Notificações
Você não tem notificações no momento.
Novo canal do Brasil Escola no
WhatsApp!
Siga agora!
Whatsapp icon Whatsapp
Copy icon

Aranha-marrom

Aranha-marrom é o nome dado a aranhas do gênero Loxosceles. Essa espécie é pequena, possui hábitos noturnos e é considerada pouco agressiva.

Vista aproximada de uma aranha-marrom, que possui um veneno poderoso, em fundo branco.
A aranha-marrom é uma aranha pequena, porém com um veneno muito poderoso.
Imprimir
Texto:
A+
A-
Ouça o texto abaixo!

PUBLICIDADE

Aranha-marrom é o nome dado a diferentes espécies de aranha pertencentes ao gênero Loxosceles. Trata-se de aranhas pequenas, com corpo marrom e que possuem um veneno poderoso, conhecido, principalmente, por seus efeitos necróticos. O envenenamento por aranha-marrom é chamado de loxoscelismo.

O loxoscelismo pode se manifestar de duas formas: cutânea e cutânea-visceral. Essa última é uma forma grave de envenenamento, que pode até mesmo levar o indivíduo à morte. De maneira geral, o tratamento inclui a limpeza do local da picada, administração de analgésicos e uso de compressas frias. A depender da gravidade do caso, recomenda-se o uso de soro antiloxoscélico e até mesmo transfusão sanguínea.

Leia também: Sucuri — serpente não venenosa que mata suas presas por constrição

Tópicos deste artigo

Resumo sobre aranha-marrom

  • A aranha-marrom pertence ao gênero Loxosceles.

  • É uma aranha pequena que apresenta corpo marrom e seis olhos.

  • Não são aranhas agressivas e são mais ativas durante a noite.

  • O veneno da aranha-marrom pode provocar lesões de pele necrotizantes.

  • O envenenamento por aranha-marrom é chamado de loxoscelismo, o qual pode se manifestar de forma cutânea ou cutâneo-visceral.

  • A forma cutânea destaca-se como a menos grave.

  • A forma cutâneo-visceral pode levar o paciente à morte.

Características da aranha-marrom

Aranhas-marrons são aranhas pertencentes ao gênero Loxosceles. Trata-se de aranhas encontradas em todo o território mundial e que são bastante relevantes para a saúde pública. Em todo o mundo, são conhecidas 134 espécies de aranhas-marrons, sendo 18 delas observadas no Brasil.

Essas aranhas são relativamente pequenas, podendo medir cerca de 1 a 3 centímetros de comprimento. Um fato curioso é que, diferentemente das demais aranhas, elas possuem apenas seis olhos, os quais estão dispostos em três pares.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Apresentam corpo com coloração marrom, sendo possível observar variações em suas tonalidades, indo desde colorações mais claras até mais escuras. Na região do cefalotórax, é possível observar o desenho de um violino, o qual pode não ser perceptível a depender da tonalidade da aranha.

As aranhas-marrons têm grande capacidade de colonizar áreas urbanas, motivo pelo qual os acidentes ocorrem com certa frequência. São animais mais ativos durante a noite e são atraídos por regiões escuras e secas. Eles podem ser encontradas, por exemplo, em buracos de árvores, sob rochas, em fendas de barrancos e até mesmo em frestas de paredes e atrás de quadros e móveis. Suas teias não formam padrões regulares, parecendo-se com fios de algodão.

Veja também: Aranha-armadeira — outra espécie de aranha venenosa

A picada da aranha-marrom é venenosa?

As aranhas-marrons são conhecidas como uma das aranhas mais perigosas do mundo, sendo responsáveis por acidentes graves em seres humanos e outros animais. Apesar disso, são consideradas aranhas pouco agressivas, estando a picada relacionada, geralmente, com momentos em que a aranha é pressionada contra o corpo da vítima. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando uma pessoa calça um sapato fechado onde a aranha se encontra ou se deitando sobre ela.

O veneno da aranha-marrom é potente e pode provocar necrose. O principal componente necrotizante desse veneno é a chamada esfingomielinase-D. Além de estar relacionada com a lesão necrótica, a esfingomielinase-D favorece a formação de trombos que podem provocar problemas na irrigação sanguínea.

Vista aproximada de uma aranha-marrom de tonalidade clara.
A aranha-marrom é uma das espécies mais perigosas do mundo, devido ao poderoso veneno de sua picada.

A picada da aranha-marrom, em geral, causa pouca dor, e, por isso, raramente o paciente procura ajuda médica nas primeiras horas após o acidente. O envenenamento por aranha-marrom é chamado de loxoscelismo e pode se manifestar de duas formas:

  • Loxoscelismo cutâneo

O loxoscelismo cutâneo destaca-se como a forma mais comum de envenenamento por aranha-marrom. Essa manifestação é também menos grave. O veneno da aranha pode provocar, após cerca de seis a oito horas da picada, sintomas como inchaço, queimação, coceira e vermelhidão. Com o passar do tempo, podem surgir bolhas no local. Posteriormente, surge uma necrose na região central da ferida, a qual desaparece e dá origem a uma lesão ulcerada, que se caracteriza por possuir difícil cicatrização. Infecções secundárias podem ocorrer como uma complicação desse quadro.

  • Loxoscelismo cutâneo-visceral

O loxoscelismo cutâneo-visceral é uma manifestação mais grave, podendo até mesmo levar o paciente à morte. Entre os problemas que podem ocorrer nessa forma de envenenamento destacam-se a anemia, icterícia, insuficiência renal, coagulação intravascular, náusea, tontura e morte. Febres, convulsões, dores musculares, mudanças sensoriais e choque também podem ocorrer em pacientes com loxoscelismo cutâneo-visceral.

Tratamento dos acidentes com aranha-marrom

O tratamento da picada da aranha-marrom baseia-se no suporte ao paciente, sendo indicada analgesia, utilização de compressa fria no local da picada, limpeza do local e repouso. A hidratação também é importante para evitar danos renais.

Pode ser administrado ainda o soro antiloxoscélico, que é utilizado apenas em casos graves e moderados. Vale destacar que em caso de infecções secundárias, faz-se necessário o uso de antibióticos, e em caso de anemia, a realização de transfusão sanguínea deve ser considerada.

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Aranha-marrom"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/animais/aranha-marrom.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

De estudante para estudante