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Clostridium botulinum é um bacilo gram-positivo que apresenta capacidade de formar esporos e destaca-se por produzir uma neurotoxina poderosa. A toxina produzida pela bactéria é responsável por desencadear uma doença chamada botulismo, a qual provoca a paralisia de músculos e pode ser fatal.
O botulismo pode ser classificado em quatro formas: botulismo alimentar, intestinal, por ferimentos e infantil. A toxina botulínica, apesar de estar relacionada com uma doença grave, apresenta uso terapêutico e até mesmo estético.
Leia também: Doenças causadas por bactérias
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre Clostridium botulinum
- 2 - O que é Clostridium botulinum?
- 3 - Onde vive a Clostridium botulinum?
- 4 - Clostridium botulinum e botulismo
- 5 - Usos da toxina botulínica
Resumo sobre Clostridium botulinum
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Clostridium botulinum é uma bactéria gram-positiva que forma esporos e possui formato de bastonete (bacilo).
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Clostridium botulinum produz uma toxina poderosa que pode ser letal.
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O botulismo pode ser fatal e é tratado com o uso de soro antibotulínico e antibióticos.
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O botulismo provoca a morte, principalmente por insuficiência respiratória.
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A toxina botulínica apresenta uso terapêutico e também estético.
O que é Clostridium botulinum?
Clostridium botulinum é o nome científico de uma bactéria conhecida, principalmente, por produzir uma toxina responsável por provocar botulismo. Trata-se de um bacilo gram-positivo que produz esporos e se desenvolve em meio anaeróbio, ou seja, sem a presença de oxigênio.
A bactéria Clostridium botulinum produz uma neurotoxina extremamente poderosa. Para se ter uma ideia da letalidade dessa toxina, apenas um grama de toxina botulínica é capaz de matar 30 milhões de camundongos. Atualmente, são reconhecidos oito grupos diferentes de toxinas botulínicas, sendo estes designados pelas letras A, B, C1, C2, D, E, F e G.
Onde vive a Clostridium botulinum?
A bactéria é encontrada frequentemente no solo, em vegetais, como verduras e frutas, em sedimentos aquáticos e em fezes humanas. Os esporos produzidos pelo Clostridium botulinum são bastante resistentes, destacando-se por serem capazes de sobreviver por mais de 30 anos em meio líquido. Além disso, toleram temperaturas de 100 °C por horas.
Veja também: Intoxicação alimentar — causas, sintomas e como prevenir esse problema de saúde
Clostridium botulinum e botulismo
Botulismo é uma doença causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Trata-se de uma doença neuroparalítica grave que pode ser letal se o tratamento adequado não for realizado de maneira adequada e rapidamente.
O botulismo não é uma doença contagiosa e pode ser classificada em quatro formas:
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botulismo alimentar;
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botulismo intestinal;
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botulismo por ferimentos;
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botulismo infantil.
→ Como ocorre a contaminação por Clostridium botulinum?
No caso do botulismo alimentar, a doença é adquirida quando o indivíduo ingere a toxina da bactéria em alimentos contaminados e que foram produzidos ou conservados de forma imprópria. Dentre os alimentos mais relacionados com o problema, segundo o Ministério da Saúde, temos as conservas vegetais; produtos cárneos cozidos, curados e defumados artesanalmente; pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijo; e, ocasionalmente, alimentos enlatados industrializados.
No que diz respeito à forma intestinal, a transmissão acontece quando o paciente ingere os esporos presentes no alimento e o agente se fixa e se multiplica no intestino do indivíduo. Nesse local, será produzida e absorvida a toxina botulínica.
No botulismo por ferimentos, uma das formas mais raras de botulismo, a transmissão ocorre quando a bactéria contamina lesões, como úlceras crônicas com tecido necrótico, fissuras e ferimentos profundos em áreas mal vascularizadas.
Há ainda o botulismo infantil, que se trata de uma forma de ocorrência intestinal e que apresenta como principal causa a ingestão de mel de abelha nas primeiras semanas do desenvolvimento da criança.
→ Tratamento do botulismo
O botulismo, como salientado anteriormente, é uma doença grave, por isso é importante destacar que a notificação do botulismo aos órgãos de saúde responsáveis é compulsória, ou seja, deve ser feita em até 24 horas, a fim de que ajam rapidamente para evitar a ocorrência dessa doença em outras pessoas.
A doença causa a morte do indivíduo devido ao fato de que a toxina botulínica acomete o controle motor do indivíduo. A morte, geralmente, ocorre em consequência de uma insuficiência respiratória provocada pela paralisia dos músculos respiratórios. O tratamento do botulismo deve ser feito em UTI e baseia-se no uso do soro antibotulínico, antibióticos e medidas de suporte ao paciente.
Saiba mais: O que é Botox®?
Usos da toxina botulínica
A bactéria Clostridium botulinum produz uma toxina que é conhecida por provocar a doença denominada botulismo. No botulismo, a toxina provoca paralisia grave, entretanto, se administrada em pequenas quantidades, pode ser usada para fins estéticos e também terapêuticos.
No caso de tratamentos estéticos, o uso da toxina botulínica visa, principalmente, a amenizar as linhas de expressão e rugas profundas, bem como reposicionar as sobrancelhas. Nesse caso, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o tratamento envolve injeção em quantidades muito pequenas nos músculos subjacentes para imobilizá-los.
A toxina também pode ser utilizada no tratamento de transpiração excessiva, bruxismo, estrabismo e blefarospasmo. É importante destacar que, segundo o Ministério da Saúde, apesar de raros, há casos de botulismo acidental associado ao uso estético ou terapêutico da toxina botulínica.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia