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Na estereoisomeria, ou isomeria espacial, existe a isomeria óptica, que ocorre quando compostos são opticamente ativos, isto é, desviam o plano de luz polarizada.
Os isômeros que apresentam atividade óptica são chamados de enantiômeros, eles possuem três características principais:
- Sua molécula é assimétrica. Isso significa que se a dividirmos ao meio, as partes resultantes não serão iguais;
- Os enantiômeros são a imagem especular um do outro;
- Eles não são sobreponíveis, ou seja, se colocarmos uma molécula acima da outra, elas não ficarão iguais, a disposição de seus átomos ligantes será diferente.
Esses enantiômeros, cujas moléculas são assimétricas e não sobreponíveis, são chamados de moléculas quirais, pois a palavra “quiral” vem do grego cheiral que significa “mão”, pois as mãos são assimétricas e não sobreponíveis.
Além disso, se colocarmos a mão esquerda na frente do espelho, sua imagem será exatamente igual à mão direita e vice-versa. Ou seja, as mãos são iguais aos enantiômeros, no sentido de ser a imagem especular uma da outra.
Os enantiômeros diferem-se dos diastereoisômeros devido ao fato de que esses últimos não são a imagem do espelho um do outro. Tanto os enantiômeros, quanto os diastereoisômeros, são estereoisômeros ou isômeros espaciais.
Porém, os enantiômeros são considerados os mais importantes, principalmente no que se refere aos fenômenos bioquímicos. A atividade que cada enantiômero exerce no organismo é distinta de um para o outro.
Por exemplo, o hormônio adrenalina possui dois enantiômeros, o dextrogiro e o levogiro. O dextrogiro é muitas vezes menos ativo como hormônio do que o levogiro. A atuação da adrenalina levogira é importante porque ela atua como um potente vaso constritor e hipertensor, que apresenta um efeito pronunciado sobre o metabolismo, provoca o aumento da frequência cardíaca e da tensão arterial.
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química