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Arara é um termo que se refere a algumas espécies de aves da família Psittacidae. Nessa família de aves, encontramos espécies grandes e com plumagem com coloração vibrante, o que acaba chamando a atenção do mercado ilegal de animais silvestres. A Psittacidae, infelizmente, é a família de aves com o maior número de espécies ameaçadas de extinção. As araras se destacam por suas colorações marcantes, como vermelho e azul.
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Tópicos deste artigo
Resumo sobre Arara
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As araras fazem parte da família Psittacidae.
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Possuem penas com coloração vibrante, o que chama a atenção do mercado ilegal de animais silvestres.
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Possuem bico curvo e resistente, o qual está adaptado para sua alimentação.
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Atuam na dispersão de sementes.
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No Brasil, temos 13 espécies de araras, em seis gêneros distintos.
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A ararinha-azul é uma espécie endêmica e se encontra extinta na natureza.
Família Psittacidae
A Psittacidae é uma família de aves que inclui animais bem conhecidos, tais como papagaios, periquitos e araras. Destacam-se por serem aves grandes que possuem plumagem com cores vibrantes e que, às vezes, fazem parte de bandos numerosos. Algumas espécies são capazes até mesmo de reproduzir algumas falas humanas, como é o caso dos papagaios. Sua beleza e suas características tão únicas fazem dessas aves alvo constante dos traficantes de animais.
No que diz respeito à alimentação, observa-se que a grande maioria das espécies se alimenta, principalmente, de bagas, sementes e castanhas. Contam com um bico curvo, arredondado e extremamente forte, características essenciais para o tipo de alimentação que apresentam. Além disso, os psitacídeos possuem musculatura da mandíbula desenvolvida, assim como sua língua. Seus pés ajudam a manipular alimentos.
Os psitacídeos são, em sua maioria, animais monogâmicos, e a maior parte dessas aves não possui dimorfismo sexual, ou seja, macho e fêmea são semelhantes. A nidação ocorre, geralmente, em cavidades, como frestas em rochas e troncos ocos de árvores. Seus ovos possuem coloração branca, e a quantidade de ovos postos varia de uma espécie para outra, bem como o período de incubação.
As aves da família Psittacidae possuem ampla distribuição pelas regiões tropicais, entretanto, também podem ser encontradas em zonas subtropicais e frias. Essa família se destaca como a família de aves com o maior número de espécies ameaçadas de extinção. Além da venda de espécimes no mercado ilegal de animais silvestres, essas incríveis aves sofrem com a perda de seu habitat.
Aliado a esses problemas, temos o fato de que os psitacídeos demoram longos períodos para atingirem a maturidade sexual, apresentam baixas taxas de reprodução e grande exigência na escolha de seus ninhos. No Brasil, de acordo com o Instituto Arara Azul, 16 espécies de psitacídeos estão classificadas como vulneráveis ou ameaçadas de extinção.
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Videoaula sobre aves
Características gerais das araras
O nome arara se refere a diferentes espécies de aves pertencentes à família Psittacidae. De maneira geral, as araras possuem uma plumagem de coloração vistosa, são relativamente grandes, sendo consideradas as maiores representantes da sua família, apresentam cauda longa e possuem um bico grosso e curvo. Esse bico é essencial para garantir a sua alimentação, baseada, principalmente, na ingestão de frutos e sementes. Em geral, as araras vivem muitos anos, com relatos de indivíduos com mais de 50 anos de idade.
As araras são animais importantes do ponto de vista ecológico, uma vez que atuam como dispersoras de semente, ajudando a levar os frutos para longe da planta-mãe, uma ação que evita a competição entre as plantas em crescimento. Além disso, muitas araras fazem cavidades para botar seus ovos, as quais são utilizadas posteriormente por outras espécies.
