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Clostridium botulinum

Clostridium botulinum é uma bactéria que produz uma toxina poderosa capaz de provocar paralisia nos músculos, causando uma doença conhecida como botulismo.

Ilustração da bactéria Clostridium botulinum em formato de bastonetes.
Clostridium botulinum é um bacilo produtor de esporos que produz uma toxina poderosa.
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Clostridium botulinum é um bacilo gram-positivo que apresenta capacidade de formar esporos e destaca-se por produzir uma neurotoxina poderosa. A toxina produzida pela bactéria é responsável por desencadear uma doença chamada botulismo, a qual provoca a paralisia de músculos e pode ser fatal.

O botulismo pode ser classificado em quatro formas: botulismo alimentar, intestinal, por ferimentos e infantil. A toxina botulínica, apesar de estar relacionada com uma doença grave, apresenta uso terapêutico e até mesmo estético.

Leia também: Doenças causadas por bactérias

Tópicos deste artigo

Resumo sobre Clostridium botulinum

  • Clostridium botulinum é uma bactéria gram-positiva que forma esporos e possui formato de bastonete (bacilo).

  • Clostridium botulinum produz uma toxina poderosa que pode ser letal.

  • O botulismo pode ser fatal e é tratado com o uso de soro antibotulínico e antibióticos.

  • O botulismo provoca a morte, principalmente por insuficiência respiratória.

  • A toxina botulínica apresenta uso terapêutico e também estético.

O que é Clostridium botulinum?

Clostridium botulinum é o nome científico de uma bactéria conhecida, principalmente, por produzir uma toxina responsável por provocar botulismo. Trata-se de um bacilo gram-positivo que produz esporos e se desenvolve em meio anaeróbio, ou seja, sem a presença de oxigênio.

A bactéria Clostridium botulinum produz uma neurotoxina extremamente poderosa. Para se ter uma ideia da letalidade dessa toxina, apenas um grama de toxina botulínica é capaz de matar 30 milhões de camundongos. Atualmente, são reconhecidos oito grupos diferentes de toxinas botulínicas, sendo estes designados pelas letras A, B, C1, C2, D, E, F e G.

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Onde vive a Clostridium botulinum?

A bactéria é encontrada frequentemente no solo, em vegetais, como verduras e frutas, em sedimentos aquáticos e em fezes humanas. Os esporos produzidos pelo Clostridium botulinum são bastante resistentes, destacando-se por serem capazes de sobreviver por mais de 30 anos em meio líquido. Além disso, toleram temperaturas de 100 °C por horas.

Veja também: Intoxicação alimentar — causas, sintomas e como prevenir esse problema de saúde

Clostridium botulinum e botulismo

Botulismo é uma doença causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Trata-se de uma doença neuroparalítica grave que pode ser letal se o tratamento adequado não for realizado de maneira adequada e rapidamente.

O botulismo não é uma doença contagiosa e pode ser classificada em quatro formas:

  • botulismo alimentar;

  • botulismo intestinal;

  • botulismo por ferimentos;

  • botulismo infantil.

Como ocorre a contaminação por Clostridium botulinum?

No caso do botulismo alimentar, a doença é adquirida quando o indivíduo ingere a toxina da bactéria em alimentos contaminados e que foram produzidos ou conservados de forma imprópria. Dentre os alimentos mais relacionados com o problema, segundo o Ministério da Saúde, temos as conservas vegetais; produtos cárneos cozidos, curados e defumados artesanalmente; pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijo; e, ocasionalmente, alimentos enlatados industrializados.

No que diz respeito à forma intestinal, a transmissão acontece quando o paciente ingere os esporos presentes no alimento e o agente se fixa e se multiplica no intestino do indivíduo. Nesse local, será produzida e absorvida a toxina botulínica.

No botulismo por ferimentos, uma das formas mais raras de botulismo, a transmissão ocorre quando a bactéria contamina lesões, como úlceras crônicas com tecido necrótico, fissuras e ferimentos profundos em áreas mal vascularizadas.

Há ainda o botulismo infantil, que se trata de uma forma de ocorrência intestinal e que apresenta como principal causa a ingestão de mel de abelha nas primeiras semanas do desenvolvimento da criança.

Tratamento do botulismo

O botulismo, como salientado anteriormente, é uma doença grave, por isso é importante destacar que a notificação do botulismo aos órgãos de saúde responsáveis é compulsória, ou seja, deve ser feita em até 24 horas, a fim de que ajam rapidamente para evitar a ocorrência dessa doença em outras pessoas.

A doença causa a morte do indivíduo devido ao fato de que a toxina botulínica acomete o controle motor do indivíduo. A morte, geralmente, ocorre em consequência de uma insuficiência respiratória provocada pela paralisia dos músculos respiratórios. O tratamento do botulismo deve ser feito em UTI e baseia-se no uso do soro antibotulínico, antibióticos e medidas de suporte ao paciente.

Saiba mais: O que é Botox®?

Usos da toxina botulínica

Frasco de toxina botulínica, que é produzida pela bactéria Clostridium botulinum, e seringa de aplicação.
A toxina botulínica pode ser usada para fins estéticos e também terapêuticos, como no tratamento do bruxismo.

A bactéria Clostridium botulinum produz uma toxina que é conhecida por provocar a doença denominada botulismo. No botulismo, a toxina provoca paralisia grave, entretanto, se administrada em pequenas quantidades, pode ser usada para fins estéticos e também terapêuticos.

No caso de tratamentos estéticos, o uso da toxina botulínica visa, principalmente, a amenizar as linhas de expressão e rugas profundas, bem como reposicionar as sobrancelhas. Nesse caso, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o tratamento envolve injeção em quantidades muito pequenas nos músculos subjacentes para imobilizá-los.

A toxina também pode ser utilizada no tratamento de transpiração excessiva, bruxismo, estrabismo e blefarospasmo. É importante destacar que, segundo o Ministério da Saúde, apesar de raros, há casos de botulismo acidental associado ao uso estético ou terapêutico da toxina botulínica.


Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Clostridium botulinum"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/clostridium-botulinum.htm. Acesso em 27 de abril de 2024.

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