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História de Goiás

A história de Goiás começou há milhares de anos, com os primeiros povos caçadores-coletores. No século XVIII, foram fundadas pelos bandeirantes as primeiras vilas do estado.

Vista aérea do viaduto João Alves de Queiroz, em Goiânia, cidade planejada de grande importância na história de Goiás.
Capital do estado Goiás, a cidade de Goiânia, assim como Brasília, é uma cidade planejada. [1]
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A história de Goiás se iniciou há mais de 10 mil anos, quando povos caçadores-coletores passaram a viver na região. Tempos depois populações ceramistas, que praticavam a agricultura, começaram a ocupar o território.

Após o início da colonização portuguesa, diversas expedições paulistas partiram em direção a Goiás, descobrindo minas de ouro. As primeiras vilas foram edificadas nas proximidades dessas minas. O Ciclo do Ouro durou pouco em Goiás, entrando em declínio na década de 1770. Após o ouro, a criação de gado passou a ser a principal atividade econômica da região.

Durante a Era Vargas, a Cidade de Goiás deixou de ser a capital do estado, e uma nova capital foi construída, a cidade de Goiânia. Em 1988, Goiás perdeu a parte norte do seu território, que se transformou no estado do Tocantins. Atualmente Goiás é uma potência nacional no agronegócio, produzindo cerca de 10% de toda soja, milho e cana-de-açúcar do país. Goiás também possui um dos maiores rebanhos bovinos do Brasil.

Leia também: Colônia Santa Marta — a história do leprosário situado onde hoje fica Senador Canedo-GO

Tópicos deste artigo

Resumo sobre a história de Goiás

  • A história de Goiás é muito rica, e através dela podemos estudar diversos momentos da história do Brasil, como o Período Colonial, a Primeira República, a Era Vargas e a Nova República.
  • Os vestígios arqueológicos mais antigos confirmam a presença humana na região do atual estado de Goiás há 12 mil anos.
  • Bartolomeu Bueno da Silva, o filho, edificou o primeiro povoado em Goiás, no início da década de 1720.
  • Um dos povoados fundados por Bartolomeu Bueno da Silva se tornou a Cidade de Goiás, a primeira capital do estado.
  • A extração do ouro levou muitas pessoas para Goiás no século XVIII, gerando o desenvolvimento de muitos povoados.
  • A extração do minério em grande quantidade durou apenas meio século em Goiás. Sem o ouro, a criação de gado bovino passou a ser uma das principais atividades econômicas da província.
  • Durante a Era Vargas uma nova capital para o estado foi construída, a cidade de Goiânia, sendo esse um dos vários acontecimentos relacionados à modernização de Goiás.
  • A Constituição de 1988 criou o estado do Tocantis, e Goiás perdeu a parte norte do seu território.

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Antecedentes da história de Goiás

A história de Goiás se iniciou há milhares de anos, quando os primeiros seres humanos chegaram ao território do atual estado. Um dos principais sítios arqueológicos do Brasil se localiza em Goiás, no município de Serranópolis, no sul do estado. Nesse sítio arqueológico foram encontrados diversos esqueletos que são considerados os mais antigos do Centro-Oeste. Em 2023, arqueólogos da PUC de Goiás divulgaram que encontraram um esqueleto humano com 12 mil anos no sítio.

Esses achados mostram que o ser humano habitava a região do estado de Goiás há mais de 10 mil anos, provavelmente convivendo com animais da megafauna americana por séculos. As populações mais antigas eram caçadoras-coletoras e se abrigavam nas grutas e cavernas do estado.

Com o tempo os povos caçadores-coletores deram lugar a populações ceramistas, que praticavam a agricultura. Antes da chegada dos europeus diversos povos ocupavam o território de Goiás, e alguns deles praticavam a agricultura de subsistência, principalmente cultivando o milho.

Início da história de Goiás

→ Quem fundou Goiás?

Desde o século XVI os portugueses iniciaram a exploração do interior do que viria a ser o Brasil. Paulistas foram os primeiros a chegar na região de Goiás, vindos pelo sul. Foram seguidos por missionários católicos que chegaram à região do estado pelo norte, penetrando pela Floresta Amazônica.

