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Natal é um município brasileiro situado na região Nordeste do país, capital do estado do Rio Grande do Norte. Trata-se de uma cidade litorânea que se estende por 167 km² ao longo do leste potiguar, dispondo de clima Tropical quente e úmido e relevo de planície marcado pela presença de dunas e falésias nas áreas costeiras.
A cidade tem a principal economia do estado, da qual se sobressaem o setor de serviços e seu parque industrial diversificado. É, além disso, o núcleo urbano mais populoso do Rio Grande do Norte, contando hoje com 890.480 habitantes.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre Natal
- 2 - Dados gerais de Natal
- 3 - Geografia de Natal
- 4 - Mapa de Natal
- 5 - Demografia de Natal
- 6 - Divisão geográfica de Natal
- 7 - Economia de Natal
- 8 - Governo de Natal
- 9 - Infraestrutura de Natal
- 10 - Cultura de Natal
- 11 - História de Natal
Resumo sobre Natal
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Natal é a capital do estado do Rio Grande do Norte, que integra a região Nordeste do Brasil.
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Seu povoamento começou a partir do Forte dos Reis Magos, e a fundação ocorreu em 25 de dezembro de 1599.
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Possui clima Tropical quente e úmido e relevo que varia entre plano e suavemente ondulado.
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A sua paisagem litorânea é marcada pela presença de dunas e falésias.
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Está inserida no bioma Mata Atlântica.
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O rio Potengi é o principal curso d’água da cidade.
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É uma cidade populosa e também densamente povoada, com 890.480 habitantes e densidade demográfica de 4805,24 hab./km² (IBGE, 2010).
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Com PIB de R$ 23,80 bilhões, é a maior economia do Rio Grande do Norte. O setor terciário, com destaque para o comércio e o turismo, responde pela maior parcela do PIB. Conta também com um parque industrial bastante diversificado.
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Fica em Natal a primeira base de lançamentos de foguetes construída na América do Sul, chamada Barreira do Inferno e inaugurada em 1965.
Dados gerais de Natal
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Gentílico: natalense
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Localização
- País: Brasil
- Unidade federativa: Rio Grande do Norte
- Região intermediária[1]: Natal
- Região imediata[1]: Natal
- Região metropolitana: Região Metropolitana de Natal
Formada pelos municípios de: Natal, Arês, Ceará-Mirim, Extremoz, Goianinha, Ielmo Marinho, Macaíba, Maxaranguape, Monte Alegre, Nísia Floresta, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu, Vera Cruz.
- Municípios limítrofes: Extremoz, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Parnamirim.
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Geografia
- Área total: 167,401 km² (IBGE, 2020)
- População total: 890.480 habitantes (IBGE, 2020)
- Densidade: 4805,24 hab./km² (IBGE, 2010)
- Clima: Tropical úmido
- Altitude: 30 metros
- Fuso horário: GMT -3
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Histórico
- Fundação: 25 de dezembro de 1599.
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Geografia de Natal
Natal é um município brasileiro e capital do estado do Rio Grande do Norte, na região Nordeste do Brasil. Está situado no litoral do estado, com saída, a leste, para o oceano Atlântico, e estende-se por uma superfície de aproximadamente 167 km², valor equivalente a 0,31% de toda a área estadual. Faz fronteira, ainda, com outros quatro municípios potiguares:
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Extremoz, ao norte;
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São Gonçalo do Amarante, a oeste;
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Macaíba, a sudoeste;
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Parnamirim, ao sul.
Junto de outros 13 municípios, integra a Região Metropolitana de Natal (RMN).
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Clima de Natal
O clima predominante em Natal é o Tropical quente e úmido. É caracterizado pelos verões quentes e secos e invernos amenos e chuvosos, com um intervalo de chuvas que vai do mês abril até agosto. A precipitação acumulada no ano é de 1400 mm aproximadamente, enquanto as temperaturas médias ficam em torno de 26 ºC.
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Relevo de Natal
Situada no domínio das planícies litorâneas, o relevo observado na cidade de Natal é marcado por terrenos planos e suavemente ondulados, característicos das planícies (costeiras e fluviais) e dos terraços. Dessa forma, sua paisagem é composta por dunas, vales, falésias e praias. Natal fica a 30 metros acima do nível do mar.
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Vegetação de Natal
A cidade de Natal está inserida no bioma Mata Atlântica. Sendo assim, sua cobertura vegetal primária é composta pelas florestas. Além disso, nas áreas úmidas e na faixa costeira, encontra-se formações como mangues, restingas e vegetação dunar.
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Hidrografia de Natal
O rio Potengi/Jundiaí é o principal curso d’água que atravessa a cidade, desaguando no Atlântico por meio de uma importante foz em estuário que se estende ao longo de 20 km.
Destacam-se além dele os rios Doce e Pitimbu, bem como as lagoas de Extremoz, que ficam na divisa do município de mesmo nome com Natal, e a lagoa do Juqui. Esta, embora não inserida nos limites da capital potiguar, tem participação no abastecimento do município.
Mapa de Natal
Demografia de Natal
Com 890.480 habitantes, Natal é o município mais populoso do Rio Grande do Norte e o sexto com maior contingente populacional da região Nordeste do Brasil. Em escala nacional, a cidade figura na 16ª colocação entre as capitais estaduais. A população da capital potiguar representa aproximadamente 25% dos habitantes do estado, ao passo que reúne mais da metade dos moradores de sua região metropolitana.
Natal é, ainda, uma cidade densamente povoada. Os dados do último censo do IBGE indicam que a sua densidade demográfica era de 4805,24 hab./km², maior concentração do Rio Grande do Norte. Além disso, a mesma pesquisa mostra que todos os natalenses possuem domicílio na zona urbana da cidade.
A maior parcela da população natalense se autodeclara parda ou branca, grupos que representam, respectivamente, 49,04% e 44,96% dos moradores do município. Aqueles que se autodeclaram pretos somam 4,91%, de acordo com o IBGE. Os amarelos são 0,91%, e os indígenas são a minoria numérica da população, com 0,11% de pessoas autodeclaradas.
Confira o nosso podcast: O que é preciso saber sobre teorias demográficas?
Divisão geográfica de Natal
A cidade de Natal possui 36 bairros. Essas unidades territoriais estão alocadas em diferentes regiões administrativas ou subdistritos, que são:
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Norte
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Sul
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Leste
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Oeste
Considera-se também como parte da subdivisão do território natalense a unidade de conservação ambiental do Parque das Dunas, que abrange uma extensa faixa na porção leste do município, com área de 1172 hectares.
Economia de Natal
Natal é um dos principais centros econômicos do Rio Grande do Norte, ficando em primeiro lugar quando se leva em consideração o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios potiguares. O valor para a capital é de R$ 23,80 bilhões, de acordo com os dados do IBGE para 2018. Em escala nacional, a economia natalense fica na 40ª colocação.
Assim como ocorre em diversas outras capitais e grandes centros urbanos, é o setor terciário que lidera a economia de Natal. Esse segmento responde por 64,86% do PIB da cidade, valor esse que não leva em consideração as atividades do setor público e da administração. O destaque para esse setor fica com as atividades atreladas ao turismo e também ao comércio.
A indústria do Rio Grande do Norte se concentra sobretudo na Região Metropolitana de Natal. Na capital propriamente dita, o setor responde por 14,06% do PIB. Estão instaladas no município empresas de ramos bastante diversos, como as indústrias extrativas, de produção de alimentos e bebidas, têxtil, química e petroquímica, de vestuário, de equipamentos industriais e muitas outras. O setor primário, por sua vez, é responsável por uma parcela de 0,11% da economia da cidade, com destaque para a criação de animais e a pesca do camarão.
Governo de Natal
O governo do município de Natal é do tipo democrático representativo. O prefeito, que é o chefe maior do Poder Executivo municipal, e os 29 vereadores, que compõem a Câmara Municipal, órgão do Poder Legislativo, são todos eleitos pela população natalense. As eleições são realizadas em intervalos de quatro em quatro anos.
