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Doação de órgãos

A doação de órgãos é um ato de amor, pois, por meio dela, é possível salvar uma vida. Comunique a sua família sobre sua vontade de ser um doador!

Mãos segurando uma representação de um coração em referência à doação de órgãos.
A doação de órgãos é um ato de amor e pode salvar várias vidas.
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A doação de órgãos é um ato de amor ao próximo e pode ser decisiva para determinar a sobrevivência de uma pessoa. Muitos não sabem, mas, no Brasil, existem milhares de pessoas na fila de espera para receber um órgão, sendo esse gesto de doação sua única esperança. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil é referência na área de transplantes, sendo em números absolutos o segundo maior transplantador do mundo. Vale destacar, no entanto, que esse número pode ser ainda maior caso as pessoas se conscientizem da importância da doação de órgãos.

Leia também: Mitos e verdades sobre a doação de órgãos

Tópicos deste artigo

O que é a doação de órgãos?

A doação de órgãos é um ato no qual uma ou mais partes do corpo são doadas a fim de ajudar no tratamento de problemas de saúde de outras pessoas. Essa ação é, antes de tudo, uma prova de amor ao próximo, pois é uma atitude que salva vidas. Atualmente há cerca de 30 mil pessoas aguardando na fila por uma doação.

Quais órgãos podem ser doados?

Quase todos os órgãos do corpo podem ser doados, mas alguns podem ser doados apenas após a morte do doador. São órgãos que podem ser transplantados:

  • coração;

  • fígado;

  • pâncreas;

  • pulmões;

  • rins;

  • córneas;

  • vasos sanguíneos;

  • ossos;

  • cartilagens;

  • tendões;

  • pele;

  • estômago;

  • intestino.

Após serem retirados, os órgãos devem ser rapidamente levados ao seu receptor. Denomina-se de tempo de isquemia o prazo de retirada de um órgão e o transplante deste para outra pessoa. Veja a seguir o tempo de isquemia aceitável de alguns órgãos de acordo com o Ministério da Saúde.

  • Coração: 4 horas.

  • Pulmão: de 4 a 6 horas.

  • Rim: 48 horas.

  • Fígado: 12 horas.

  • Pâncreas: 12 horas.

Leia também: Doação de medula óssea

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Tipos de doadores de órgãos

Alguns órgãos são essenciais para a nossa sobrevivência, não sendo possível doá-los em vida. Outros, no entanto, são vitais, mas podem ser doados parcialmente, como é o caso do fígado e do pulmão. O doador pode também doar um rim, uma vez que temos dois e por ser possível sobreviver com apenas uma dessas estruturas. Considerando essas particularidades, podemos dividir os doadores em dois grupos.

  • Doador vivo: é aquele que pode, em vida, doar um de seus órgãos. Os órgãos que podem ser doados em vida são os rins, parte do fígado, parte do pulmão e parte da medula óssea. De acordo com o Ministério da Saúde, pela lei, parentes de até quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Aqueles que não apresentam esse grau de parentesco só podem receber órgãos de doadores em vida com autorização judicial.

  • Doador falecido: paciente com morte atestada. A doação, nessa situação, deve ser autorizada por familiares. Podemos dividir esses doadores em dois subtipos: doador falecido após morte cerebral e que não tenha sofrido parada cardiorrespiratória e doador com parada cardiorrespiratória. No primeiro caso, o doador pode doar, de acordo com o Ministério da Saúde, coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões. O doador com parada cardiorrespiratória, por sua vez, pode doar apenas certas estruturas, como córnea, vasos, pele, ossos e tendões.

Como ser um doador de órgãos?

Profissional da saúde segurando uma caixa térmica em referência à doação de órgãos.
Após retirados do doador, os órgãos são transportados rapidamente até o receptor.

Para ser um doador de órgãos, é fundamental deixar claro esse desejo para a família, pois, após a morte, apenas um familiar está autorizado a permitir a retirada dos órgãos. Vale destacar que, de acordo com o Ministério da Saúde, quando a vontade do doador estiver expressamente registrada, também pode ser aceita, caso haja decisão judicial nesse sentido. Vale destacar que o baixo número de doadores no Brasil está relacionado principalmente com a não autorização da família. Sendo assim, converse com seus familiares caso deseje ser um doador e explique a importância desse gesto.

Leia também: Doação de sangue: retire todas as suas dúvidas!

Quem não pode ser um doador de órgãos?

É importante deixar claro que nem todas as pessoas podem ser doadoras, pois algumas doenças infeciosas e a causa da morte podem impedir a doação. Durante a pandemia de covid-19, por exemplo, a fila de transplante aumentou em 30%, uma vez que a doença é um impeditivo para a doação de órgãos. Além dessas situações, pessoas sem documentação também não podem doar. No que diz respeito à idade, não há um limite, sendo observado o estado de saúde do doador. Menores de 18 anos só podem doar mediante autorização de responsáveis.

Quem recebe os órgãos doados?

Os órgãos doados são transplantados para pessoas que aguardam em uma lista única, no caso de doação após a morte. Assim que o paciente morre, inicia-se uma série de testes de compatibilidade para identificar possíveis receptores na lista de espera. Quando mais de um receptor compatível necessita do órgão, são analisados outros critérios, como a urgência de cada caso.

A retirada dos órgãos é feita em um centro cirúrgico, e o doador é devidamente recomposto. Isso significa que ele pode ser velado normalmente pela família, sem nenhuma deformidade. Vale salientar que, em relação à doação em vida, o receptor pode ser escolhido de acordo com a legislação vigente.

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Doação de órgãos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/doacao-de-orgaos.htm. Acesso em 19 de março de 2024.

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