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A hepatite B é uma doença infecciosa causada pelo HBV, um vírus DNA da família Hepdnaviridae, resultando na inflamação das células hepáticas do portador. É transmitida pelo contato com sangue ou secreções corporais contaminadas pelo vírus. Assim, transfusões de sangue, relações sexuais sem camisinha e compartilhamento de agulhas, seringas e objetos perfurocortantes são as principais formas de contaminação. Mães portadoras podem contaminar seus filhos durante a gestação, parto e, em casos muito raros, amamentação.
O período de incubação varia entre 30 e 180 dias, sendo mal-estar, dores no corpo, e falta de apetite e febre os primeiros sintomas; que são seguidos por icterícia (pele amarelada), coceira no corpo, urina escura e fezes claras.
Na maioria dos casos (99%), tais manifestações cessam em aproximadamente seis semanas, ficando o paciente imune a este vírus. Entretanto, alguns indivíduos desenvolvem a hepatite B crônica, sendo observada maior incidência entre aqueles que ingerem bebidas alcoólicas, crianças, bebês e imunocomprometidos. Existindo aproximadamente 350 milhões de pessoas acometidas, esta pode desencadear, em longo prazo, cirrose, câncer de fígado ou mesmo morte.
O diagnóstico é feito por meio de entrevista e análise de amostras sanguíneas, a fim de verificar as partículas virais e/ou anticorpos. Para avaliar o comprometimento do fígado, pode ser necessária a biópsia deste material, podendo ser levantada a necessidade de transplante hepático.
O tratamento é feito somente para driblar os sintomas e complicações da doença, sendo expressamente proibida a ingestão de álcool ou uso de fármacos sem prescrição médica. No caso da hepatite crônica, é necessário o tratamento correto para evitar a evolução da doença, sendo imprescindível que seja acompanhado por um profissional competente. A duração pode se estender por mais de doze meses, dependendo da gravidade do caso.
Considerando as formas de transmissão anteriormente citadas, evitar tais situações são necessárias. Além disso, bebês devem ser vacinados já no primeiro mês de vida; pessoas que se expuseram a situação de risco precisam receber dosagens de gamaglobulina hiperimune (anticorpo específico contra a hepatite B), para evitar a contaminação ou diminuir seus sintomas; profissionais de saúde não podem abrir mão do uso de equipamentos de proteção individual ao entrarem em contato com sangue ou fluidos corporais; e recém-nascidos de mães portadoras necessitam receber, de imediato, gamaglobulina e vacina. Adultos que não receberam, quando crianças, a vacina, devem se vacinar, principalmente aqueles que pertencem ao grupo de risco.
Importante:
A probabilidade de transmissão pelo HBV é bem maior do que pelo vírus da AIDS – aproximadamente 30%.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia