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Autismo

O autismo é um problema de origem multifatorial que se caracteriza pela dificuldade de comunicação, socialização e de uso da imaginação.

Criança sentada de costas em alusão ao autismo.
O autismo é um problema do desenvolvimento humano que afeta as relações sociais.
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O autismo é um problema do desenvolvimento humano que foi descrito pela primeira vez pelo médico Leo Kanner em 1943. No trabalho de Kanner, foram estudados 11 casos de pessoas que apresentavam uma incapacidade de relacionar-se. Ele chamou esse problema de “distúrbios autísticos do contato afetivo”.

Em 1944, um médico chamado Hans Asperger realizou um trabalho que descrevia crianças bastante semelhantes às descritas no trabalho de Kanner, entretanto sua pesquisa demorou muito para ser conhecida, principalmente pelo fato de ter sido escrita em alemão. Atualmente, consideram-se Kanner e Asperger como os primeiros a identificar o autismo.

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O que é o autismo?

De acordo com a Associação de Amigos do Autista (AMA), o autismo é “um distúrbio do desenvolvimento que se caracteriza por alterações presentes desde idade muito precoce, tipicamente antes dos três anos de idade, com impacto múltiplo e variável em áreas nobres do desenvolvimento humano como as áreas de comunicação, interação social, aprendizado e capacidade de adaptação”. Considera-se o autismo como uma tríade de dificuldades: dificuldade de comunicação, socialização e de uso da imaginação, sendo a dificuldade de socialização o ponto crucial do autismo.

O que causa o autismo?

Por muito tempo, acreditou-se que o autismo fosse ocasionado pela falta de contato da mãe com o bebê, aceitando-se que a frieza ou rejeição da mãe era a causa do problema. Entretanto, hoje se sabe que isso não é uma verdade e que a etiologia do autismo é múltipla. Entre os fatores que podem determinar esse problema, podemos destacar alguns fatores genéticos, o uso de certos medicamentos e infecções durante a gestação.

O que pode caracterizar o autismo?

O autismo pode ser observado logo no início da vida do paciente, sendo comum a ocorrência de alterações em torno dos três anos de idade. Geralmente, os pais iniciam suas preocupações quando o paciente ainda não desenvolveu linguagem, por volta dos 12 meses aos 18 meses. Entre os sintomas que podem aparecer em autistas e que são sinais de alerta, podemos destacar:

  • Bebê não imita;

  • Bebê não gosta de colo;

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  • Movimentos repetitivos com as mãos ou com o corpo;

  • Manipulação de objetos repetidamente;

  • Hábito de morder-se, morder roupas ou puxar os cabelos;

  • Problemas de sono;

  • Recusa alimentar ou restrição a poucos alimentos;

  • Interesses intensos (hiperfoco);

  • Falta de contato ocular;

  • Falta de comunicação com gestos;

  • Deficit de linguagem e comunicação;

  • Dificuldade em participar de atividades em grupo;

  • Indiferença afetiva ou demonstrações inapropriadas de afeto;

  • Falta de empatia social ou emocional;

  • Epilepsia em quase 30% dos casos.

Vale salientar que as manifestações citadas são comuns, mas não significam que a presença delas é suficiente para o diagnóstico de autismo e nem que elas ocorram com a mesma intensidade em todas as pessoas. A dificuldade de comunicação, por exemplo, acontece em níveis variados, sendo que algumas crianças não desenvolvem essa habilidade.

O que é o autista de alto desempenho?

Muitas pessoas acreditam que os autistas sejam normalmente gênios da matemática e tenham grandes habilidades artísticas. Entretanto, essa não é sempre uma verdade. Existe uma pequena parcela dessas pessoas que são chamadas de autistas de alto desempenho e que apresentam uma grande capacidade de memória e habilidades impressionantes em matemática e artes. A razão para ocorrerem essas altas habilidades é ainda desconhecida.

Como é feito o diagnóstico do autismo?

Para diagnosticar o autismo, uma série de testes deve ser realizada, sendo o diagnóstico basicamente clínico. O médico deverá avaliar o desenvolvimento, as habilidades do paciente, a comunicação, entre outros fatores. Vale salientar que cada pessoa autista apresenta uma dificuldade e uma habilidade diferente da outra, portanto, é necessária uma análise por uma equipe multiprofissional.

Como proceder após o diagnóstico?

Como dito anteriormente, o autista apresenta dificuldades e habilidades que precisam ser exploradas. Uma equipe deverá atuar de maneira interdisciplinar de modo a conseguir o melhor desenvolvimento do indivíduo. Entre os profissionais que podem ajudar no acompanhamento do autista, podemos citar o psicólogo, psiquiatra, pediatra, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta.

Curiosidade: O autismo é quatro vezes mais frequente em pessoas do sexo masculino.

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Autismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/saude/autismo.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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