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Belém

Belém é a capital do estado do Pará, que fica na Região Norte do Brasil. Está situada em uma região estuarina do litoral paraense, com fácil acesso ao Rio Amazonas.

Bandeira da cidade de Belém, capital do estado do Pará.
Bandeira da cidade de Belém, capital do estado do Pará.
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Belém é a capital do estado do Pará, no litoral norte do Brasil. Trata-se de uma das cidades mais importantes dessa região, estando situada em uma posição estratégica do território. Está inserida no bioma amazônico, possui clima tropical úmido e um relevo predominantemente plano. A cidade possui atualmente 1,49 milhão de habitantes, sendo, além de populosa, densamente povoada. Dispõe de uma rica tradição cultural e diversos atrativos turísticos que tornam essa atividade de elevada importância para sua economia, centrada no setor terciário.

Leia também: Quais são as capitais dos estados brasileiros?

Tópicos deste artigo

Resumo

  • Belém é a capital do estado do Pará, na Região Norte do Brasil.

  • Fica na região estuarina do litoral paraense, com saída para a Baía de Guajará a oeste e limitada ao sul pelo Rio Guamá.

  • Integra a Região Metropolitana de Belém, formada ao todo por sete municípios.

  • Apresenta clima tropical úmido e relevo composto por feições planas e suavemente onduladas, estando situada no domínio de planícies.

  • Está inserida no bioma Amazônia e também no sistema costeiro-marinho brasileiro.

  • Conta com 1,49 milhão de habitantes, sendo uma das cidades mais populosas do Brasil e a mais populosa do estado do Pará.

  • Trata-se da principal economia do estado, liderada pelo setor terciário. Destaca-se a importância do turismo para a cidade, como o turismo religioso por meio do Círio de Nazaré, por exemplo. O extrativismo vegetal constitui também outra atividade relevante para a economia belenense, além das indústrias metalúrgica, moveleira, alimentícia e naval.

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Dados gerais de Belém

  • Gentílico: belenense.

  • Localização: Região Norte.

  • País: Brasil.

  • Unidade federativa: Pará.

  • Região intermediária[1]: Belém.

  • Região imediata[1]: Belém.

  • Região metropolitana: Região Metropolitana de Belém. Formada pelos municípios de: Belém, Ananindeua, Benevides, Castanhal, Marituba, Santa Bárbara do Pará e Santa Izabel do Pará.

  • Municípios limítrofes: Santo Antônio do Tauá, Santa Bárbara do Pará, Benevides, Ananindeua, Barcarena.

  • Geografia:

    • Área total: 1.059,466 km² (IBGE, 2020).
    • População total: 1.499.641 habitantes (IBGE, 2020).
    • Densidade: 1.315,26 hab./km² (IBGE, 2010).
    • Clima: tropical úmido.
    • Altitude: 4 metros.
    • Fuso horário: GMT -3 horas.
  • Histórico:

    • Fundação: 12 de janeiro de 1616.

Geografia de Belém

Belém é um município brasileiro situado na Região Norte do país, mais precisamente na unidade federativa do Pará. Trata-se da capital do estado, visto que é onde se localiza a sede do governo paraense. Possui saída para o Oceano Atlântico por meio da Baía do Guajará a oeste, sendo banhada ainda pelo Rio Guamá ao sul. A Ilha de Marajó se encontra situada a noroeste, ao passo que Belém se limita com os seguintes municípios:

  • Santo Antônio do Tauá, a nordeste;

  • Santa Bárbara do Pará, a leste;

  • Ananindeua e Benevides, a sudeste;

  • Acará, ao sul;

  • Barcarena, a sudoeste.

A cidade de Belém é categorizada como uma metrópole, formando assim a Região Metropolitana de Belém, que é composta por sete municípios.

Vista de parte da zona portuária de Belém, no Pará. [1]
Vista de parte da zona portuária de Belém, no Pará. [1]
  • Clima de Belém

O clima da cidade de Belém é predominantemente tropical úmido, que tem como principal característica as elevadas temperaturas durante todo o ano. As médias variam entre 26 ºC e 28 ºC, com máximas que podem atingir até 38 ºC e mínimas em torno de 20 ºC. As chuvas se concentram entre janeiro e março, enquanto o período seco corresponde aos meses de outubro e novembro. Registra-se anualmente um volume de chuvas superior a 3.000 mm.

  • Relevo de Belém

Belém pertence ao domínio das planícies e terras baixas amazônicas, conforme a classificação de relevo de Aziz Ab’Sáber. O relevo urbano é formado por feições planas e suavemente onduladas, com baixa amplitude altimétrica. O ponto mais elevado fica a 25 metros acima do nível do mar, na Ilha de Mosqueiro. Próximo ao curso dos rios e à saída para a Baía de Guajará, observam-se áreas de baixadas, com altitude de até 4 metros.

