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Hepatites virais são doenças provocadas por vírus que afetam o fígado. Existem diferentes tipos de hepatites, sendo algumas transmitidas por via oral-fecal e outras por meio de contato com sangue contaminado, relação sexual desprotegida e da mãe para o bebê. As hepatites B, C e D podem evoluir para a forma crônica, sendo responsáveis, nesses casos, por desencadear complicações como a cirrose e o carcinoma hepatocelular. Higiene pessoal e uso de camisinha são duas formas importantes de prevenção contra as hepatites virais.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre hepatites virais
- 2 - Conceito de hepatites virais
- 3 - Classificação das hepatites virais
- 4 - Transmissão das hepatites virais
- 5 - Sintomas das hepatites virais
- 6 - Tratamento das hepatites virais
- 7 - Prevenção das hepatites virais
Resumo sobre hepatites virais
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Hepatites virais são infecções que acometem o fígado.
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Na maioria das vezes, as hepatites não provocam sintomas, sendo consideradas infecções silenciosas.
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Pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras são alguns dos sintomas que podem surgir em caso de hepatites.
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A hepatite A e a hepatite E apresentam transmissão fecal-oral.
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As hepatites B, C e D podem ser transmitidas por meio do contato sexual desprotegido, compartilhamento de objetos e da mãe para o bebê.
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A hepatite C apresenta tratamento que pode levar à cura.
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As hepatites A e E não possuem tratamento específico.
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As hepatites B e C possuem tratamentos que visam a impedir o grave comprometimento do fígado.
Conceito de hepatites virais
Hepatites virais são infecções provocadas por vírus que atingem o fígado. Essas infecções podem promover alterações leves a graves. Geralmente, a doença é silenciosa, não apresentando sintomas nas fases iniciais.
Os vírus causadores de hepatite são denominados utilizando-se as letras do alfabeto, sendo os vírus causadores da doença chamados de vírus da hepatite A (HAV), vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV), vírus da hepatite D (HDV) e vírus da hepatite E (HEV). Outros vírus podem desencadear a doença, entretanto, o impacto epidemiológico deles é menor.
Classificação das hepatites virais
As hepatites virais podem ser classificadas em:
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Hepatite A: é causada pelo vírus da hepatite A (HAV), o qual apresenta transmissão fecal-oral. Desse modo, hábitos como lavar as mãos com frequência, higienizar bem os alimentos e não entrar em ambientes aquáticos onde há lançamento de esgoto podem ajudar na prevenção da doença. Os sintomas da hepatite A incluem fadiga, dor muscular, mal-estar, febre, náusea, vômito, diarreia ou constipação, dor abdominal, urina escura e icterícia (pele e olhos amarelados).
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Hepatite B: é desencadeada pelo vírus da hepatite B (HBV), o qual pode ser transmitido por meio de relação sexual desprotegida, da mãe para o bebê, por meio de objetos perfurocortantes e de transfusão sanguínea. A doença inicia-se como infecção aguda, resolvendo-se espontaneamente em até seis meses, entretanto, em outros indivíduos, a infecção permanece, sendo considerada, nesse caso, crônica. Pessoas com a forma crônica da doença podem desenvolver cirrose e câncer de fígado.
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Hepatite C: é desencadeada pelo vírus da hepatite C (HCV), o qual pode ser transmitido por meio de relação sexual desprotegida, da mãe para o bebê, pelo contato com sangue contaminado e por transfusão de sangue. Em cerca de 80% das pessoas com a doença, não é observada a presença de sintomas. A doença pode se manifestar de forma aguda ou crônica. A forma crônica é a mais comum e evolui de maneira silenciosa, podendo provocar cirrose e carcinoma hepatocelular.
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Hepatite D: é desencadeada pelo vírus da hepatite D (HDV), o qual pode ser transmitido por meio de relação sexual desprotegida, da mãe para o bebê, por transfusão de sangue e por meio de materiais perfurocortantes. O vírus da hepatite D depende da presença do vírus da hepatite B para provocar infecção, podendo ocorrer coinfecção simultânea com o HBV ou superinfecção pelo HDV em pessoas com infecção crônica desencadeada pelo HBV. A hepatite D pode não apresentar sintomas ou causar sintomas como tontura, cansaço, náusea, vômito, febre, dor abdominal, icterícia, urina escura e fezes claras.
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Hepatite E: é desencadeada pelo vírus da hepatite E (HEV), o qual é transmitido, principalmente, pela via fecal-oral. O vírus é responsável por desencadear hepatite aguda, autolimitada e de curta duração. Casos mais graves são observados em mulheres grávidas e pessoas que apresentam imunodeficiência. A doença pode provocar sintomas como náuseas, vômitos, mal-estar, febre, dor abdominal, diarreia ou constipação, urina escura e icterícia.
Transmissão das hepatites virais
Nem todas as hepatites virais são transmitidas da mesma forma. A depender do vírus analisado, teremos diferentes formas de transmissão. A transmissão da hepatite A e da hepatite E ocorre por via fecal-oral, estando, portanto, relacionada com a higiene pessoal e a disponibilidade de saneamento básico. As hepatites B, C e D, por sua vez, podem ser transmitidas da mãe para o bebê, por meio de objetos perfurocortantes contaminados, pela via sexual e pela transfusão de sangue.
Sintomas das hepatites virais
As hepatites virais podem provocar quadros variados. Em alguns casos, a pessoa pode apresentar-se assintomática ou com sintomas leves. Em outros, no entanto, podem surgir os sintomas típicos de hepatite, os quais incluem febre, icterícia (pele e olhos amarelados) e colúria (urina escura). As hepatites B, C e D podem provocar o desenvolvimento de formas crônicas, o que favorece o desenvolvimento de cirrose e câncer no fígado. A doença em sua fase crônica é observada, geralmente, quando a pessoa já apresenta grande comprometimento do fígado.
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Tratamento das hepatites virais
O tratamento das hepatites virais dependerá do tipo de hepatite que o paciente apresenta. As hepatites A e E não apresentam tratamentos específicos. Já as hepatites B, C e D possuem tratamento. No caso das hepatites B e D, o tratamento não visa à cura da doença, sendo realizado, principalmente, para evitar o grande comprometimento do fígado. A hepatite C, por sua vez, apresenta alta taxa de cura, sendo o tratamento com antivirais responsável pela cura em cerca de 95% dos casos.
Prevenção das hepatites virais
As hepatites virais constituem um grupo de doenças, o qual apresenta uma variada forma de transmissão. Desse modo, existem diferentes formas de se proteger das hepatites virais, as quais incluem:
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Não compartilhar objetos de uso pessoal, como alicates de unha, lâminas de barbear e escovas de dente.
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Observar, ao fazer uma tatuagem ou colocar piercing, se o local obedece às normas de segurança.
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Não compartilhar agulhas e seringas.
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Utilizar camisinha em todas as relações sexuais.
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Vacinar-se contra as hepatites para as quais existe vacinação (hepatite A e B).
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Lavar sempre as mãos.
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Higienizar bem os alimentos, em especial aqueles que serão ingeridos crus.
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Ingerir apenas água tratada.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia