Com a vinda do coração de Dom Pedro I ao Brasil e o bicentenário da Independência do Brasil, os acontecimentos que levaram Dom Pedro I a proclamar a independência do país em relação a Portugal são relembrados.
Embora o grito de "Independência ou morte" tenha sido proclamado em 1822, o marco histórico brasileiro só foi possível por uma série de acontecimentos iniciados em 1808. Isso porque esse foi o ano da chegada da família real no Brasil. A monarquia desembarcou no país como tentativa de fuga das tropas francesas que invadiram Portugal sob comando de Napoleão Bonaparte.
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Família real no Brasil
A chegada da família real portuguesa no Brasil permitiu uma série de mudanças econômicas e políticas no país. Uma delas foi a abertura dos portos brasileiros às nações amigas.
Outra grande mudança foi a integração do Brasil como parte do reino português, que passou a se chamar Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Entretanto, a presença da família real no Brasil também causou demonstrações de insatisfação. A Revolução Pernambucana de 1817 foi uma delas. Após três anos da repressão violenta, o povo português também se manifestou, provocando a Revolução Liberal do Porto de 1820.
Esse foi o ponto de partida do processo de independência do Brasil.
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Processo de Independência
A proclamação da independência do Brasil ocorreu durante a regência de Pedro de Alcântara, que depois passaria a ser chamado de Dom Pedro I.
Após a Revolução do Porto, foram tomadas uma série de medidas impopulares no Brasil, como a transferência das principais instituições para Portugal, envio de tropas para o Rio de Janeiro e a exigência do retorno do príncipe regente para Portugal.
O retorno de Dom Pedro I foi exigido em dezembro de 1821 e, como consequência, surgiu o Clube da Resistência. Em janeiro de 1822, um documento com mais de 8 mil assinaturas foi entregue a D. Pedro exigindo sua permanência no Brasil.
Nesse contexto, o príncipe regente disse as palavras que entraram para a história do país:
“Como é para bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto; diga ao povo que fico.”
Todos os acontecimentos até aqui e os dos próximos meses foram os responsáveis por incitar a ruptura do Brasil com Portugal.
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Grito da independência
D. Pedro I estava em uma viagem a São Paulo quando recebeu a sessão extraordinária organizada por Maria Leopoldina, sua esposa.
Na ocasião, enquanto sofria de problemas intestinais, o príncipe regente leu as notícias e ratificou a ordem de independência com um grito às margens do Rio Ipiranga. Porém, historiadores não possuem evidências que comprovem o grito do Ipiranga.
O marco de 7 setembro não foi o encerramento do processo de independência. O processo prosseguiu por meses com uma guerra pela independência, culminando em importantes eventos, como a coroação de Dom Pedro no dia 1° de dezembro.
Consequências da independência do Brasil
Uma das principais consequências do processo de independência do Brasil é a construção de uma nacionalidade brasileira. Além disso, o estabelecimento da monarquia brasileira tornou-se uma das únicas, junto com a haitiana e mexicana.
Por outro lado, o Brasil se endividou com o pagamento de 2 milhões de libras como indenização aos portugueses.
Hino da independência
O Hino da Independência é uma canção que foi criada em homenagem à Independência do Brasil, com letra baseada no poema de um poeta e escritor chamado Evaristo da Veiga.
O poema tinha sido escrito por Evaristo da Veiga em agosto de 1822 como uma demonstração de seu apoio à independência brasileira. Veja a letra do Hino da Independência do Brasil:
Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Já raiou a liberdade,
Já raiou a liberdade,
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil…
Houve mão mais poderosa…
Zombou deles o Brasil;
Houve mão mais poderosa
Houve mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Não temeis ímpias falanges
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil;
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó! brasileiros!
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil
Do universo entre as nações
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