  • Vegetação de Belém

A cobertura vegetal de Belém é característica do bioma amazônico e também do sistema costeiro-marinho, ao qual pertence. Dessa forma, são encontradas formações como mangues e florestas de várzea nas áreas rebaixadas alagadas e próximas do curso dos rios. Remanescentes de florestas acontecem nas áreas insulares do município, e formações secundárias, como matas e campinas, são predominantes nas demais regiões.

  • Hidrografia de Belém

Belém fica em uma região estuarina, banhada pelas águas da Baía do Guajará e pelo Rio Guamá. Sua área urbana é densamente drenada por uma rede composta por rios, riachos e igarapés, os quais formam um total de 14 bacias hidrográficas, sendo a maior delas a Bacia do Una. Destaca-se ainda o Rio Maguari, que corre ao norte e percorre diversas cidades vizinhas.

Além disso, Belém é composta por quatro ilhas:

  • Caratateua;

  • Cotijuba;

  • Mosqueiro;

  • Combu.

Leia também: Manaus — dados gerais da capital do estado do Amazonas

Mapa de Belém

Mapa com localização da cidade de Belém, no litoral paraense.
Mapa com localização da cidade de Belém, no litoral paraense.

Demografia de Belém

A população de Belém é atualmente de 1.499.641 habitantes, de acordo com o IBGE. É o maior contingente do estado do Pará, reunindo 17,25% da população do estado. Belém se encontra também entre as cidades mais populosas do Brasil, ficando na 11ª colocação entre as capitais estaduais. Além de populoso, o município é também densamente povoado. Isso quer dizer que há elevada concentração de habitantes por área. Os dados do censo do IBGE de 2010 indicam uma distribuição de 1.315,26 hab./km², segunda maior do Pará.

Uma parcela de 99,1% dos belenenses vive nas áreas urbanizadas da capital. De acordo com o último censo, cerca de 12 mil pessoas habitavam a zona rural de Belém. As faixas etárias que se encontram no intervalo de 20 a 29 anos são aquelas que concentram o maior número de pessoas, caracterizando assim uma população jovem. Além do mais, grande parte dos belenenses se autodeclara parda (64,19%). Os brancos perfazem 27,27% da população, os negros são 7,57%, enquanto os indígenas e amarelos são a minoria numérica, respectivamente 0,16% e 0,81%.

Ainda segundo o IBGE, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Belém é de 0,746, o maior do Pará.

Divisão geográfica de Belém

A cidade de Belém está dividida em 71 bairros, os quais compõem oito Distritos Administrativos (DA). São eles:

  • Mosquiteiro (DAMOS);

  • Outeiro (DAOUT);

  • Icoaraci (DAICO);

  • Benguí (DABEN);

  • Entroncamento (DAENT);

  • Sacramenta (DASAC);

  • Belém (DABEL);

  • Guamá (DAGUA).

Economia de Belém

O Produto Interno Bruto (PIB) da capital paraense é de R$ 31,48 bilhões, valor equivalente a 16,5% do PIB do Pará, sendo assim a sua maior economia municipal. Levando em consideração todas as cidades brasileiras, Belém fica na 27ª colocação.

O setor terciário, que agrega as atividades de comércio, prestação de serviços e finanças, é aquele que responde pela maior parcela do PIB belenense. Sua participação é de aproximadamente 67%. Entre as atividades desse setor, destacam-se aquelas ligadas ao turismo, o que inclui o turismo religioso, em função do Círio de Nazaré, histórico e também o ecoturismo, uma vez que Belém está situada na Amazônia brasileira.

Vista do famoso Mercado Ver-o-Peso e barcos na Baía de Guajará, em Belém do Pará.
O prédio azul na lateral direita da imagem corresponde ao tradicional Mercado Ver-o-Peso de Belém, PA. [2]

A indústria representa 14,24% do PIB municipal, conforme os dados do IBGE. Têm maior peso para a economia belenense os ramos alimentício, metalúrgico, moveleiro, químico, pesqueiro e naval. Conforme aponta a prefeitura de Belém, a cidade, em conjunto com Barcarena, forma o segundo maior parque industrial da Amazônia.

Assim, parte da atividade industrial depende do extrativismo vegetal e também animal. Do primeiro, destacam-se a madeira e o açaí. Além disso, voltando-nos ao setor primário, esse é responsável por grande parte das exportações realizadas pela cidade. A cesta de produtos é formada por madeira, peixes e crustáceos, coco, castanha-do-pará, frutas, couros e peles. Em termos de PIB, a agropecuária responde por 0,26%.

Leia também: Concentração e desconcentração industrial no Brasil

Governo de Belém

O governo belenense constitui uma democracia representativa. O prefeito é o chefe do Poder Executivo, e os 35 vereadores compõem a Câmara Legislativa do município. Aqueles que ocupam tais cargos são eleitos periodicamente pela população, a cada quatro anos, mediante pleitos municipais. Além disso, Belém, como capital do estado do Pará, abriga a sede do governo estadual. As funções administrativas são executadas no Palácio do Governo.

