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A doação de sangue é um ato solidário que pode salvar muitas vidas, sendo, portanto, um ato também de amor ao próximo. Tal ação garante que sangue fique disponível para pessoas que necessitam, por exemplo, realizar transplantes, transfusões após graves acidentes e cirurgias de grande porte. Além de ser fundamental para pessoas que possuem doenças crônicas graves, como a doença falciforme, as quais frequentemente necessitam de transfusões de sangue.
O processo é relativamente rápido e simples. O procedimento total de doação, incluindo entrevista e coleta, dura menos de uma hora. Em cada doação, o máximo de sangue retirado é 450 ml, sendo importante lembrar que cada pessoa apresenta cerca de cinco litros de sangue. Portanto, o volume retirado é bastante pequeno. Ainda: o volume doado é reposto em até um dia pelo nosso organismo.
A seguir falaremos mais a respeito desse importante ato, que é rápido, seguro e fundamental para ajudar outras pessoas.
Leia também: Doação de medula óssea
Tópicos deste artigo
- 1 - → Quem pode doar
- 2 - → Etapas da triagem
- 3 - → Quem não pode doar
- 4 - → Tatuagem e doação
- 5 - → Como proceder após doação
→ Quem pode doar
A doação é um processo seguro e simples que não causa riscos ao doador. Entretanto, isso não significa que todas as pessoas podem realizá-la. Para ser um doador, uma pessoa deve obedecer alguns requisitos básicos, tais como:
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Ter entre 16 e 69 anos de idade. (Menores de 18 anos só podem doar com autorização formal dos responsáveis, e pessoas com idade entre 60 e 69 anos só podem fazer doação se já tiverem doado antes dos 60 anos.)
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Ter peso mínimo de 50 kg.
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Ter-se alimentado no dia, ou seja, o doador não deve estar em jejum. (Caso a doação seja realizada após o almoço, deve-se esperar um período de duas horas após essa refeição. É importante também evitar alimentos gordurosos durante as três horas anteriores à realização da doação.)
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Ter dormido bem. É recomendado que o doador tenha dormido, pelo menos, seis horas nas últimas 24 horas.
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Ter documento de identificação com fotografia emitido por órgão oficial.
→ Etapas da triagem
O sangue recebido em doação passará por vários exames antes de ser armazenado.
Para doar o sangue os doadores passaram por uma triagem que inclui três etapas básicas:
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Registro do doador: Nessa etapa o doador será cadastrado. Serão anotadas informações como nome, data de nascimento, estado civil e naturalidade. Para essa etapa é fundamental apresentar documento de identificação.
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Triagem clínica: Nessa triagem será feita a avaliação clínica do paciente por meio da analise de seu estado de saúde e também de uma entrevista individual e sigilosa. As informações obtidas nessa triagem são importantes para avaliar se aquela pessoa apresenta, por exemplo, chances de transmitir alguma doença ao receptor. Isso se deve ao fato de que o sangue pode estar contaminado e apresentar falso resultado negativo em pessoas que foram infectadas recentemente por alguma doença. Portanto, é importante avaliar a presença de alguns comportamentos de risco dos doadores.
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Triagem sorológica: Nessa etapa são feitos exames laboratoriais no sangue que foi coletado do doador. Esses exames são essenciais para determinar se o sangue pode ou não ser utilizado para doação.
Você sabia que o sangue doado é testado para várias doenças infecciosas, como Hepatite, Sífilis, contaminação por HIV e doença de Chagas? |
Leia também: Tratamento e cura da Aids
→ Quem não pode doar
Algumas pessoas estão impedidas de doar sangue. De acordo com o Ministério da Saúde, os impedimentos temporários são:
Impedimentos Temporários Para Doação de Sangue (Informações do Ministério da Saúde*) |
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Algumas pessoas apresentam impedimentos temporários à doação de sangue.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, são impedimentos definitivos:
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Ter passado por um quadro de hepatite depois dos 11 anos de idade;
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Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II, e Doença de Chagas;
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Uso de drogas ilícitas injetáveis;
→ Tatuagem e doação
A realização de tatuagem é um impedimento temporário à doação de sangue. Ou seja, após algum tempo, uma pessoa tatuada pode sim realizá-la. A recomendação é que se espere pelo menos um ano para o ato. Entretanto, esse critério varia de acordo com o local onde será feita a doação, sendo fundamental consultar os critérios adotados por esse.
O impedimento temporário da doação acontece devido ao fato de que durante a realização da tatuagem a pessoa pode ter adquirido alguma doença, a qual pode ainda não aparecer nos exames laboratoriais específicos. Denomina-se janela imunológica o período compreendido entre a exposição ao agente causador de doença e o aparecimento do sinal de positivo nos exames laboratoriais.
Caso ocorra uma doação nesse período, pode resultar um falso exame negativo, o que poderá acarretar a contaminação do receptor. Desse modo é fundamental frisar a importância de nunca omitir informações durante a entrevista de triagem.
→ Como proceder após doação
Apesar de ser um procedimento simples, é importante ter alguns cuidados após a doação de sangue. As principais recomendações após a doação de sangue são:
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Aumentar a ingestão de líquidos;
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Não fumar por aproximadamente 2 horas;
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Evitar o consumo de bebidas alcoólicas por 12 horas;
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Não fazer esforços físicos exagerados por, pelo menos, 12 horas;
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Manter o curativo feito no local por, pelo menos, quatro horas.
Você sabia que a doação de sangue não engrossa ou afina o sangue? |
Leia também: Órgãos que podem ser doados em vida
*Para acessar o Portal do Ministério da Saúde onde estão as informações citadas, clique aqui.
Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos