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O terremoto de Fukushima, ou Grande Terremoto de Tohoku, aconteceu em 11 de março de 2011. O sismo teve magnitude de 9.1 graus na escala Richter, sendo o mais intenso já registrado na história do país e um dos maiores do mundo.
Sua causa foi uma movimentação na zona de falha onde se localiza a Fossa do Japão, com epicentro a 130 km da costa japonesa e hipocentro a cerca de 25 km de profundidade. O tremor ocasionou grandes ondas no litoral do Japão, entre elas o tsunami de Fukushima, que desencadeou um dos piores acidentes nucleares da história desde Chernobyl.
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre o terremoto de Fukushima em 2011
- 2 - Causas do terremoto de Fukushima
- 3 - Como foi o terremoto?
- 4 - Consequências do terremoto de Fukushima
- 5 - Terremotos no Japão
Resumo sobre o terremoto de Fukushima em 2011
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O terremoto de Fukushima (ou do Japão) ocorreu em 11 de março de 2011, às 14h46, no horário local. Seu epicentro se deu a 130 km da costa leste do país, e seu hipocentro estava localizado a 25 km.
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Foi classificado como um terremoto de magnitude 9.1 na escala Richter, o mais intenso do Japão.
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O tremor foi causado por um movimento na zona de falha entre as placas do Pacífico e Eurasiática.
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Pouco tempo após o terremoto, grandes ondas atingiram o litoral japonês. A tsunami de Fukushima foi uma das mais devastadoras, uma vez que, além da destruição causada pelo impacto da água, ocasionou um dos piores desastres nucleares do mundo.
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O acidente nuclear de Fukushima é o pior desde Chernobyl, na Ucrânia. Os solos e a água do mar passam até hoje por descontaminação. Dezenas de milhares de pessoas que foram removidas da área não puderam retornar para suas antigas casas.
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Ao todo, o terremoto seguido de tsunami e acidente nuclear vitimou 18.428 pessoas.
Leia também: O que é maremoto?
Causas do terremoto de Fukushima
O terremoto que aconteceu em 2011, na região nordeste do Japão, foi causado pelo movimento de uma falha geológica na zona de subducção onde se forma a Fossa do Japão. Lembremos que as ilhas que formam o país se distribuem sobre quatro placas tectônicas, sendo elas: do Pacífico, das Filipinas, Eurasiática e de Okhotsk (uma microplaca que integra a placa Norte-Americana).
A placa do Pacífico se desloca horizontalmente na direção oeste com relação à placa Norte-Americana, mergulhando sob a segunda placa e causando, em contrapartida, soerguimento de parte dessa estrutura. A velocidade com que o movimento da placa do Pacífico ocorre é de aproximadamente 83 mm por ano, conforme explica o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, sigla em inglês).
Estima-se que o movimento horizontal na zona de falha que gerou ruptura e, consequentemente, o tremor foi de 50 a 60 metros, o que pesquisadores consideraram o maior do tipo. Até mesmo em outros grandes sismos, como o da Colômbia de 1960, não se viu um deslocamento dessa magnitude. Esse processo se estendeu por uma faixa de 400 km de comprimento e 150 km de largura (na direção em que se dá o mergulho de uma placa sob a outra). A energia total liberada foi equivalente a 600 bombas atômicas como a lançada em Hiroshima|1|.
Como foi o terremoto?
O terremoto do Japão, chamado também de Grande Terremoto de Tohoku, aconteceu no dia 11 de março de 2011 e teve início às 14h46, no horário local, e 2h26, no horário de Brasília. Após uma série de revisões, o tremor foi classificado como tendo magnitude 9.1 na escala Richter, sendo esse o terremoto mais intenso e destrutivo a acometer o Japão na história do país. Seu tempo total de duração foi de aproximadamente seis minutos.
De acordo com o USGS, dois dias antes desse acontecimento no arquipélago japonês, uma série de tremores com mais de 6 graus na escala Richter — o maior com 7,4 — foram sentidos a cerca de 40 km do epicentro do terremoto de 11 de março.
O ponto da superfície terrestre em que o terremoto de Tohoku teve origem fica a 130 km da Península de Oshika, localizada na costa leste da principal ilha do Japão, Honshu, onde fica a província de Fukushima. O hipocentro do sismo (seu local de origem no interior da crosta terrestre) estava a uma profundidade de 25 km, considerada rasa. Após o sismo principal, centenas de terremotos secundários (chamados de réplicas) de magnitude variando de alta a moderada foram sentidos em outras regiões.
A cidade de Sendai, a mais próxima do epicentro, foi uma das mais devastadas pelo terremoto e pelo tsunami que sucedeu os tremores.
Consequências do terremoto de Fukushima
O terremoto de 2011 foi o mais intenso da história do Japão e o terceiro maior em escala mundial, junto com o terremoto que aconteceu no Oceano Índico em 2004, de acordo com a USGS. O sismo foi responsável pelo deslocamento da costa do Japão e pela alteração entre 10 e 25 centímetros no eixo de rotação Terra, encurtando os dias em 1,8 microssegundo |1|.
Além das consequências diretas na estrutura do arquipélago japonês e na tectônica da área, os abalos sísmicos de 2011 foram avassaladores para a população. Esse foi o terremoto que ocasionou o maior número de vítimas no país, deixando 18.428 mortos e desaparecidos.
A sequência terremoto, tsunami e acidente nuclear deixou um enorme rastro de devastação por onde passou. Os estragos incluem incêndios, explosões, danos à rede elétrica e interrupção do fornecimento de energia e destruição ou obstrução de estradas e vias. Em termos financeiros, estima-se que o prejuízo total foi de quase US$ 200 bilhões.
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Tsunami em Fukushima
Uma das mais graves consequências do sismo de 2011 foi a sequência de tsunamis que ele produziu na costa japonesa, atingindo ainda outros países banhados pelo Oceano Pacífico. As maiores ondas superaram os 10 metros de altura, e as águas adentraram dezenas de quilômetros pelo território japonês. A maior parcela de mortes do sismo foi em decorrência dos tsunamis, que inundaram uma área de 561 quilômetros quadrados|2|.
A província de Fukushima foi atingida por uma onda de cerca de 14 metros, e a situação rapidamente se agravou. O avanço das águas prejudicou os geradores de apoio que estavam sendo utilizados para o resfriamento dos reatores da Central Nuclear de Fukushima I (Daiichi), levando ao derretimento de três deles.
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Acidente nuclear de Fukushima
Como explicamos acima, os desdobramentos do tsunami causaram o derretimento de três reatores da Central Nuclear de Fukushima, levando à retirada de 300.000 moradores dos arredores. No dia seguinte, 12 de março, ocorreu a primeira de três explosões, tendo as outras ocorrido nos dias posteriores (14 e 15 de março), liberando altos índices de radiação no ambiente.
Em abril daquele ano, o acidente foi classificado como tendo nível 7 na Escala Internacional de Eventos Nucleares, o mais grave desde o acontecimento em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. A área a ser evacuada inicialmente foi de 20 km. No entanto, tanto os solos da região quanto a água do mar também foram atingidos, e ambos ainda hoje passam por um processo de descontaminação.
Ao todo, foi evacuada uma área de 1.150 km², dos quais 330 km² continuam vazios e mais de 40 mil pessoas permanecem longe de suas antigas residências|3|.
Terremotos no Japão
O Japão está situado na área do planeta conhecida como Círculo de Fogo do Pacífico, caracterizada pela alta instabilidade tectônica. O país registra milhares de tremores de terra todos os anos, de intensidades variadas na escala Richter. Abaixo listamos os 5 piores terremotos da história do Japão de acordo com a sua magnitude.
1) Tohoku (11 de março de 2011): marcou 9,1 na escala Richter e algumas fontes estimam um total de 29.000 vítimas.
2) Hoei (1707): classificado como terremoto de magnitude 8.6, com 5 mil vítimas fatais.
3) Meiji-Sanriku (1896): teve magnitude de 8.5 na escala Richter e vitimou 27 mil pessoas.
4) Ansei-Nankai (1854): tremor de magnitude 8.4, com 10 mil vítimas fatais.
5) Sanriku (1933): classificado como tremor de magnitude 8.4 e fez 3 mil vítimas.
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Notas
|1| ANDRADE, Fábio Ramos Dias de. Terremotos e tsunamis no Japão. In: REVISTA USP, São Paulo, n.91, p. 16-29, setembro/novembro 2011. Disponível aqui. Acesso em 08 mar. 2021.
|2| OSKIN, Becky. Japan Earthquake & Tsunami of 2011: Facts and Information. Live Science, 13 set. 2017. Disponível aqui. Acesso em 09 mar. 2021.
|3| SAYURI, Juliana. Dez anos após terremoto, tsunami e acidente nuclear, Fukushima vive ecos da tragédia tripla. Folha de S.Paulo, 06 mar. 2021. Disponível aqui. Acesso em 08 mar. 2021.