Infraestrutura de Belém

A maioria dos domicílios belenenses se encontra em sua área urbana, dependendo, dessa forma, do atendimento da rede de infraestrutura. De acordo com os dados do IBGE (2010), 67,9% dos domicílios de Belém possuíam acesso ao esgotamento sanitário adequado. Os dados oficiais divulgados no Anuário Estatístico de Belém apontam que, em 2018, 201.485 pessoas eram atendidas pelas redes de esgoto do município, ao passo que o abastecimento de água por meio da rede pública atendia 1.044.423 habitantes. Além disso, a maior parte dos domicílios em área urbana possuía acesso à energia elétrica.

Os deslocamentos internos e intermunicipais são realizados, além dos veículos particulares, pelas frotas de ônibus e por meio das balsas, que promovem o transporte por via aquática. Destaca-se ainda a presença do Porto de Belém, administrado pela Companhia de Docas do Pará e por onde se dá, além do transporte de passageiros, o escoamento de cargas.

O transporte ferroviário tem atualmente a expectativa de ser ampliado com a Ferrovia Pará, um investimento realizado em conjunto com a China. As conexões são feitas também por meio das rodovias federais e estaduais, que interconectam a cidade às demais regiões do país, e pelos aeroportos, entre os quais se encontra o Aeroporto Internacional de Belém.

Cultura de Belém

A cultura belenense é bastante rica e possui suas raízes nas tradições indígenas, africanas, portuguesas e dos imigrantes que se deslocaram para aquela região. Algumas das manifestações culturais encontradas e realizadas na cidade expressam o folclore amazônico e destacam as riquezas naturais daquele bioma, sobretudo o artesanato, as danças e celebrações e a gastronomia.

Forte do Castelo em Belém, no Pará.
Forte do Castelo em Belém, no Pará.

Uma das celebrações mais tradicionais da cidade tem cunho religioso e atrai turistas do Brasil todo, que é o Círio de Nazaré. O calendário festivo conta também com as festas juninas e o bumba meu boi, o Carnaval e as quermesses. O fato de Belém representar uma via de acesso à Amazônia brasileira atrai uma grande diversidade de turistas, que se aproveitam também dos monumentos históricos e locais, como a Estação das Docas, o Mercado Ver-o-Peso, o Forte do Presépio (ou Forte do Castelo), o Theatro da Paz e o Mangal das Graças, entre diversos outros pontos tradicionais de visitação.

História de Belém

A história de Belém começou a partir do Forte do Presépio, conhecido hoje como Forte do Castelo, tendo sido fundada em 12 de janeiro de 1616 por Francisco Caldeira Castelo Branco. Foi assim, a partir da Baía do Guajará, que teve início o povoamento de Feliz Lusitânia, nome que recebeu à época. Um pouco depois, passou a ser chamada Santa Maria de Belém do Pará. Como sendo uma área estratégica para a entrada e potencial dominação sobre a região amazônica, foi alvo de outras expedições estrangeiras, com destaque para os holandeses e para os franceses, que não obtiveram sucesso.

A partir de meados do século XVII, intensificou-se o processo de arruamento e expansão do espaço urbano da atual Belém. Além da então cidade, que hoje é conhecida como o bairro de Cidade Velha, a chegada das famílias açorianas no ano de 1676 deu origem à abertura de novas ruas e a uma nova área, denominada como Campina.

A cidade experimentou um grande crescimento a partir do século XVIII, com a nomeação do irmão de Marquês de Pombal para o cargo de governador do então estado do Maranhão e Grão-Pará. Além do incremento populacional que ocorreu à época, Belém se tornou um dos centros administrativos e econômicos da província, sendo elevada à categoria de cidade. Com a criação do estado do Grão-Pará, a cidade se tornou a sua capital em 1774.

O ciclo da borracha do século XIX foi um momento bastante próspero para Belém, que viu seu espaço urbano ser incrementado, além de grande crescimento populacional pela chegada de correntes de imigrantes brasileiros e estrangeiros. Na transição para o século XX, a capital passou por um intenso processo de modernização e instrumentalização urbana, que arrefeceu com o declínio da borracha brasileira. Novos ciclos de expansão e verticalização surgiram, e hoje Belém representa uma das cidades mais importantes não só do Pará, como da Região Norte do país.

Créditos das imagens

[1] evgenii Bakhvalov / Shutterstock.com

[2] Arnika Ganten / Shutterstock.com

 

Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Paloma Guitarrara Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Geografia na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial também pela UNICAMP. Atuo como professora de Geografia e Atualidades e redatora de textos didáticos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

GUITARRARA, Paloma. "Belém"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/belem.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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