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A Segunda Guerra Mundial foi o maior conflito já existente na história da humanidade e teve por volta de 60 milhões de mortos em seus seis anos de conflito (1939-1945). Essa guerra foi caracterizada pela aplicação da guerra total, ou seja, pela mobilização total dos recursos materiais e humanos das nações centrais envolvidas em sua manutenção. O saldo do conflito, além dos 60 milhões de mortos, foi também a destruição quase completa de alguns dos países envolvidos.
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Mapa Mental: Segunda Guerra Mundial
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Antecedentes
A Segunda Guerra teve como estopim a invasão da Polônia pela Wehrmacht (exército alemão) em 1º de setembro de 1939. Durante toda a década de 1930, Hitler defendeu a construção do Reich (Império) alemão no “espaço vital” (lebensraum). Esse espaço vital seria um território mínimo para que o povo ariano desenvolvesse seu império.
Com essas ideias em mente, Hitler levou seu plano de expansão territorial em frente ao anexar a Áustria, em 1938, e, no mesmo ano, invadir e anexar os sudetos (localizados na ex-Tchecoslováquia) com a conivência e permissão da Inglaterra e França.
Outra ambição territorial de Hitler era a Polônia. A questão polonesa remetia à Primeira Guerra Mundial, na qual a Alemanha perdeu parte de seus territórios para a Polônia. As ambições de Hitler voltavam-se, principalmente, para o corredor polonês – uma faixa de terras polonesa que separava duas regiões alemãs.
A Polônia, sabendo das intenções da Alemanha de Hitler, assinou acordos com Inglaterra e França em que ambas as nações asseguravam apoio militar para a Polônia caso fosse atacada pela Alemanha, entretanto, uma vez iniciada a invasão alemã, o apoio francês e inglês nunca chegou conforme nos relata o historiador Max Hastings:
Em março de 1939, os governos britânico e francês deram garantias, formalizadas em tratados subsequentes, de que lutariam caso houvesse agressão alemã contra a Polônia. Se o pior acontecesse, a França prometeu à cúpula militar em Varsóvia que seu exército atacaria a linha Siegfried de Hitler em até treze dias depois da mobilização. A Grã-Bretanha prometeu uma ofensiva imediata com aviões de bombardeio contra a Alemanha. As garantias oferecidas pelas potências refletiam cinismo, pois nenhuma delas tinha a menor intenção de cumpri-las: destinavam-se a deter Hitler mais do que a fornecer assistência militar verdadeira à Polônia 1.
Poucos dias antes da invasão começar, a Alemanha havia assinado um pacto de não agressão com a União Soviética. Nesse pacto, as duas nações comprometiam-se a não lutar entre si caso houvesse um conflito e, além disso, uma cláusula secreta estipulava a divisão da Polônia entre Alemanha e União Soviética. Quando o conflito começou, a Polônia não obteve a ajuda que esperava e teve de lutar sozinha contra a Alemanha.
Invasão
No dia 30 de agosto de 1939, a ordem para a invasão da Polônia aconteceu e, na madrugada de 1º de setembro, as primeiras tropas alemãs cruzaram a fronteira e iniciaram combates. Cerca de 1,5 milhão de soldados alemães foram mobilizados para lutar contra o exército polonês, que possuía por volta de 1,3 milhão.
A resistência polonesa não conseguiu conter o exército alemão, que rapidamente se impôs. O exército polonês estava mal equipado e possuía tanques e aviões obsoletos. O avanço alemão fulminante logo chegou à capital polonesa, Varsóvia. A cidade foi castigada pelos bombardeios dos aviões alemães. O uso da blitzkrieg (guerra-relâmpago) foi essencial na vitória alemã. A blitzkrieg coordenava ataques por terra e ar de maneira rápida e forte com o objetivo de pegar exércitos adversários de surpresa.
No dia 17 de setembro, a União Soviética invadiu a Polônia pelo leste, também com a intenção de anexar parte do território polonês. Devastada e sem conseguir conter os rápidos avanços do exército alemão, a cidade de Varsóvia rendeu-se no dia 28 de setembro. O passo seguinte de Hitler foi levar a guerra para a Europa Ocidental.
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1HASTINGS, Max. O mundo em guerra 1939-1945. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012, p. 16.
Por Daniel Neves
Graduado em História