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Poseidon

Poseidon foi o deus grego dos mares e dos rios, considerado o deus patrono dos marinheiros. Foi implacável com seus desafetos.

Ilustração do deus grego Poseidon.
Os gregos tinham Poseidon como o deus dos mares e dos rios.
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Poseidon esteve presente na religiosidade dos gregos antigos como o deus dos mares e rios. Os gregos o temiam, pois ele era implacável com os seus desafetos, como aconteceu com Odisseu, no relato de Homero no poema Ilíada.

Poseidon tinha uma forte relação com os cavalos, sendo o criador desse animal e aquele quem ensinou a humanidade a cavalgar. Ele teve diversos filhos e era casado com a nereida Anfitrite. Era irmão de Zeus e lutou contra os titãs na Titanomaquia.

Veja também: Hermes — o deus grego conhecido como o mensageiro do Monte Olimpo

Tópicos deste artigo

Resumo sobre Poseidon

  • Foi o deus dos mares e rios e o senhor das águas.

  • Os gregos o consideravam o causador de enchentes e terremotos.

  • Recebia oferendas de marinheiros e pescadores e era o patrono dos cavalos.

  • Era irmão de Zeus, Hera, Deméter, Héstia e Hades. Lutou contra os titãs na Titanomaquia.

  • Era implacável contra aqueles que o desafiavam.

  • Tomou parte na Guerra de Troia e ficou marcado por retardar o retorno de Odisseu para seu lar por 10 anos, por ter ferido um de seus filhos.

  • Era adorado em várias cidades gregas, principalmente Pilos.

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Quem era Poseidon?

Poseidon era uma das divindades da religiosidade dos gregos na Antiguidade. Os gregos o tinham como o deus dos mares e dos rios, além de ser responsável por acontecimentos catastróficos, como enchentes e terremotos. Sua associação com catástrofes e o seu humor irritadiço faziam dele um deus muito temido pelos gregos.

Por Poseidon ser o deus dos mares e dos rios bem como o senhor das águas, uma relação muito forte entre ele e aqueles que enfrentavam o mar com frequência foi criada. Assim, ele era também o patrono dos marinheiros. Além disso, tinha uma grande relação com os cavalos, também sendo seu protetor.

 Ilustração do cavalo alado Pégaso.
Pégaso, o cavalo alado, filho de Poseidon com Medusa.

Poseidon tinha estábulos de cavalos, fama de ser um domador deles e o responsável pela fertilidade desses animais. Alguns de seus filhos também tinham a forma desse animal, sendo Pégaso, o cavalo alado, um deles. Poseidon era tido como o criador do cavalo e o responsável por ensinar a humanidade a cavalgar.

Origens de Poseidon

Poseidon já era venerado na Grécia antes do período clássico dos gregos, e sabemos disso porque existem inscrições da civilização micênica que mencionam o seu nome. Essas inscrições são do período entre os séculos XV a.C. e XII a.C. Além disso, Poseidon pode ter surgido da fusão de uma divindade indo-europeia com uma divindade pré-grega.

Com o tempo, ele teria sido absorvido pela religiosidade dos gregos antigos, passando a fazer parte de sua mitologia e a ser filho de Cronos e Reia. Estes dois eram titãs, e Cronos governava o Universo, além de devorar os seus filhos assim que eles nasciam. Ele fazia isso porque temia que um deles o destronasse.

Poseidon foi um dos que foram devorados por Cronos, mas Zeus conseguiu escapar desse destino com ajuda de Reia. Tendo crescido em segurança, Zeus retornou para resgatar seus irmãos, fazendo seu pai vomitá-los: Poseidon, Hades, Héstia, Hera e Deméter. Em seguida, uma guerra (chamada Titanomaquia) se iniciou e foi vencida pelos deuses gregos.

Poseidon, Hades e Zeus sortearam seus respectivos domínios, e Poseidon recebeu as águas, tornando-se senhor delas e de tudo que nelas habitava. Ele inclusive possuía um palácio no fundo do oceano que se localizava próximo do Peloponeso, segundo os mitos gregos.

Leia também: Ares — o deus grego que simbolizava os aspectos mais violentos da guerra

Poseidon e os mitos gregos

Poseidon é mencionado diferentes vezes nos mitos gregos. Assim, podemos começar pela rivalidade que ele tinha com seu irmão Zeus, interferindo nas ações deste com frequência e até tentando destroná-lo em uma ocasião, mas sem sucesso. Lembrando que Zeus era o deus mais poderoso do panteão grego.

Poseidon também ficou conhecido por ter disputado a patronagem de Atenas com Atena, deusa da sabedoria. O mito grego conta que ambos ofereceram algo para os habitantes de Atenas em troca de serem escolhidos. Poseidon ofereceu uma fonte de água salgada e um cavalo, e Atena ofereceu uma oliveira. Os atenienses escolheram Atena, fazendo dela a protetora da cidade.

Poseidon era casado com uma nereida (ou ninfa) chamada Anfitrite e com ela teve alguns filhos, com destaque para Tritão, conhecido por sua forma parte peixe, parte humana. Poseidon teve inúmeros outros filhos fora de seu casamento, e os mitos gregos ainda relatam episódios de violência cometida por ele, como os casos em que ele estuprou Medusa e Deméter.

Poseidon tomou parte na Guerra de Troia, um dos eventos mais marcantes da mitologia grega, e esteve do lado dos aqueus (gregos). Ele auxiliou os gregos em diversos momentos, mas teve um protagonismo muito maior depois dessa guerra. Isso porque Poseidon perseguiu incansavelmente o herói grego Odisseu, depois que ele feriu um de seus filhos. Poseidon atrasou o retorno de Odisseu para seu lar, em Ítaca, por 10 anos. A jornada de Odisseu é narrada por Homero no poema épico Odisseia.

Poseidon na religiosidade grega

A adoração a Poseidon espalhou-se por toda a Grécia Antiga, embora, em algumas localidades, ela fosse mais expressiva. Um dos locais onde ele era bastante venerado foi a região do Istmo de Corinto. Isso porque Poseidon era relacionado com o comércio marítimo e lá existiam importantes rotas comerciais.

No entanto, o local que centralizava seu culto era Pilos, uma das primeiras cidades a venerá-lo. Poseidon também era uma divindade importante em locais como Rodes e Poseidonia e era venerado por marinheiros e pescadores, recebendo muitas oferendas deles.

 

Por Daniel Neves Silva
Professor de História

Escritor do artigo
Escrito por: Daniel Neves Silva Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SILVA, Daniel Neves. "Poseidon"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/mitologia/poseidon.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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