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A hepatite C, doença causada pelo vírus HCV, provoca problemas hepáticos, geralmente a longo prazo. Atualmente, cerca de 1% da população brasileira está infectada por esta doença, que foi descoberta em 1989.
É transmitida pela entrada do vírus na corrente sanguínea, por meio de transfusão de sangue, transplantes, ou compartilhamento de seringas, barbeadores, alicates e outros objetos perfurocortantes que, previamente, foram utilizados por pessoas contaminadas. Embora sejam raros os casos, esta doença também pode ser transmitida através de relações sexuais sem uso de camisinha e verticalmente, de gestante para o bebê. Não existe vacina para o HCV.
Muitas vezes, a hepatite C se manifesta assintomática por muitos anos, sendo que, quando os sintomas surgem, tendem a ser semelhantes com o de uma gripe comum. Assim, a infecção pelo vírus tende a ser diagnosticada acidentalmente, por meio de exames de sangue requeridos para outro fim, acusando altas taxas de uma enzima denominada TGP, ou ALT. Identificando este fator, é feita uma investigação a fim de confirmar a presença do patógeno, sendo necessários exames de sangue e, em algumas situações, biópsia hepática.
O grande problema está no fato de que 80% destas pessoas desenvolverão a hepatite crônica, sendo que em 40% dos casos desencadearão em complicações como cirrose e câncer de fígado. Assim, quando a descoberta é precoce, é feito um tratamento para diminuir as chances de se desenvolver a hepatite C crônica, este de duração de seis meses. Quando isso não ocorre, algumas drogas são indicadas para eliminar o vírus e controlar os sintomas, sendo que a cura total depende do grau de comprometimento do fígado, genótipo do vírus e sua carga viral.
O tratamento nem sempre é fácil, já que pode conferir ao paciente dores pelo corpo, queda de cabelo, emagrecimento, depressão, dentre outros sintomas – que desaparecem completamente ao fim destes procedimentos. Quando o vírus não é eliminado e a doença continua a progredir, pode ser necessário o transplante de fígado. Pacientes infectados pelo HCV são a causa mais frequente de indicações para este procedimento cirúrgico.
Informação importante: Cerca de 20% dos pacientes com hepatite C podem desenvolver diabetes, já que o vírus interfere na produção de insulina.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
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