No Brasil, temos 13 espécies de araras, as quais estão incluídas em seis gêneros distintos. As araras brasileiras são: Anodorhynchus hyacinthinus, Anodorhynchus leari, Anodorhynchus glaucus, Cyanopsitta spixii, Ara ararauna, Ara chloropterus, Ara macao, Ara severus, Orthopsittaca manilata, Primolius maracana, Primolius auricollis, Primolius couloni e Diopsittaca nobilis. Cada espécie é única, portanto, a seguir, conheceremos melhor algumas características das mais conhecidas espécies de arara.
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Arara-vermelha
A arara-vermelha, também chamada de arara-vermelha-grande, é uma espécie do gênero Ara, e seu nome científico é Ara chloropterus. Possui plumagem vermelha em quase todo o seu corpo, entretanto, não apresenta plumagem exclusivamente dessa cor. Nas asas, é possível observar penas da cor azul-escuro e uma faixa esverdeada. Na longa cauda, observa-se penas vermelhas que terminam com uma ponta azul. A face dessa espécie de arara é branca e decorada com penas pequenas e vermelhas.
Essa arara mede cerca de 90 cm e seu peso médio é de 1,5 kg. A arara-vermelha é uma espécie monogâmica que nidifica em grutas em penhascos e também nos ocos de árvores. Alimenta-se de frutas, coquinhos, sementes e nozes. Atualmente, a espécie está classificada como “pouco preocupante”, de acordo com a União Internacional Para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), e a tendência atual da população é de decréscimo.
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Arara-canindé
A arara-canindé é uma espécie pertencente ao gênero Ara e seu nome científico é Ara ararauna. Apresenta uma coloração bastante marcante, com penas azuis em seu dorso e amarelo-douradas em seu vente, face e rabo. Na região da garganta, há uma linha negra, e na cabeça é possível observar uma área nua com linhas formadas por pequenas penas negras e uma coroa esverdeada. Essas araras medem cerca de 80 cm.
Bem como a maioria dos representantes da família Psittacidae, as araras-canindé não apresentam dimorfismo sexual e são monogâmicas. A nidificação ocorre em ocos nas árvores e também em paredões rochosos. A arara-canindé se alimenta de frutos, tais como mandovi, jatobá e pequi. Atualmente, a espécie está classificada como “pouco preocupante”, de acordo com a IUCN, e a tendência atual da população é de decréscimo.
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Arara-azul
A arara-azul, também chamada de arara-azul-grande, pertence ao gênero Anodorhynchus e espécie Anodorhynchus hyacinthinus. Apresenta como cor predominante de suas penas o azul-cobalto. Ao redor de seus olhos e na mandíbula inferior, as penas apresentam coloração amarelo-ouro. Possui um bico grande, curvo e preto e uma língua espessa e preta com faixa amarela nas laterais.
As araras-azuis apresentam um metro de comprimento da cabeça à cauda, sua envergadura chega a 1,20 m, e pesam cerca de 1,3 kg. São consideradas a maior espécie de ave da família Psittacidae do mundo. A arara-azul vive em grupos e forma casais altamente fiéis, somente alterados quando um dos indivíduos morre. Apresenta grande cuidado com seus filhotes, sendo relatados casos em que o filhote fora incapaz de voar e os pais continuaram com os cuidados por meses e até mesmo anos.
Essa espécie de arara alimenta-se basicamente da semente de algumas espécies de palmeiras. Atualmente, a espécie está classificada como “vulnerável”, de acordo com a IUCN, e a tendência atual da população é de decréscimo. Caso queira saber mais sobre esse animal, leia: Arara-azul.
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Ararinha-azul
A ararinha-azul pertence à espécie Cyanopsitta spixii e destaca-se por ser endêmica do Brasil, ocorrendo, portanto, apenas em nosso país. Ela apresenta penas na coloração azul, sendo a tonalidade da cabeça mais pálida e as asas em azul mais escuro. A ararinha-azul tem comprimento entre 55 cm e 57 cm e pesa de 296 g a 400 g. Essa espécie se alimenta de sementes, e também consome frutos, polpa e flores. Infelizmente, a ararinha-azul é uma espécie considerada extinta na natureza, sendo possível encontrar apenas indivíduos em cativeiro.