Natal é, ainda, a capital do estado do Rio Grande do Norte. Isso significa que a cidade é o seu centro político e concentra as principais atividades administrativas dessa unidade da federação. A sede do governo potiguar está estabelecida no Palácio de Despachos de Lagoa Nova.
Infraestrutura de Natal
Os domicílios de Natal estão todos na zona urbana do município, conforme aponta o último censo do IBGE, realizado em 2010. Essa pesquisa mostra que:
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aproximadamente 62% dessas unidades possuíam acesso a esgotamento sanitário adequado;
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enquanto a rede de água municipal (ou rede geral) atendia a 98,3% das residências;
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o acesso à energia elétrica é ainda mais abrangente, com cobertura de 99,8%.
Um importante aspecto da qualidade de vida em uma cidade está atrelado à arborização das vias públicas. O IBGE mostra que, em 2010, 44,7% dos domicílios estavam localizados em áreas arborizadas.
Internamente, os deslocamentos são realizados por meio dos veículos particulares, das linhas de ônibus e também dos trens urbanos. Natal se conecta com outras cidades e regiões do Brasil via rodovias estaduais e federais, algumas das quais cruzam o território nacional de norte a sul, como a BR-101, que passa pela capital potiguar.
É pelo Porto de Natal que ocorrem os escoamentos de mercadorias, em direção ao exterior principalmente, além do transporte de passageiros. A cidade abriga também o Aeroporto de Natal, que se destaca na região Nordeste pela capacidade de transporte de cargas, sendo, além disso, um dos mais importantes do estado.
Cultura de Natal
Natal é uma cidade muito rica em símbolos, tradições e manifestações culturais. Algumas das danças típicas da cultura natalense — Congos de Calçola e o Boi de Reis — foram tombadas como patrimônio imaterial. Recebeu esse status também a Associação de Danças Antigas e Semidesaparecidas Araruna, fundada em 1956 e essencial para a manutenção da memória e de uma parte importante da cultura da capital potiguar.
As ruas e a paisagem urbana de Natal recontam a história da cidade, e muitas das estruturas se tornaram pontos turísticos da capital. A Fortaleza dos Reis Magos e todo o centro histórico de Natal são algumas delas. A cidade foi o local escolhido para a construção da primeira base de lançamentos de foguetes da América do Sul, conhecida como Barreira do Inferno.
O primeiro lançamento ocorreu na década de 1960, e hoje o local funciona como base da Força Aérea Brasileira e como ponto de visitação turística. Entre as paisagens naturais, destacam-se o Parque das Dunas, as piscinas naturais de Maracajaú e as inúmeras praias do litoral natalense.
História de Natal
A história de Natal começa com a Fortaleza dos Reis Magos, cuja construção teve início no ano de 1598. Ela surgiu como uma estrutura de defesa para o território que, embora fosse de Portugal, estivera sob domínio francês em momentos anteriores.
Algumas décadas antes, em 1535, os portugueses haviam tentado se estabelecer na região, mas não haviam tido sucesso uma vez que já se encontravam no local os franceses, os quais haviam se aliado aos indígenas potiguares. Com a construção do forte, os colonizadores reclamaram suas terras e deram início ao seu povoamento.
Os franceses, no entanto, não foram os únicos a promoverem uma invasão na área. Alguns anos após a fundação da cidade, que se deu às margens do seu principal rio, o Potengi, em 25 de dezembro de 1599, os holandeses adentraram na região em 1633 e renomearam a cidade para Nova Amsterdã.
A capital potiguar chegou ao início do século XX com mais de 16 mil habitantes, e foi a partir da década de 1920 que o seu crescimento e processo de urbanização se intensificou. A Primeira Guerra Mundial marcou a história da cidade, uma vez que foi utilizada como base para os estadunidenses. Com o passar do tempo, as transformações em seu núcleo urbano se aceleraram. Hoje Natal é a maior cidade do Rio Grande do Norte e uma das principais da região Nordeste.
Crédito da imagem
[1] Bernardo Emanuelle / Shutterstock
Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia