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Aranha-marrom é o nome dado a diferentes espécies de aranha pertencentes ao gênero Loxosceles. Trata-se de aranhas pequenas, com corpo marrom e que possuem um veneno poderoso, conhecido, principalmente, por seus efeitos necróticos. O envenenamento por aranha-marrom é chamado de loxoscelismo.
O loxoscelismo pode se manifestar de duas formas: cutânea e cutânea-visceral. Essa última é uma forma grave de envenenamento, que pode até mesmo levar o indivíduo à morte. De maneira geral, o tratamento inclui a limpeza do local da picada, administração de analgésicos e uso de compressas frias. A depender da gravidade do caso, recomenda-se o uso de soro antiloxoscélico e até mesmo transfusão sanguínea.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre aranha-marrom
- 2 - Características da aranha-marrom
- 3 - A picada da aranha-marrom é venenosa?
- 4 - Tratamento dos acidentes com aranha-marrom
Resumo sobre aranha-marrom
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A aranha-marrom pertence ao gênero Loxosceles.
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É uma aranha pequena que apresenta corpo marrom e seis olhos.
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Não são aranhas agressivas e são mais ativas durante a noite.
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O veneno da aranha-marrom pode provocar lesões de pele necrotizantes.
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O envenenamento por aranha-marrom é chamado de loxoscelismo, o qual pode se manifestar de forma cutânea ou cutâneo-visceral.
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A forma cutânea destaca-se como a menos grave.
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A forma cutâneo-visceral pode levar o paciente à morte.
Características da aranha-marrom
Aranhas-marrons são aranhas pertencentes ao gênero Loxosceles. Trata-se de aranhas encontradas em todo o território mundial e que são bastante relevantes para a saúde pública. Em todo o mundo, são conhecidas 134 espécies de aranhas-marrons, sendo 18 delas observadas no Brasil.
Essas aranhas são relativamente pequenas, podendo medir cerca de 1 a 3 centímetros de comprimento. Um fato curioso é que, diferentemente das demais aranhas, elas possuem apenas seis olhos, os quais estão dispostos em três pares.
Apresentam corpo com coloração marrom, sendo possível observar variações em suas tonalidades, indo desde colorações mais claras até mais escuras. Na região do cefalotórax, é possível observar o desenho de um violino, o qual pode não ser perceptível a depender da tonalidade da aranha.
As aranhas-marrons têm grande capacidade de colonizar áreas urbanas, motivo pelo qual os acidentes ocorrem com certa frequência. São animais mais ativos durante a noite e são atraídos por regiões escuras e secas. Eles podem ser encontradas, por exemplo, em buracos de árvores, sob rochas, em fendas de barrancos e até mesmo em frestas de paredes e atrás de quadros e móveis. Suas teias não formam padrões regulares, parecendo-se com fios de algodão.
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A picada da aranha-marrom é venenosa?
As aranhas-marrons são conhecidas como uma das aranhas mais perigosas do mundo, sendo responsáveis por acidentes graves em seres humanos e outros animais. Apesar disso, são consideradas aranhas pouco agressivas, estando a picada relacionada, geralmente, com momentos em que a aranha é pressionada contra o corpo da vítima. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando uma pessoa calça um sapato fechado onde a aranha se encontra ou se deitando sobre ela.
O veneno da aranha-marrom é potente e pode provocar necrose. O principal componente necrotizante desse veneno é a chamada esfingomielinase-D. Além de estar relacionada com a lesão necrótica, a esfingomielinase-D favorece a formação de trombos que podem provocar problemas na irrigação sanguínea.
A picada da aranha-marrom, em geral, causa pouca dor, e, por isso, raramente o paciente procura ajuda médica nas primeiras horas após o acidente. O envenenamento por aranha-marrom é chamado de loxoscelismo e pode se manifestar de duas formas:
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Loxoscelismo cutâneo
O loxoscelismo cutâneo destaca-se como a forma mais comum de envenenamento por aranha-marrom. Essa manifestação é também menos grave. O veneno da aranha pode provocar, após cerca de seis a oito horas da picada, sintomas como inchaço, queimação, coceira e vermelhidão. Com o passar do tempo, podem surgir bolhas no local. Posteriormente, surge uma necrose na região central da ferida, a qual desaparece e dá origem a uma lesão ulcerada, que se caracteriza por possuir difícil cicatrização. Infecções secundárias podem ocorrer como uma complicação desse quadro.
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Loxoscelismo cutâneo-visceral
O loxoscelismo cutâneo-visceral é uma manifestação mais grave, podendo até mesmo levar o paciente à morte. Entre os problemas que podem ocorrer nessa forma de envenenamento destacam-se a anemia, icterícia, insuficiência renal, coagulação intravascular, náusea, tontura e morte. Febres, convulsões, dores musculares, mudanças sensoriais e choque também podem ocorrer em pacientes com loxoscelismo cutâneo-visceral.
Tratamento dos acidentes com aranha-marrom
O tratamento da picada da aranha-marrom baseia-se no suporte ao paciente, sendo indicada analgesia, utilização de compressa fria no local da picada, limpeza do local e repouso. A hidratação também é importante para evitar danos renais.
Pode ser administrado ainda o soro antiloxoscélico, que é utilizado apenas em casos graves e moderados. Vale destacar que em caso de infecções secundárias, faz-se necessário o uso de antibióticos, e em caso de anemia, a realização de transfusão sanguínea deve ser considerada.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia