Grupos de caminhoneiros começaram uma manifestação nas rodovias contra o resultado da eleição presidencial na noite de domingo, 30 de outubro. Com 60,34 milhões de votos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente do Brasil pela terceira vez.
As intervenções seguiam na manhã de hoje, dia 31, em pelo menos oito pontos.
Dentre as moblizações e bloqueio de pistas, foram registrados atos nos estados de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás e Bahia.
Conforme levantamento feito pela rádio CBN, a maior parte dos bloqueios foi registrada no estado de estado de Santa Catarina, com atos nas BRs 101 e 116.
A via estava fechada nos dois sentidos da BR-101 no KM 24, em Joinville, no KM 116, em Itajaí, e no KM 216 em Palhoça. Também houve protesto, com interrupção de tráfego, em um trecho no sentido PR-SC, KM 5, em Garuva.
Entre São Paulo e Rio de Janeiro, foi a BR-116, conhecida também como rodovia Presidente Dutra, que ficou bloqueada nos dois sentidos, no KM 281, em Barra Mansa (RJ).
Em Goiás, a BR-060, KM 101, em Anápolis; a BR-153, KM 703, em Itumbiara; e sa BR-040, em Cristalina, nas proximidades do Distrito Federal, também registraram bloqueio.
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Já na BR-020, na cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, a pista foi liberada por volta das 2h30 desta segunda-feira, após protestos. Os caminhoneiros colocaram fogo em pneus e fecharam a estrada após a vitória de Lula.
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Protesto contra “abusos de poder do STF"
O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Ourinhos (SP), Júnior Almeida, confirma que lideranças da categoria convocaram mobilizações em todo o país, por insatisfação com o resultado das eleições.
O ato dos caminhoneiros seria uma demonstração de protesto contra “abusos de poder do Supremo Tribunal Federal (STF)”, que está culminando com uma insatisfação “já acumulada”.
Os trabalhadores da classe afirmam estar manifestando a revolta do que não veio a acontecer nos atos de 7 de setembro desse ano e do ano passado, e que agora, com uma eleição muito questionada e questionável, para eles, destacando a ausência de voto impresso, rechaçada pelo Congresso Federal.
Ainda de acordo com o representante dos caminhoneiros, o movimento só seria desmobilizado se as eleições forem anuladas ou a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Por Érica Caetano
Jornalista