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O poliestireno (PS) é um polímero sintético de adição, que é formado pela adição sucessiva de monômeros do estireno, também chamado de vinil-benzeno, que é um líquido oleoso cujas moléculas são formadas por benzeno e etileno:
Esse polímero foi descoberto em 1839 e passou a ser produzido comercialmente em 1930. Ele possui muitas propriedades importantes como o fato de ser de baixo custo, possuir resistência a ácidos, álcalis (bases) e sais, além de ser um ótimo isolante térmico, elétrico e acústico.
Ele possui uma ampla gama de aplicações, visto que pode ser produzido com tratamentos diferentes e formar três tipos de poliestireno. Veja cada um:
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Poliestireno: Visto que possui vários anéis benzênicos nas suas cadeias poliméricas, ele possui uma aparência semelhante ao vidro, tendo em vista que esses anéis se atraem uns aos outros e tornam o plástico mais rígido. Esse empacotamento das cadeias faz com que ele fique transparente e com um alto índice de refração, ou seja, com o brilho parecido com o do vidro.
Aplicações: copos descartáveis usados para tomar água, pentes, escovas, embalagens de pós compactos e sombras, brinquedos, caixinhas de CDs e equipamentos de laboratório, tais como pipetas descartáveis, seringas, béqueres e funis de plásticos, bem como tubos de centrifugador, como os mostrados abaixo:
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Poliestireno de alto impacto: É produzido adicionando-se ao poliestireno 10% de polibutadieno ou de estirenobutadieno, tornando-se bastante resistente.
Aplicações: Utensílios domésticos rígidos, tais como pentes, cabides, bandejas, caixas de plástico organizadoras (mostradas abaixo), brinquedos, revestimentos de portas de geladeiras, potes de margarina, disjuntores e embalagens de pastas.
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Poliestireno expandido (isopor): Durante a reação de polimerização a quente, são adicionados certos gases que levam à sua expansão, formando o tão conhecido isopor. Antigamente, os gases usados nesse processo eram os CFCs (clorofluorcarbonetos), que são os principais gases destruidores da camada de ozônio (sobre isso leia o texto Como é destruída a camada de ozônio?).
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Felizmente, porém, esse problema foi resolvido, pois hoje se usa o pentano como gás para a expansão do poliestireno, não causando nenhum dano à camada de ozônio.
Aplicações: Visto que é bem leve, o poliestireno expandido é usado na forma de placas ou blocos na confecção de lajes, diminuindo o esforço sobre a estrutura e ajudando a economizar concreto. É usado dentro de embalagens para proteger equipamentos domésticos bem moldados no formato de tais equipamentos, o que diminui o custo com transporte. Como pode ser moldado, ele é usado em capacetes para proteção. Outras aplicações são: como isolante elétrico ou térmico em casas e edifícios, como recipiente para bebidas e comidas quentes, como caixas térmicas, entre outros.
O isopor foi também alvo de críticas porque ele contribuiu para o aumento da quantidade de lixo lançada no meio ambiente. Por exemplo, as embalagens citadas que vêm no formato do objeto que compramos não podem na maioria das vezes ser reaproveitadas depois. No entanto, esse problema também tem solução: o poliestireno pode ser reciclado e seu símbolo para reciclagem é mostrado abaixo:
Sua reciclagem produz canos e latas de lixo.
Outro ponto importante a ser abordado sobre o isopor é o seu uso em micro-ondas. Alguns afirmam que ele pode liberar substâncias tóxicas e cancerígenas, porém ainda não existe nenhuma confirmação sobre isso. Até o momento sabe-se que ele pode ser usado sem riscos por pouco tempo no micro-ondas, só para aquecer. Entretanto, para períodos maiores, é melhor usar outro tipo de embalagem, porque o isopor pode facilmente derreter, acabando com a bebida ou alimento, podendo causar queimaduras e danificar o aparelho.
Além disso, o isopor queima muito facilmente, derretendo e liberando uma fumaça preta que libera gás carbônico (CO2) para o ambiente. Muitas vezes isso é algo controlado pela adição ao isopor de aditivos capazes de retardar o fogo.
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química