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Gaivota

A gaivota é uma ave marinha costeira de hábito alimentar onívoro. Em muitas regiões, essas aves estão se multiplicando excessivamente, causando vários prejuízos.

Gaivota comendo lixo.
As gaivotas podem se alimentar de lixo.
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A gaivota é um animal pertencente à família Laridae. Trata-se de uma ave marinha que apresenta hábito alimentar onívoro, consumindo, portanto, seres vivos de diferentes níveis tróficos. Essas aves apresentam asas compridas e estreitas e os seus pés possuem membranas natatórias. Existem diferentes espécies de gaivotas, sendo uma delas o gaivotão, que pode ser observado no Brasil.

Saiba mais: Adaptações das aves ao voo — a anatomia específica dos pássaros

Tópicos deste artigo

Resumo sobre gaivota

  • Gaivotas são animais pertencentes à família Laridae.

  • Elas apresentam asas compridas e estreitas e pés curtos com membranas natatórias.

  • As gaivotas adultas possuem plumagem diferente da dos jovens.

  • São animais onívoros, entretanto, peixes são um dos alimentos preferidos dessas aves.

  • São oportunistas, podendo consumir animais mortos que encontram na praia ou lixo e até mesmo roubar presas de outras aves.

  • Em algumas regiões, o aumento do número de gaivotas tem gerado transtornos.

Características das gaivotas

Gaivota é o nome dado a diferentes espécies de aves marinhas que fazem parte da família Laridae. O termo ave marinha é utilizado para se referir às aves que conseguem seu alimento desde a linha de baixa-mar até o mar aberto. O ambiente marinho é fundamental para sua sobrevivência. As aves marinhas são classificadas em dois grupos: aves marinhas oceânicas e aves marinhas costeiras.

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Quando falamos de aves marinhas oceânicas, nos referimos às espécies que conseguem seu alimento especialmente no mar e se reproduzem e descansam em ilhas oceânicas. As gaivotas são aves marinhas costeiras, pois conseguem seu alimento e se reproduzem em regiões dentro dos limites da plataforma continental e adjacências.

Gaivota sobre estrutura metálica.
 Gaivotas são aves marinhas costeiras.

As gaivotas são aves que possuem bico forte, asas compridas e estreitas, cauda curta e pés com membranas entre os dedos. As penas apresentam variação durante os anos de vida do animal, sendo a plumagem definitiva adquirida apenas após alguns anos de vida.

Nas espécies de maior porte, a plumagem de adulto é adquirida após quatro a cinco anos. Já nas espécies de menor porte, esse tempo é menor (entre um e dois anos). As penas permitem que identifiquemos jovens e adultos. No entanto, machos e fêmeas são difíceis de diferenciar.

  • Videoaula sobre aves

Alimentação das gaivotas

As gaivotas são animais onívoros, ou seja, se alimentam tanto de alimentos de origem vegetal quanto de origem animal. Podem comer restos de animais mortos e até mesmo lixo. São capazes de caçar o seu próprio alimento, mas podem também roubar as presas de outras aves marinhas, um comportamento denominado de cleptoparasitismo.

Alguns autores dizem que as gaivotas são capazes de ingerir praticamente qualquer material, desde que o tamanho e a textura sejam adequados.

Problemas causados pelo aumento do número de gaivotas

Ao longo dos últimos anos, tem se percebido um aumento considerável no número de gaivotas em algumas regiões costeiras. Esse crescimento está relacionado, dentre outros fatores, com a capacidade das gaivotas de:

  • se desenvolverem em ambientes modificados pelo homem;

  • se reproduzirem durante praticamente todo o ano.

Vale salientar, no entanto, que assim como a extinção de uma espécie provoca desequilíbrio ambiental, o aumento exagerado também apresenta consequências graves. Portanto, o aumento da população de gaivotas, em primeiro lugar, põe em risco outras espécies de aves costeiras, uma vez que há competição por recursos.

Além disso, as gaivotas são capazes de transportar patógenos, como as bactérias do gênero Escherichia, Proteus e Salmonella, que podem causar doenças em seres humanos e outros animais. É importante ressaltar que em regiões em que há grande quantidade de gaivotas, são frequentes as reclamações em relação aos seus:

  • ruídos;

  • comportamentos agressivos;

  • excrementos em grande quantidade.

Vale destacar ainda que isso afeta o turismo, uma vez que regiões com muitas gaivotas acabam tornando-se menos atrativas para visitação, provocando, desse modo, uma queda na arrecadação turística desses locais. Há, por fim, a ameaça de colisão com aeronaves.

Veja também: Avestruz — a maior ave do planeta

Gaivotão, uma das espécies de gaivota

O gaivotão (Larus dominicanus) é uma espécie amplamente distribuída pelo hemisfério sul e que se destaca como o larídeo mais comum da costa brasileira. Trata-se da maior gaivota do Brasil, atingindo cerca de 58 cm e pesando aproximadamente 1 kg.

Espécimes jovens e espécimes adultos têm plumagens diferentes. O indivíduo jovem possui penas bege-acinzentadas, com pintas marrons, e cauda preta. O adulto, por sua vez, apresenta a região do dorso e as partes superiores das asas pretas, e a cabeça e as partes inferiores são brancas. O bico dos adultos tem um mancha vermelha, enquanto o indivíduo jovem apresenta bico negro.

Assim como outras gaivotas, o gaivotão é uma espécie onívora. Ela é considerada oportunista e generalista, capaz de consumir diferentes presas e de explorar diferentes fontes de alimento. Os principais componentes da dieta dessas aves são peixes e invertebrados marinhos. É comum observar gaivotas acompanhando barcos de pesca a fim de aproveitar aquilo que foi rejeitado pelo ser humano.

O gaivotão bota, em média, três ovos, os quais são depositados em ninhos construídos entre a vegetação, rochedos ou no solo. Os ninhos são, geralmente, construídos com gramíneas e bravamente defendidos pelo animal. Após o nascimento, os filhotes recebem alimento dos seus pais até serem capazes de voar. A maturidade sexual é atingida com cerca de quatro anos de idade, momento em que adquirem a plumagem de adulto.

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Gaivota"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/animais/gaivota.htm. Acesso em 17 de novembro de 2024.

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