Terremotos são abalos sísmicos que acontecem repentinamente devido à liberação de energia do interior do planeta que é acumulada em áreas de choque de placas tectônicas.
Terremotos são causados pela colisão de duas ou mais placas tectônicas.
O Círculo de Fogo do Pacífico, em vermelho no mapa, concentra 90% de todos os terremotos registrados em todo o mundo.[2]Terremoto é um tremor de terra (ou abalo sísmico) que acontece de forma repentina em decorrência da liberação de energia a partir de um ponto de tensão na crosta terrestre. Os terremotos são causados pelo choque entre duas ou mais placas tectônicas, o que cria zonas de tensão na crosta. Essa energia é liberada de maneira abrupta, o que provoca o falhamento do substrato e gera abalos sísmicos. A magnitude desses tremores de terra é medida pela Escala Richter, que vai de < 1 a 10. O terremoto mais forte do mundo atingiu 9.5, e aconteceu na cidade de Valdívia, no Chile, em 1960.
Terremotos são tremores de terra que acontecem de forma repentina por meio da liberação de energia em um ponto de tensão na crosta terrestre.
São causados pela colisão de duas ou mais placas tectônicas, que dão origem a zonas de fraturas e falhas.
O ponto de origem de um terremoto no interior da litosfera é chamado de hipocentro. A superfície acima desse ponto recebe o nome de epicentro.
A magnitude dos terremotos é medida pela Escala Richter, graduada de < 1 a 10.
A maioria dos sismos registrados no mundo acontece no Círculo de Fogo do Pacífico.
O maior terremoto de todos ocorreu em Valdívia (Chile) e atingiu 9.5 na Escala Richter.
Não obstante o Brasil se encontre no meio de uma placa tectônica e tenha relativa estabilidade geológica, terremotos são registrados no território nacional.
O terremoto mais forte já registrado no Brasil aconteceu em janeiro de 2024, no Acre, e chegou a 6.6 na Escala Richter.
As consequências de um terremoto dependem de diversos fatores, como local de ocorrência e intensidade. Eles causam desde a queda de árvores e postes até danos à infraestrutura, desabamentos e mortes.
Videoaula sobre terremoto
Quais as causas do terremoto?
Os terremotos são causados pela liberação repentina de energia do interior do planeta Terra na litosfera. O alívio da energia acumulada faz com que ondas sísmicas sejam propagadas através da superfície, causando, assim, os tremores de terra ou terremotos.
Sabemos que a Terra é composta por uma série de camadas, sendo a mais externa delas a crosta terrestre. Chamada também de litosfera, essa camada sustenta as diferentes formas de vida do nosso planeta e representa o conjunto de rochas que formam a superfície terrestre tanto nas zonas continentais quanto nas oceânicas. No entanto, a litosfera não é contínua. Ela é formada por imensos blocos rochosos, denominados placas tectônicas.
As placas tectônicas ficam apoiadas em uma camada instável do planeta Terra, o manto terrestre. Formado por rochas fundidas, que originam o magma, o manto apresenta textura viscosa que provoca a movimentação das placas tectônicas sobrejacentes. Por conta disso, os blocos rochosos acabam colidindo ou se movimentandode maneira a criar pontos de tensão por compressão, a qual é liberada de forma abrupta e cria rupturas da crosta, denominadas falhas geológicas.
A maior parte dos terremotos tem origem, portanto, em áreas onde há falhas, estejam elas visíveis na superfície terrestre ou não. O ponto de tensão que causou o terremoto no interior da litosfera é denominado hipocentro, enquanto o ponto da superfície que fica acima do hipocentro é chamado de epicentro. É a partir do hipocentro que a tensão é aliviada, resultando em uma liberação repentina e intensa de energia e na propagação de ondas sísmicas.
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Tipos de terremoto
O encontro de placas tectônicas não é o único fator responsável pela geração de sismos. Tremores de terra podem ter origem de causas distintas, o que faz com que classifiquemos os abalos sísmicos em diferentes tipos:
Sismos tectônicos: são aqueles originados em profundidade a partir do choque entre duas ou mais placas tectônicas. São comumente associados a falhas geológicas.
Sismos vulcânicos: são os tremores originados pela atividade vulcânica, que acontece quando há a expelição de magma de subsuperfície para a superfície terrestre. Esse processo envolve não somente o deslocamento de material do manto como também a liberação de energia acumulada no interior do planeta Terra.
Sismos de implosão ou de colapso: são tremores de terra originados do colapso de blocos de rocha na superfície terrestre, como quando acontece em deslizamentos de terra, ou do desabamento do teto de cavernas ou de minas.
Sismos artificiais: são originados pela ação dos seres humanos no meio. Explosões provocadas e queda de rochas derivadas da exploração de minas são alguns exemplos de causas dos sismos artificiais.
