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A escala Richter é uma ferramenta matemática desenvolvida pelos sismólogos Charles Richter e Beno Gutenberg para medir a magnitude dos terremotos com base nas ondas sísmicas por ele geradas. Criada em 1935, essa importante escala não tem um valor mínimo ou máximo, mas convencionou-se graduá-la de < 1 a 10, sendo 10 correspondente aos terremotos de maior magnitude. Até hoje, entretanto, o terremoto mais forte já registrado marcou 9.5 na escala Richer, o tremor de 1960 no Chile.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre a escala Richter
- 2 - Para que serve a escala Richter?
- 3 - Cálculo da escala Richter
- 4 - Valor mínimo e máximo da escala Richter
- 5 - Quais foram os terremotos mais fortes registrados pela escala Richter?
- 6 - Diferenças entre escala Richter e escala Mercalli
- 7 - Erros comuns na utilização da escala Richter
- 8 - História da escala Richter
Resumo sobre a escala Richter
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Escala Richter é uma ferramenta matemática que mede a magnitude dos terremotos.
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Foi desenvolvida por Charles Richter e Beno Gutenberg em 1935.
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Trata-se de uma escala logarítmica que não possui unidade de grandeza expressa. Seu cálculo é feito com base nas ondas sísmicas registradas pelos sismógrafos.
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Sua gradação foi convencionada de < 1 a 10, mas não existe limite mínimo ou máximo. Entretanto, nunca foi registrado um sismo de magnitude 10.
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O sismo de maior magnitude já registrado pela escala Richter foi de 9.5, e aconteceu no Chile em 1960.
Para que serve a escala Richter?
A escala Richter é uma ferramenta matemática quantitativa que serve para a medição da magnitude (ou tamanho) de um terremoto. Por meio dela, é possível conhecer o total de energia liberada para a produção de um tremor de terra e, com base nisso, saber quais foram os danos causados por essa movimentação na crosta terrestre.
Cálculo da escala Richter
O cálculo da escala Richter leva em consideração a localização do sismógrafo (aparelho que registra a amplitude das ondas sísmicas) em relação à área onde aconteceu o terremoto, baseando-se na amplitude das ondas sísmicas geradas pelo tremor de terra. A escala Richter é, ademais, uma escala logarítmica.
Assim sendo, o cálculo dessa grandeza é feito com base no logaritmo da amplitude das ondas sísmicas produzidas durante um terremoto e registradas pelo sismógrafo. O resultado desse cálculo é um valor que não apresenta unidade determinada, motivo pelo qual dizemos apenas que um terremoto marcou um valor “x” na escala Richter.
Valor mínimo e máximo da escala Richter
Em termos técnicos, a escala Richter não apresenta valor mínimo nem valor máximo. Entretanto, convencionou-se que essa escala matemática seria graduada de < 1 a 10 de acordo com os danos causados pelos terremotos, sabendo que apenas os tremores de magnitude superior a 3 são sentidos na superfície, e, acima disso, já começam a causar danos importantes à infraestrutura.
Dessa forma, temos que:
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Valor mínimo: ≤ 1. Sismos dessa magnitude são os mais comuns, mas não podem ser sentidos na superfície pelas pessoas, sendo detectados apenas pelos aparelhos que realizam a medição das ondas, os sismógrafos.
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Valor máximo: convencionado como 10, mas não existe valor máximo na escala Richter. Apesar disso, os maiores sismos já registrados ficaram entre 9 e 10 de magnitude, nunca atingindo esse valor máximo. Terremotos de magnitude superior a 8 são muito destrutivos e atingem extensas áreas de milhares de quilômetros quadrados. Acima de 9, os efeitos são devastadores.
Quais foram os terremotos mais fortes registrados pela escala Richter?
