta à sua fonte emissora com grande precisão e com poucas perdas. Por meio deles, é possível emitir diversos feixes de laser a partir de diferentes localizações da Terra para se medir a posição da Lua, por exemplo.

O laser na foto está sendo emitido em direção à LRO e, em seguida, refletido. (Créditos da imagem: Nasa)
O laser na foto está sendo emitido em direção à LRO e, em seguida, refletido. (Créditos da imagem: Nasa)

Após o lançamento da espaçonave de observação LRO, a NASA foi um pouco além, instalando nela um dispositivo parecido com o LRRR, com o intuito se obter mais informações sobre a Lua, como sua temperatura durante o dia e noite, bem como o albedo lunar (capacidade de reflexão) para as frequências de luz ultravioleta.

Leia também: Sputnik 1: A história do primeiro satélite a orbitar a Terra

4º fato: Amostras da Lua

Em todas as missões tripuladas à Lua, muitas amostras de rocha e solo lunar foram trazidas para Terra. Em 1971, dois astronautas da missão Apollo 14 trouxeram uma pequena rocha lunar de 800 g bastante curiosa: essa rocha parecia ter sido formada sob as condições encontradas na Terra, totalmente diferente de outras amostras trazidas da Lua. Tal rocha continha diversos traços de minerais que são abundantes em nosso planeta, mas muito raros na Lua.

Um artigo produzido por um grupo geocientistas do Museu de História Natural Sueco, alega que se detectou na amostra a presença de minerais que são formados quando há presença de água e oxigênio, bem como condições de pressão e temperatura que são comuns à Terra, mas que também são impossíveis de se encontrar na Lua. Essas indicações reforçam a teoria astronômica de que a Lua possivelmente surgiu após uma colisão entre a Terra e um enorme asteroide, bilhões de anos atrás.

Por Me. Rafael Helerbrock

Escritor do artigo
Escrito por: Rafael Helerbrock Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

HELERBROCK, Rafael. "Fatos que comprovam a chegada do homem à Lua"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/fatos-que-comprovam-chegada-homem-na-lua.htm. Acesso em 10 de outubro de 2024.

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