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A insuficiência cardíaca congestiva, ou apenas insuficiência cardíaca, é uma condição na qual o coração não consegue bombear sangue de forma eficaz, levando ao acúmulo de fluidos nos pulmões e outras partes do corpo. Suas causas incluem cardiomiopatia, pressão arterial elevada e problemas cardíacos congênitos. Fatores como tabagismo e consumo de álcool também podem contribuir. Os sintomas abrangem fadiga, falta de ar, inchaço nas pernas e tornozelos, além de tosse persistente.
O diagnóstico envolve exames como ecocardiograma e exames de sangue. O tratamento inclui mudanças no estilo de vida, controle de doenças subjacentes, medicamentos para melhorar a função cardíaca e, em casos graves, intervenções cirúrgicas, como transplante de coração. O acompanhamento adequado pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes e minimizar complicações.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre insuficiência cardíaca
- 2 - O que é insuficiência cardíaca?
- 3 - Como um coração saudável funciona?
- 4 - Causas da insuficiência cardíaca
- 5 - Como o organismo busca compensar a diminuição do fluxo sanguíneo?
- 6 - Quais são os sintomas de insuficiência cardíaca?
- 7 - Quais são os estágios da insuficiência cardíaca?
- 8 - Diagnóstico de insuficiência cardíaca
- 9 - Tratamento da insuficiência cardíaca
- 10 - Tipos de insuficiência cardíaca
- 11 - A insuficiência cardíaca tem cura?
- 12 - Fatores de risco para insuficiência cardíaca
- 13 - Prevenção da insuficiência cardíaca
Resumo sobre insuficiência cardíaca
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A insuficiência cardíaca é uma condição que ocorre quando o coração não consegue bombear sangue de forma eficaz.
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Suas causas incluem doença arterial coronariana, cardiomiopatia, pressão arterial elevada, diabetes e fatores de estilo de vida como tabagismo e consumo de álcool.
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Os sintomas incluem dor no peito, fadiga, falta de ar, presença de edemas e tosse persistente.
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A insuficiência cardíaca é dividida em quatro estágios, os quais requerem diferentes cuidados.
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O diagnóstico utiliza exames de sangue e de imagem para avaliar a função cardíaca e identificar possíveis causas subjacentes.
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O tratamento abrange mudanças no estilo de vida, controle de doenças associadas, medicamentos para melhorar a função cardíaca e, em situações graves, procedimentos cirúrgicos como transplante cardíaco.
O que é insuficiência cardíaca?
A insuficiência cardíaca congestiva, também conhecida apenas como insuficiência cardíaca, é uma condição crônica na qual o coração não consegue bombear sangue de maneira eficiente para atender às demandas do corpo. Nesse cenário, o coração permanece ativo, porém enfrenta dificuldades em gerenciar e adequar-se à quantidade necessária de sangue, resultando no acúmulo desse fluido em outras partes do corpo.
Essa condição continua a ser prevalente em âmbito global, acarretando elevadas taxas de morbidade e mortalidade. Estimativas indicam que cerca de 26 milhões de pessoas são afetadas em todo o mundo.
Como um coração saudável funciona?
O coração, um órgão muscular oco, apresenta um tamanho próximo ao de um punho e um peso médio de cerca de 300g. Integra o sistema cardiovascular e desempenha um papel fundamental no organismo: bombear a quantidade adequada de sangue para todos os cantos do corpo. Sua estrutura engloba quatro câmaras distintas, sendo dois compartimentos superiores conhecidos como átrios e dois inferiores conhecidos como ventrículos.
O átrio direito é responsável por receber sangue pobre em oxigênio proveniente do restante do corpo e impulsioná-lo através do ventrículo direito até os pulmões, onde ocorre a oxigenação. O sangue enriquecido com oxigênio retorna dos pulmões para o átrio esquerdo e, posteriormente, é direcionado para o ventrículo esquerdo, responsável por bombeá-lo para todas as partes do organismo.
Para garantir o ritmo adequado, é importante que essas quatro câmaras batam de forma coordenada. Um coração saudável detém a capacidade de bombeamento que atende as necessidades básicas da circulação sanguínea, assegurando assim um adequado fluxo do sangue pelo corpo. Saiba mais sobre o funcionamento do coração clicando aqui.