Terremotos mais fortes já registrados pela escala Richter |
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Data |
Local |
Magnitude na escala Richter |
22 de maio de 1960 |
Valdívia (Chile) |
9.5 |
28 de março de 1964 |
Enseada do Príncipe Guilherme (Alasca) |
9.2 |
26 de dezembro de 2004 |
Sumatra (Indonésia) |
9.1 |
11 de março de 2011 |
Sendai (Japão) |
9.0 |
04 de novembro de 1952 |
Kamchatka (Rússia) |
9.0 |
27 de fevereiro de 2010 |
Bío-Bío (Chile) |
8.8 |
31 de janeiro de 1906 |
Litoral do Equador |
8.8 |
02 de abril de 1965 |
Ilhas Rat (Alasca) |
8.7 |
28 de março de 2005 |
Sumatra (Indonésia) |
8.6 |
15 de agosto de 1950 |
Assam (Tibete) |
8.6 |
Leia também: Por que há tantos e intensos terremotos no Chile?
Diferenças entre escala Richter e escala Mercalli
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Escala Richter: mede a magnitude de um terremoto com base na onda sísmica gerada pelo tremor, onda essa registrada por um sismógrafo que se encontra a uma determinada distância do local exato onde a movimentação teve início. Dessa forma, a escala Richter expressa a quantidade de energia liberada e que provocou o tremor de terra com base na onda sísmica produzida. Usa, portanto, os dados registrados pelo sismógrafo.
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Escala Mercalli: aufere a intensidade de um terremoto com base nas consequências geradas por ele na superfície, ou seja, avalia os estragos provocados por um tremor de terra. Levando isso em consideração, é feito o cálculo da sua intensidade naquela área em específico. Pode ser uma escala mais subjetiva, já que depende da observação e caracterização dos danos.
Erros comuns na utilização da escala Richter
Um dos erros mais comuns na utilização da escala Richter é a atribuição de uma unidade de grandeza ao valor expresso por ela, como graus. Não dizemos que um terremoto marcou 5.6 graus na escala Richter, mas sim que se tratou de um terremoto de magnitude 5.6 nessa mesma escala.
Relacionado ao primeiro, outro erro comum é dizer que a escala Richter faz a medição da intensidade de um terremoto quando, na realidade, ela mensura a quantidade de energia liberada para a produção do sismo. Portanto, a escala Richter denota a magnitude do terremoto.
História da escala Richter
A escala Richter foi criada pelo sismólogo norte-americano Charles Francis Richter (1900-1985) e pelo sismólogo alemão Beno Gutenberg (1889-1960) no ano de 1935, quando ambos integravam o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech, na sigla em inglês), nos Estados Unidos. Embora seja criação de dois profissionais, a escala acabou levando o nome apenas de Charles Richter.
Essa importante ferramenta de quantificação dos terremotos foi desenvolvida para mensurar os tremores de terra que aconteciam no sul do estado da Califórnia dentro de um raio delimitado de 600 km. Para isso, seria utilizado um aparelho específico, o sismógrafo de torção de Wood-Anderson. À medida que novas demandas surgiram, Richter e Gutenberg incorporaram melhorias em sua escala que permitiram a sua aplicação em outras localidades e em situações distintas.
Créditos da imagem
Fontes:
CORRÊA, Iran Carlos Stalliviere. Escala de Richter. Museu de Topografia prof. Laureano Ibrahim Chaffe, Departamento de Geodésia – IG/UFRGS, maio 2009. Disponível em: https://igeo.ufrgs.br/museudetopografia/index.php/artigos-em-destaque.
EARTHQUAKE HAZARDS PROGRAM. Earthquake Magnitude, Energy Release, and Shaking Intensity. USGS, [s.d.]. Disponível em: https://www.usgs.gov/programs/earthquake-hazards/earthquake-magnitude-energy-release-and-shaking-intensity.
EARTHQUAKE HAZARDS PROGRAM. The Modified Mercalli Intensity Scale. USGS, [s.d.]. Disponível em: https://www.usgs.gov/programs/earthquake-hazards/modified-mercalli-intensity-scale.
TASSIARINI, Colombo Celso Gaeta; NETO, Coriolano de Marins e Dias. Tectônica Global. In: TEIXEIRA, Wilson.; FAIRCHILD, Thomas Rich.; TOLEDO, Maria Cristina Motta de; TAIOLI, Fabio. (Orgs.) Decifrando a Terra. São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional, 2009, 2ª ed. P. 78-107.