Bartolomeu Bueno da Silva, o pai, foi um dos primeiros a explorar Goiás na segunda metade do século XVII. Em 1722 partiu de São Paulo uma expedição comandada pelo bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o filho, rumo à região de Goiás e com o objetivo de encontrar metais preciosos. Em 1725 sua expedição encontrou minas de ouro no estado.

Em 1726 foi edificada a primeira vila de Goiás, chamada de Arraial da Barra, por se localizar na Barra do Rio Bugre. Em 1727 a população do Arraial da Barra se transferiu para o recém-criado Arraial de Sant’Anna, na margem do rio Vermelho. Diversos mineradores passaram a migrar para a região e a se fixarem no local. Em 1729 o arraial foi elevado a freguesia, com o nome de Santana de Goiás. Em 1736 se tornou uma vila administrativa, semelhante a um município na atualidade, se chamando Vila Boa de Goiás. Em 1748 foi criada pelo governo português a Província de Goiás, e em 1749 a Cidade de Goiás se tornou capital da província.

Primeiras cidades de Goiás

→ Cidade de Goiás (Goiás Velho)

Rua da Cidade de Goiás (Goiás Velho), cidade de grande importância para a história de Goiás.
Também chamada de Goiás Velho, a Cidade de Goiás foi a primeira capital do estado. [2]

A primeira cidade do estado foi a Cidade de Goiás, fundada por Bartolomeu Bueno da Silva, o filho. Até a década de 1930 a cidade foi a capital de Goiás. Em 2001 a Cidade de Goiás foi reconhecida pela Unesco como patrimônio mundial. Atualmente a economia da região da cidade gira em torno do turismo e da agropecuária.

→ Vila das Minas de Nossa Senhora do Rosário Meia Ponte (atual Pirenópolis)

Igreja Nossa Senhora do Rosário, na cidade de Pirenópolis, cidade de grande importância para a história de Goiás.
A Igreja Nossa Senhora do Rosário, construída em Pirenópolis, é a igreja mais antiga do estado de Goiás. [3]

Em 1727 foi fundada a Vila das Minas de Nossa Senhora do Rosário Meia Ponte, que viria posteriormente a ser chamada de Pirenópolis. O povoado também se originou graças à mineração do ouro, que atraiu diversas pessoas para a região. Atualmente o município tem o turismo como uma das principais atividades econômicas. Os turistas são atraídos para Pirenópolis por causa de suas belezas naturais, pelo patrimônio histórico, por suas tradições culturais e pela culinária.

→ Cavalcante

Região central da cidade de Cavalcante, cidade de grande importância para a história de Goiás.
Região central da cidade de Cavalcante.

Por volta de 1736, o garimpeiro Julião Cavalcante chegou à região do atual município de Cavalcante. Julião descobriu ouro na região e passou a morar no local. Mais pessoas passaram a migrar para a localidade, que se transformou em uma vila. Atualmente o município de Cavalcante é conhecido por possuir o maior quilombo do Brasil, o Kalunga, e por ter boa parte das suas terras dentro do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.

Exploração do ouro em Goiás

Foi após a derrota na Guerra dos Emboabas (1708-1709) e expulsão da região das Minas Gerais que os paulistas aprofundaram a exploração da região do atual estado de Goiás. Nesse sentido, é atribuída a Bartolomeu Bueno da Silva (pai e filho) a edificação dos primeiros povoados da região, todos eles próximos de veios de ouro, geralmente nas margens de um rio.

O século XVIII é considerado o século de ouro de Goiás. Durante 50 anos a região produziu grande quantidade de ouro, o que gerou riqueza econômica e o crescimento urbano. No período diversas igrejas em estilo barroco foram construídas nas cidades goianas, assim como em Minas Gerais.

No final da década de 1770, a extração de ouro começou a reduzir rapidamente em Goiás, devido ao esgotamento das minas. O fenômeno provocou crise econômica na região e fez com que muitas pessoas deixassem Goiás. Sem a mineração, a pecuária bovina passou a ser a principal atividade econômica. A pecuária era extensiva, com o gado pastando as gramíneas nativas do Cerrado.