Causas da insuficiência cardíaca
As causas da insuficiência cardíaca são diversas, incluindo:
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doença arterial coronariana (obstrução das artérias coronárias, vasos responsáveis por irrigar o músculo do coração);
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ataque cardíaco (morte das células de uma região do músculo do coração);
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doença cardíaca congênita (problemas cardíacos presentes desde o nascimento);
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cardiomiopatia (conjunto de doenças que atingem o músculo cardíaco, podendo ser genéticas ou virais);
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arritmia (batimento cardíaco irregular, muito rápido ou muito lento);
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doença renal;
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hipertensão (pressão arterial elevada);
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consumo excessivo de álcool e tabaco.
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Como o organismo busca compensar a diminuição do fluxo sanguíneo?
No estágio inicial da doença, o coração procura superar a dificuldade de bombear o sangue pelo corpo mediante uma expansão mais significativa, alongando-se para contrair com maior vigor e atender à demanda de bombeamento sanguíneo do corpo. Com o passar do tempo, esse esforço resulta no aumento das dimensões do coração.
Uma outra estratégia geralmente adotada é o aumento da massa muscular cardíaca, o que aumenta a força de bombeamento do coração. Nesse contexto, o crescimento da massa muscular está associado ao aumento das células contráteis do órgão. Outro mecanismo envolve o aumento da frequência cardíaca.
O corpo como um todo também se engaja. Os vasos sanguíneos se contraem para preservar a pressão arterial elevada, como uma tentativa de compensar a redução da potência cardíaca. Os rins, por sua vez, passam a reter maior quantidade de sal e água, ao invés de excretá-los na urina.
Isso resulta em um aumento do volume sanguíneo, que contribui para a manutenção da pressão arterial e, assim, para o coração a bombear com mais eficácia. Entretanto, ao longo do tempo, esse excesso de volume pode sobrecarregar o coração, agravando a insuficiência cardíaca.
Quais são os sintomas de insuficiência cardíaca?
Os sintomas da insuficiência cardíaca variam de leves a graves, podendo ser intermitentes. Os principais sintomas da insuficiência cardíaca são:
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Falta de ar, sendo esse o sintoma mais comum da doença, principalmente durante atividades físicas e ao dormir.
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Dor no peito.
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Palpitações devido ao aumento da frequência cardíaca para compensar o bombeamento.
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Fadiga durante atividade física, um sintoma que piora com o tempo, sendo difícil até mesmo desenvolver atividades básicas como tomar banho.
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Inchaço no abdômen, tornozelos e pernas e ganho de peso devido ao acúmulo de líquido nos tecidos (edema), o que leva a aumento de peso.
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Dor no abdômen devido ao acúmulo de líquido na região, principalmente no fígado e no sistema digestório.
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Perda de apetite e náuseas, uma vez que a doença afeta o funcionamento adequado do sistema digestório.
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Tosse seca e persistente devido ao acúmulo de líquido no pulmão.
Em geral, essa condição tende a piorar com o tempo, tornando os sintomas iniciais mais intensos e levando a outras complicações, como:
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batimento cardíaco irregular;
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hipertensão pulmonar;
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lesão nos rins;
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desnutrição;
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problemas nas válvulas cardíacas;
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lesão no fígado.
Quais são os estágios da insuficiência cardíaca?
A insuficiência cardíaca é uma enfermidade que se agrava progressivamente. Conforme sua evolução ocorre, o coração reduz ainda mais sua eficácia em impulsionar o fluxo sanguíneo pelo corpo. Esse mal é caracterizado por quatro estágios distintos:
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Estágio A: configura-se como um estágio pré-insuficiência cardíaca, indicando que o indivíduo apresenta um elevado risco de desenvolver a doença. Tal risco deriva de antecedentes familiares positivos para a condição e da presença de condições médicas como hipertensão, diabetes, cardiomiopatia, doença arterial coronariana, febre reumática, entre outras. Além disso, fatores como histórico de consumo de álcool e utilização de certos medicamentos, como os usados no tratamento de câncer, também são considerados na categorização dos pacientes nesse estágio.
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Estágio B: esse estágio também é enquadrado como um estágio pré-insuficiência cardíaca. Nesse cenário, o ventrículo esquerdo não funciona adequadamente e/ou manifesta anormalidades estruturais. No entanto, sintomas da doença ainda não são evidentes.
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Estágio C: caracteriza-se como a fase sintomática da insuficiência cardíaca. Indivíduos nesse estágio recebem diagnóstico confirmatório para a doença e manifestam sintomas relacionados à condição.
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Estágio D: engloba os pacientes que se encontram em um estágio avançado da insuficiência cardíaca, apresentando sintomas severos que não respondem ou melhoram com tratamentos convencionais.