Os terremotos são classificados, ainda, de acordo com a profundidade em que ocorrem, em:
Superficiais: originam-se em profundidade de até 70 quilômetros da superfície;
Intermediários: originam-se em profundidade que varia entre 70 e 350 quilômetros;
Profundos: originam-se em profundidade que varia entre 350 e 700 quilômetros. É rara a ocorrência de terremotos a mais de 700 quilômetros da superfície, mas não impossível. O terremoto mais profundo a ser registrado se originou em uma profundidade de 751, na litosfera no Japão.
Em 2011, um terremoto de magnitude 9.1 na Escala Richter, seguido por um tsunami, provocou um acidente nuclear no Japão.[1]
Intensidade dos terremotos
A magnitude dos terremotos é mensurada pela Escala Richter, escala matemática com base logarítmica desenvolvida pelo norte-americano Charles Francis Richter (1900-1985) e pelo alemão Beno Gutenberg (1889-1960) na década de 1930.
Essa importante ferramenta mede a magnitude das ondas geradas a partir do hipocentro, e captadas por um aparelho denominado sismógrafo. A gradação da Escala Richter vai de < 1 a 10. Ao informarmos a magnitude de um terremoto, dizemos que ele atingiu um número X na Escala Richter. Quanto maior é esse valor, maior é o potencial de destruição do sismo.
Uma observação importante acerca da Escala Richter é que não se atribui unidade à grandeza por ela expressa, o que significa que não empregamos o termo “graus” quando nos referimos à classificação de um terremoto quanto à sua força.
Apesar de a Escala Richter alcançar até 10 de magnitude, não houve nenhum registro de terremoto com tamanha força. Os maiores terremotos registrados no mundo alcançam 9, mas raramente ultrapassam esse patamar. Em contrapartida, é muito comum o registro de terremotos que medem 1 ou menos na Escala Richter.
Dada a principal causa dos terremotos, esse fenômeno natural acontece predominantemente em uma região do planeta Terra chamada de Círculo de Fogo do Pacífico, ou Anel de Fogo do Pacífico. Estima-se que 90% de todos os abalos sísmicos do mundo se concentrem no Círculo de Fogo, já que é lá onde se encontram inúmeras junções de placas convergentes. Estão inseridos nessa região a parcela oeste do continente americano, desde a América do Norte até a América do Sul, e o leste da Ásia e da Oceania, incluindo os países e territórios insulares.
O Círculo de Fogo do Pacífico, em vermelho no mapa, concentra 90% de todos os terremotos registrados em todo o mundo.[2]
Tarauacá, cidade de 43 milhões de habitantes no Acre, sofreu os dois terremotos mais intensos do Brasil em 2024 e 2022.[3]
O Brasil está localizado no centro da placa tectônica Sul-Americana, motivo pelo qual apresenta elevada estabilidade tectônica. Contudo, isso não significa que terremotos não sejam registrados em solo brasileiro, mas sim que eles acontecem com menor frequência e com magnitude inferior àquela observadaem países situados próximo ao encontro de placas.
A maior parte dos sismos que atingem o Brasil tem origem no interior da placa Sul-Ameriana, motivo pelo qual são denominados terremotos intraplaca. Esses tremores acontecem mais superficialmente na litosfera, chegando até a 40 quilômetros de profundidade. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), cerca de 20 tremores são registrados todos os anos no território nacional. Os mais intensos não chegam a 7 na Escala Richter, como veremos adiante.
Terremotos podem resultar em severos prejuízos a depender de sua intensidade e local de ocorrência.[4]
As consequências de um terremoto dependem de muitos fatores associados com a área atingida, como o adensamento de construções; o tamanho da população; a concentração de habitantes; a gestão territorial; o preparo para situações de risco causadas por fenômenos naturais, no que diz respeito tanto à infraestrutura quanto ao conhecimento da população sobre medidas a serem tomadas; e muitos outros. De maneira geral, terremotos com maior magnitude na Escala Richter têm maior poder de destruição, e suas consequências são devastadoras.
Em linhas gerais, são consequências dos terremotos:
queda de árvores, de postes de energia elétrica e de torres de comunicação;
aparecimento de fraturas no asfalto de estradas, rodovias e ruas;
deslizamentos de terra em encostas e desabamento de morros;
quedas de materiais não consolidados, como rochas;
aparecimento de novas falhas geológicas;
abertura de fraturas em ruas e estradas;
interrupção no fornecimento de serviços básicos (energia elétrica, água, comunicações);
danos à infraestrutura de edifícios e residências, podendo ocasionar desmoronamento;
desmoronamento da infraestrutura urbana sobre veículos, pessoas e animais;
pessoas desabrigadas em função da destruição de suas residências;
morte de pessoas e animais.
Terremoto x maremoto
Os limites convergentes entre placas tectônicas se distribuem sobre toda a crosta terrestre, o que compreende as áreas sob os continentes e também o assoalho oceânico. Quando um terremoto acontece no segundo ambiente, sob as águas oceânicas, ele recebe a denominação maremoto. No caso de maremotos de alta magnitude, observa-se um grande deslocamento de água que provoca a formação de ondas imensas na superfície. Essas ondas podem se propagar até a costa, onde quebram violentamente. Esse fenômeno é mais conhecido como tsunami.
Um terremoto de magnitude 5,9 atingiu a cidade de Valparaíso, na costa chilena. O terremoto ocorreu a uma profundidade de 112 quilômetros.
Terremoto de magnitude 5,9 atinge Valparalso, no Chile. Disponível em: www.cnnbrasll.com.br. Acesso em: 6 nov. 2021 (adaptado).
TEXTO II
Um tremor de terra de magnitude 4,8 foi registrado no município de Atalaia do Norte, no interior do estado do Amazonas. O abalo é de magnitude considerada mediana para os níveis do Brasil. Os eventos dessa região costumam ser resultado das atividades da placa de Nazca.
Tremor de terra de magnitude 4,8 é registrado no Interior do Amazonas. Disponível em: https://g1.globo.com. Acesso em: 6 nov. 2021 (adaptado).
TEXTO III
Moradores usaram as redes sociais para relatar tremores de terra no interior de São Paulo. As atividades foram registradas nas cidades de Júlio Mesquita e Guaimbê e tiveram magnitude 3,0 na escala Richter, o que é considerado pequeno e sem previsão de danos.
Moradores do interior de SP relatam tremores de terra. Disponível em: https://noticias.r7.com. Acesso em: 6 nov. 2021 (adaptado).
As diferenças entre os eventos geológicos relatados decorrem de distintas posições geográficas das cidades em relação a:
a) Planícies costeiras.
b) Bacias continentais.
c) Zonas de subducção.
d) Áreas de denudação.
e) Vertentes escarpadas.
Resolução: Alternativa C.
Os terremotos acontecem em áreas de encontro de placas tectônicas, onde ocorre a subducção de uma placa sob a outra. Portanto, a diferença entre os eventos referidos é resultado da diferente posição das zonas de subducção no planeta Terra.
Questão 2
(Enem) O terremoto de 8,8 na escala Richter que atingiu a costa oeste do Chile, em fevereiro, provocou mudanças significativas no mapa da região. Segundo uma análise preliminar, toda a cidade de Concepción se deslocou pelo menos três metros para o oeste. Buenos Aires moveu-se cerca de 2,5 centímetros para oeste, enquanto Santiago, mais próxima do local do evento, deslocou-se quase 30 centímetros para o oeste-sudoeste. As cidades de Valparaíso, no Chile, e Mendoza, na Argentina, também tiveram suas posições alteradas significativamente (13,4 centímetros e 8,8 centímetros, respectivamente).
Revista InfoGNSS, Curitiba, ano 6, n. 31, 2010.
No texto, destaca-se um tipo de evento geológico frequente em determinadas partes da superfície terrestre. Esses eventos estão concentrados em
a) áreas vulcânicas, onde o material magmático se eleva, formando cordilheiras.
b) faixas costeiras, onde o assoalho oceânico recebe sedimentos, provocando tsunamis.
c) estreitas faixas de intensidade sísmica, no contato das placas tectônicas, próximas a dobramentos modernos.
d) escudos cristalinos, onde as rochas são submetidas aos processos de intemperismo, com alterações bruscas de temperatura.
e) áreas de bacias sedimentares antigas, localizadas no centro das placas tectônicas, em regiões conhecidas como pontos quentes.
Resolução: Alternativa C.
Os terremotos são originados em áreas de encontro de placas tectônicas, localizadas próximo a regiões de formação recente de relevo, os dobramentos modernos (grandes cadeias montanhosas ainda em processo de soerguimento, como a cordilheira dos Andes).
ANDRADE, Gabriel. Brasil registra seu maior terremoto; confira lista de abalos históricos. Giz Brasil, 22 jan. 2024. Disponível em: https://gizmodo.uol.com.br/brasil-registra-seu-maior-terremoto-confira-lista-de-abalos-historicos/.
BRANCO, Pércio de Moraes. Terremotos. Serviço Geológico do Brasil (SGB), 18 ago. 2014. Disponível em: https://www.sgb.gov.br/terremotos.
EARTHQUAKES HAZARD PROGRAMS. The Science of Earthquakes. USGS, [s.d.]. Disponível em: https://www.usgs.gov/programs/earthquake-hazards/science-earthquakes.
HOLLAND, Carolina. Ocorrido em MT, maior terremoto da história do Brasil completa 60 anos. G1, 31 jan. 2015. Disponível em: https://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2015/01/ocorrido-em-mt-maior-terremoto-da-historia-do-brasil-completa-60-anos.html.
TASSIARINI, Colombo Celso Gaeta; NETO, Coriolano de Marins e Dias. Tectônica Global. In: TEIXEIRA, Wilson.; FAIRCHILD, Thomas Rich.; TOLEDO, Maria Cristina Motta de; TAIOLI, Fabio. (Orgs.) Decifrando a Terra. São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional, 2009, 2ª ed. P. 78-107.
Escrito por: Paloma Guitarrara Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Geografia na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial também pela UNICAMP. Atuo como professora de Geografia e Atualidades e redatora de textos didáticos.
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
GUITARRARA, Paloma.
"O que é terremoto?"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-terremoto.htm. Acesso em 11 de março
de 2025.