Transferência da capital de Goiás e a construção de Goiânia

A ideia de construir uma nova capital para Goiás era antiga. A ideia existia desde o início do século XIX, quando a cidade estava em crise por causa da decadência da mineração.

Em 1930, Getúlio Vargas chegou ao poder acabando com a hegemonia dos grandes proprietários rurais, conhecidos como coronéis. O poder dessas oligarquias ganhou força desde a Proclamação da República, em 1889. Vargas tinha como um dos principais objetivos do seu governo a Marcha para o Oeste, ou seja, colonizar o oeste do Brasil.

Vargas nomeou como interventor em Goiás o político Pedro Ludovico Teixeira. Ludovico foi ferrenho crítico dos coronéis goianos, sendo preso durante a Revolução de 1930 a mando dessas elites e libertado em seguida, após a vitória de Vargas.

Foi o interventor que iniciou os trabalhos para a construção da nova capital de Goiás. A construção da nova capital ia ao encontro do objetivo do governo Vargas, criar infraestrutura na região Centro-Oeste para que as pessoas migrassem para lá.

A construção da cidade também teve um fator político. A Cidade de Goiás era controlada politicamente pela família Caiado, desde o início do século XX. A família fazia parte das antigas oligarquias, que foram derrubadas por Vargas em 1930. A construção da nova capital, distante da antiga e com novos funcionários públicos, retiraria poderes da família Caiado, o que de fato aconteceu. Um ditado popular da época afirmava: “Se não dá para tirar os Caiados da capital, tiremos a capital dos Caiados”.

Cartaz vendendo lotes na nova capital de Goiás, Goiânia, cuja construção foi parte importante da história de Goiás.
Cartaz anunciando a venda de lotes na nova capital de Goiás.

Em 1932 as pesquisas para a construção da nova capital começaram a ser realizadas. Em 1933 foi escolhido o local da nova capital, em um terreno plano, próximo do córrego Botafogo. No mesmo ano foi aprovado o projeto arquitetônico da nova cidade, que tinha como ponto central o Palácio das Esmeraldas, que seria a sede do governo estadual. As três principais avenidas da nova cidade, avenida Goiás, Tocantins e Araguaia, partiriam da frente do palácio. A pedra fundamental da obra foi lançada por Pedro Ludovico em 24 de outubro de 1933, essa é considerada a data de aniversário da capital goiana.

Fachada do Palácio das Esmeraldas, na cidade de Goiânia, construído em um contexto importante da história de Goiás.
Fachada do Palácio das Esmeraldas, na cidade de Goiânia, a sede do governo do estado de Goiás. [4]

Em 2 de agosto de 1935, um decreto criou o município que recebeu o nome de Goiânia. Em 1937, um novo decreto transformou o município de Goiânia na nova capital do estado. A cidade foi oficialmente inaugurada em 1942, em 5 de julho.

Desde a década de 1970 os governadores de Goiás realizam uma cerimônia simbólica em que transferem a capital de Goiás para a sua antiga sede, Goiás Velho. A tradição tem por objetivo preservar a história do estado e divulgá-la para as novas gerações.

Acesse também: Brasília — a última capital brasileira, depois de Salvador e Rio de Janeiro

Modernização de Goiás

A primeira modernização de Goiás se deu no governo Vargas, com a construção da nova capital, linhas de telégrafo, rodovias e com a migração de milhares de pessoas que se dedicaram principalmente à agropecuária.

No final da década de 1950, com a construção da nova capital do país, o estado recebeu bastante investimento federal, principalmente para a construção de infraestrutura. A partir da década de 1960 Goiás começou a receber muitos imigrantes em busca de terras baratas no estado.

O Brasil passou por uma grande modernização agrícola nas décadas de 1950 e 1960. Em Goiás, a modernização da agricultura se aprofundou na década de 1970. Foi nesse período que a soja passou a ser cultivada no estado, graças à produção de óleo e demanda internacional pelo grão. Atualmente o estado é um dos maiores produtores de soja do Brasil, assim como de cana-de-açúcar, alho, tomate e milho. O estado possui ainda o terceiro maior rebanho bovino do país, sendo grande produtor de carne, leite e de seus derivados. Existem diversas indústrias no estado, principalmente indústrias alimentícias.