Diagnóstico de insuficiência cardíaca
O diagnóstico da insuficiência cardíaca envolve a integração do exame clínico com a avaliação dos sintomas, estilo de vida e histórico familiar do paciente, além de exames de imagem e análises sanguíneas. Entre os exames utilizados estão o eletrocardiograma, a tomografia computadorizada cardíaca, o ecocardiograma, a ressonância magnética cardíaca, o raio X do tórax e a cintilografia de aquisição múltipla.
Essa abordagem abrangente auxilia na identificação da presença da doença, bem como na determinação do estágio e da causa subjacente que enfraqueceu ou tornou rígido o músculo cardíaco.
Tratamento da insuficiência cardíaca
O tratamento necessário dependerá tanto do estágio da insuficiência cardíaca como das causas que levaram a essa condição. O objetivo principal do tratamento consiste em impedir a progressão do paciente para estágios mais avançados da doença, uma vez que a regressão de estágios não é possível.
Nas fases iniciais, o protocolo terapêutico geralmente consiste em uma combinação de alterações no estilo de vida e administração de medicamentos. É recomendado adotar práticas saudáveis, incluindo a prática de exercícios físicos moderados e supervisionados, a adesão a um programa de tratamento cardiovascular e a redução da ingestão de sódio, álcool e tabaco. Distintas classes de medicamentos estão à disposição, variando de acordo com as necessidades individuais do paciente, como vasodilatadores e betabloqueadores.
À medida que a doença progride para estágios mais avançados e o tratamento convencional se mostra insuficiente, pode ser considerada a opção do transplante cardíaco. Essa intervenção envolve a substituição do coração disfuncional por um coração saudável proveniente de um doador.
Tipos de insuficiência cardíaca
A insuficiência cardíaca pode ocorrer no ventrículo esquerdo ou no ventrículo direito:
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Insuficiência cardíaca ventricular esquerda: ocorre quando o lado esquerdo precisa trabalhar com mais esforço para bombear a mesma quantidade de sangue. Ela é dividida em insuficiência sistólica e diastólica. Na insuficiência sistólica, o ventrículo esquerdo perde sua capacidade de contrair normalmente e não tem força para empurrar sangue suficiente para o restante do corpo. Já na insuficiência diastólica, o ventrículo esquerdo perde sua capacidade de relaxamento das câmaras cardíacas e não consegue se encher adequadamente de sangue durante o período de repouso entre cada batimento. Em ambos os casos, há uma diminuição na porcentagem de sangue que o coração bombeia. Um coração normal bombeia 55 a 60% do sangue contido nele. Na insuficiência sistólica e diastólica há uma redução para 40% e 50%, respectivamente.
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Insuficiência cardíaca ventricular direita: normalmente ocorre como resultado da falha do lado esquerdo. Quando o ventrículo esquerdo falha e não consegue bombear sangue suficiente para fora, a pressão do fluido aumenta e retorna pelos pulmões, danificando o lado direito do coração. Quando o lado direito perde sua capacidade de bombeio, o sangue se acumula nas veias do corpo.
A insuficiência cardíaca tem cura?
A insuficiência cardíaca é uma condição crônica, exigindo tratamento ao longo de toda a vida. Contudo, com os cuidados apropriados, na maioria dos casos, é possível desfrutar de uma vida com poucas restrições. O prognóstico, que avalia a evolução de uma condição médica, depende de vários fatores, incluindo a gravidade dos sintomas, a funcionalidade do músculo cardíaco, a resposta ao tratamento e a aderência ao plano de reabilitação cardiovascular.
Saiba mais: Quais órgãos podem ser doados?
Fatores de risco para insuficiência cardíaca
Os fatores de risco associados à insuficiência cardíaca compreendem:
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uso de tabaco, álcool e outras drogas;
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consumo de alimentos ricos em sal e gordura;
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histórico de ataque cardíaco;
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histórico familiar de insuficiência cardíaca;
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hipertensão arterial;
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presença de doença arterial coronariana;
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idade acima de 65 anos.
Prevenção da insuficiência cardíaca
Embora haja fatores de risco que não são possíveis alterar, como idade e predisposição genética, é possível adotar modificações no estilo de vida que reduzam a probabilidade de desenvolver insuficiência cardíaca. Algumas medidas incluem:
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incorporar a prática regular de Exercícios físicos;
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reduzir ou evitar o consumo de álcool, tabaco e outras substâncias nocivas;
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evitar o consumo excessivo de sal, gordura e alimentos ultraprocessados;
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gerenciar o estresse;
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cuidar de outras condições médicas que possam contribuir para o desenvolvimento da insuficiência cardíaca.
Fontes
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