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A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, de evolução lenta e causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum. Pode tornar-se bastante grave caso não haja o tratamento adequado, podendo atingir até mesmo o sistema nervoso. Vale destacar que não existe imunidade contra essa infecção, o que significa que uma pessoa pode pegar sífilis quantas vezes for exposta à bactéria.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Transmissão da sífilis
- 2 - Sintomas da sífilis
- 3 - Estágios da sífilis
- 4 - Diagnóstico da sífilis
- 5 - Cura da sífilis
- 6 - Prevenção da sífilis
- 7 - Sífilis congênita
Transmissão da sífilis
A sífilis é uma doença transmitida, principalmente, por meio da relação sexual desprotegida com uma pessoa que está com a doença. Nesse caso, a transmissão ocorre com maior frequência em pessoas que apresentam a sífilis primária e secundária. Vale salientar que se a ferida da sífilis estiver presente na boca, essa doença pode também ser transmitida pelo beijo.
A camisinha é fundamental para proteger-se contra a sífilis e várias outras infecções sexualmente transmissíveis, como a gonorreia e a Aids. |
Além disso, a sífilis pode também ser transmitida da mãe para a criança no momento do parto ou durante a gestação. A doença pode ainda ser transmitida por transfusão de sangue, sendo esse último caso mais raro, devido à série de testes realizados no sangue recebido na doação.
Leia também: Cinco doenças transmitidas pelo beijo
Sintomas da sífilis
A sífilis apresenta diferentes manifestações clínicas, as quais variam de acordo com a fase apresentada da infecção. Dentre os sintomas dessa doença, podemos citar:
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Presença de uma ferida única que não dói, não coça e não apresenta pus, a qual surge na região onde a bactéria penetrou no organismo. Essa ferida pode surgir, por exemplo, na vagina, no pênis, no ânus ou na boca.
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Manchas no corpo que não coçam
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Febre
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Mal-estar
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Dor de cabeça
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Ínguas no corpo
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Em fases avançadas, a doença pode causar lesões na pele e nos ossos e manifestações cardiovasculares e neurológicas.
Estágios da sífilis
A sífilis é uma doença que tem uma evolução caracterizada por períodos de atividade, quando é possível observar uma série de manifestações clínicas, e períodos de latência, quando sinais e sintomas não podem ser observados. A seguir, descreveremos os estágios da sífilis:
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Sífilis primária
A sífilis primária dá-se pelo surgimento de uma lesão única denominada cancro duro ou protossifiloma. Geralmente a ferida aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão surge no local onde a bactéria penetrou no organismo, como no pênis, vagina, ânus ou boca, e caracteriza-se por ter a base endurecida, apresentar uma secreção serosa e não causar dor.
Essa ferida é rica em bactérias e rapidamente desaparece do organismo sem deixar cicatrizes, o que leva a uma sensação de falsa cura. De uma maneira geral, essa lesão precisa, em média, de duas semanas para desaparecer completamente.
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Sífilis secundária
A sífilis secundária surge após a primária, quando essa última não é tratada. Nessa fase o que se tem é o surgimento de varias erupções na pele, as quais não causam coceira. Essas lesões podem aparecer em diferentes partes do corpo, incluindo as mãos e os pés.
Além das erupções, a pessoa com sífilis pode ter dores de cabeça, mal-estar, febre e perceber a presença de ínguas pelo corpo.
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Sífilis latente
A sífilis latente é um estágio assintomático da infecção, ou seja, que não apresenta manifestação clínica. A sífilis latente pode ser classificada em recente ou tardia. A primeira apresenta menos de um ano de evolução, enquanto a segunda apresenta mais de um ano de evolução.
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Sífilis terciária
Essa fase da sífilis pode demorar até décadas para manifestar-se. É uma forma grave que atinge diferentes tecidos do corpo. Nela temos a sífilis cardiovascular e a neurossífilis, em que observamos o acometimento, respectivamente, dos sistemas cardiovascular e nervoso. Esse estágio da doença é grave e pode até mesmo levar uma pessoa à morte.
Diagnóstico da sífilis
A sífilis pode ser identificada por meio de exames laboratoriais, os quais podem ser exames diretos ou testes imunológicos, sendo esses últimos classificados em dois tipos: os não treponêmicos e os treponêmicos.
Os testes não treponêmicos, como o VDRL, detectam anticorpos que não são específicos para Treponema pallidum, enquanto os treponêmicos, como o FTA-Abs, detectam anticorpos específicos. Sozinhos os testes não treponêmicos não confirmam o diagnóstico de sífilis.
Atualmente está disponível no SUS um teste rápido que fornece o resultado em cerca de 30 minutos. Caso esse teste forneça um resultado positivo, uma amostra de sangue será coletada a fim de fazer-se o exame laboratorial.
É importante que todas as pessoas que possuem uma vida sexualmente ativa realizem testes para diagnosticar a sífilis. |
Cura da sífilis
A sífilis é uma doença que tem cura, sendo o tratamento realizado com uso de penicilina, um tipo de antibiótico. Vale salientar que, sem tratamento adequado, essa infecção pode levar à morte.
Prevenção da sífilis
Para prevenir-se da sífilis, é fundamental utilizar preservativo (camisinha feminina ou masculina) em todas as relações sexuais. O pré-natal adequado pode contribuir para evitar que a sífilis seja transmitida da mãe para o bebê.
Sífilis congênita
É a sífilis transmitida para a criança durante a gravidez. Essa modalidade da doença pode gerar uma série de complicações graves, que envolvem aborto, prematuridade, morte ao nascer, má-formação fetal e sequelas, como deficiência mental, cegueira e surdez. Vale salientar que tais manifestações podem ocorrer logo depois do nascimento da criança ou então nos seus primeiros anos de vida.
Para evitar esse tipo de transmissão, é fundamental que a gestante faça exames durante o pré-natal e realize o tratamento caso o diagnóstico seja confirmado. A recomendação é que a gestante seja testada no primeiro trimestre, no terceiro trimestre e no momento do parto ou em casos de aborto. Assim que confirmado o diagnóstico, o tratamento com penicilina deve ser iniciado.