Separação de Goiás e Tocantins

Mapa do antigo território de Goiás, que incluía o atual Tocantins. [5]
Mapa do antigo território de Goiás, que incluía o atual Tocantins. [5]

A discussão sobre o desmembramento do estado de Goiás e a criação do estado do Tocantins é bem antiga. Em 1863, como deputado eleito pela província de Goiás, Visconde de Taunay propôs na Câmara a fundação da província da Boa Vista do Tocantins, cuja capital seria chamada de Tocantinópolis. Nos últimos anos do Império, Fausto de Souza produziu um mapa com a proposta de o Império do Brasil ser dividido em 40 províncias, uma delas era Goiás.

Após a Proclamação da República o discurso sobre a fundação de Tocantins se manteve vivo, sendo a proposta discutida algumas vezes no Legislativo nacional.

Apesar disso, foi na década de 1980 que a proposta da criação do Tocantins foi seriamente discutida, após diversos movimentos em prol da criação do estado pressionarem os deputados constituintes. O tema foi discutido pela Assembleia Constituinte, e em 1988 o artigo 13 das Disposições Constitucionais Transitórias criou o estado do Tocantins, em 5 de outubro de 1988

Curiosidades sobre a história de Goiás

  • O sul do estado de Goiás faz parte da região chamada de Paulistânia. Essa região foi colonizada pelos bandeirantes paulistas. A Paulistânia é historicamente conhecida como região da “cultura caipira”, com tradições como a viola e o cultivo do milho.
  • O pequi, fruta típica do Cerrado, é utilizado em diversos pratos tradicionais de Goiás. O alimento é consumido no estado desde a pré-história, por povos que viviam na região.
  • Caldas Novas, em Goiás, é considerada uma das maiores estâncias hidrotermais do mundo. Todos os anos o município atrai milhares de turistas por causa de suas águas.
  • Goiânia é considerada a capital mais arborizada do Brasil e a capital que possui o maior número de praças.

Exercícios resolvidos sobre história de Goiás

Questão 1

Leia o texto a seguir.

Juntamente com Pedro Ludovico ia também, preso, seu companheiro Ricardo Campos. Depois de muito rodar pelas estradas e ao aproximarem-se da Cidade de Goiás, cruzaram com uma viatura conduzindo quatro soldados. Zaqueu e César desceram do veículo e foram ao encontro dos soldados, trocaram com eles algumas palavras. Finda a conversa, César retorna e diz a Pedro Ludovico que a Revolução estava vitoriosa e que ele e Ricardo Campos estavam livres.

TELES, José Mendonça. A vida de Pedro Ludovico. Goiânia: Kelps, 2004. p. 27.

Esse episódio, ocorrido no dia 24 de outubro de 1930, no qual Pedro Ludovico passa de prisioneiro a líder do comboio que se dirigia para a Cidade de Goiás, é resultado direto:

A) da vitória das forças lideradas por Getúlio Vargas, que tomaram o poder no Rio de Janeiro.

B) da emancipação política de Goiás, até então parte da Província de São Paulo de Piratininga.

C) do avanço em território goiano da Coluna Prestes, combatida pela oligarquia dos Caiados.

D) do apoio de parte considerável dos coronéis goianos ao projeto de transferência da capital.

Resolução:

Alternativa A.

O texto se refere ao momento em que Getúlio Vargas chegou ao poder no Rio de Janeiro, derrubando as antigas oligarquias agrárias. Pedro Ludovico era apoiador de Vargas e da Aliança Liberal, por esse motivo foi solto pelos policiais.

Questão 2

Com o declínio da produção de ouro nas minas de Goiás (final do séc. XVIII), uma nova prática econômica se estabeleceu, permitindo o povoamento e a ocupação da região, contribuindo, posteriormente, para a formação de uma rede urbana. Tal atividade se sustentou:

A) na agricultura extensiva de produção de arroz de sequeiro para exportação sobre as planícies do Cerrado.

B) na extração de carvão vegetal e lenha a partir do desmatamento e a queima da madeira do Cerrado.

C) no comércio de suprimentos alimentares e especiarias domésticas, realizado pelas comitivas de tropeiros.

D) no fortalecimento do cultivo de café para exportação em virtude da chegada da linha férrea à região.

E) na pecuária extensiva, cujo rebanho de gado vacum se alimentava das gramíneas naturais do Cerrado.

Resolução:

Alternativa E.

Com o declínio da produção aurífera em Goiás, a criação de gado bovino passou a ser a principal atividade econômica da região. Era uma atividade de relativo baixo investimento e que podia aproveitar o pasto local.

Créditos de imagem

[1] Erich Sacco / Shutterstock

[2] Angela_Macario / Shutterstock

[3] edusma7256 / Shutterstock

[4] Angela_Macario / Shutterstock

[5] Gusta4545 / Wikimedia Commons

Fontes

ARAÓZ, Horacio Machado. Mineração, Genealogia do Desastre: o Extrativismo na América Como Origem da Modernidade. São Paulo: Elefante, 2020.

FRAGOSO, João. A economia colonial brasileira. São Paulo: Atual, 2019.

MACHADO, Iran f. História da mineração no Brasil. Curitiba: CRV, 2021.

Escritor do artigo
Escrito por: Jair Messias Ferreira Junior Pós-graduado em História pela Unicamp e professor da Educação Básica há mais de 20 anos. Também é formador de professores e produtor de materiais didáticos há mais de 10 anos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

JUNIOR, Jair Messias Ferreira. "História de Goiás"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/historia-goias.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

De estudante para estudante


Videoaulas


Lista de exercícios


Exercício 1

(UFG) Leia o trecho a seguir:

A impraticabilidade de se povoar a dita capitania [Goiás] nem outra qualquer parte da América Portuguesa senão com os nacionais da mesma América. E que achando-se todo o sertão daquele vasto continente coberto de índios, estes deviam ser principalmente os que povoassem os lugares, as vilas e as cidades que se fossem formando. (Carta régia de D. José I a D. José Vasconcelos, governador da Capitania de Goiás. 1758. In: PALACIN, Luís. O Século de ouro em Goiás. Goiânia. Editora da UCG, 1994. p, 84.)

O documento aponta a preocupação da Coroa Portuguesa com o povoamento da Capitania de Goiás, cujo desdobramento foi a política de:

a) Ocupação das terras indígenas.

b) Guerra justa contra as tribos indígenas.

c) Mestiçagem de brancos, índios e negros.

d) Embates intermitentes com as tribos indígenas.

e) Implantação de aldeamentos indígenas.

Exercício 2

(UEG) A integração de Goiás nos quadros da economia nacional encontrou na construção de Brasília um momento de inflexão: Goiânia transformou-se em ponto de apoio fundamental para a construção da nova capital. Acerca da integração econômica de Goiás entre as décadas de 1950 e 1970, marque a alternativa CORRETA:

a) Houve uma enorme resistência da elite política goiana em ceder imensa quantidade de terras para formação do Distrito Federal, uma vez que a atividade pecuarista era desenvolvida intensivamente nas terras onde a nova capital seria construída.

b) A construção de Brasília recebeu apoio inconteste de todos os partidos políticos, pois a interiorização da capital já estava prevista na primeira constituição republicana. O sonho de se construir uma nova capital ultrapassou as divisões ideológicas.

c) O golpe de 1964 paralisou os investimentos na modernização da agricultura brasileira. O modelo econômico adotado reservara à agricultura papel secundário, concentrando os investimentos no desenvolvimento industrial.

d) A modernização da agricultura goiana foi uma decorrência da transferência da capital, pois o estado de Goiás tornou-se responsável pelo abastecimento de Brasília, o que permitiu uma profunda alteração na agricultura goiana, com o crescimento da pequena propriedade.

e) A integração da economia goiana nos fluxos de investimentos nacionais iniciou-se no final da década de 1920 com a chegada dos trilhos, mas só ganhou impulso decisivo com o desenvolvimento da agricultura moderna, com o cultivo da soja.

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