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Ao fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), as nações derrotadas foram obrigadas a assinar acordos marcados pelo pagamento de grandes indenizações e a imposição de retaliações humilhantes. Com o passar do tempo, em vez de sanar as rivalidades, o cumprimento desses tratados determinou a consolidação de um sentimento nacionalista voltado para a revanche, ou seja, as nações derrotadas, principalmente a Itália e Alemanha, fomentavam o desejo de um novo conflito.
Em geral, os países revanchistas foram tomados por tendências políticas que negavam o equilíbrio e justiça do regime liberal-democrático, atacavam a eficácia do capitalismo e defendiam um frenético sentimento de superioridade em relação aos demais povos. Simpáticas ao militarismo, essas correntes políticas acreditavam que suas nações deveriam fortalecer-se, visando à conquista de espaços que seriam primordiais à conquista de novos tempos de prosperidade.
Tópicos deste artigo
Mapa Mental - Segunda Guerra Mundial
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Alemanha
Na Alemanha, esse discurso tomou força com as ações do líder nazista Adolf Hitler, o qual criticava as humilhações históricas do Tratado de Versalhes e atribuía o insucesso econômico do país à suposta interferência maléfica da comunidade judaica na economia alemã. Chegando ao poder por meio do voto, Adolf Hitler estabeleceu uma forte propaganda de seu regime, que esteve aliado à abertura de diversas obras públicas, que ofereciam trabalho a uma grande massa de desempregados.
Adolf Hitler foi um dos grandes responsáveis pelo estouro da Segunda Guerra Mundial.
Itália
Entre os italianos, a semelhante situação de desolação econômica abriu caminho para a organização de tendências políticas antidemocráticas que viriam a combater os democratas e comunistas do país. Sob o comando do partido fascista, os radicais italianos conseguiram atrair diferentes setores da população e impor a chegada do líder Benito Mussolini com a aprovação da monarquia parlamentar italiana. Desse modo, mais um partido ultranacionalista chegava ao poder na Europa.
Grã-Bretanha e França
Mesmo percebendo tais mudanças, consideradas graves no cenário político europeu, Grã-Bretanha e França não tomaram medidas incisivas contra o nazismo alemão e o fascismo italiano. Em um primeiro momento, os governos de tais países acreditavam que o nazifascismo poderia ser útil na contenção de um possível avanço do comunismo na Europa. Contudo, os totalitaristas almejavam colocar novamente em disputa os territórios e riquezas perdidos com a Primeira Guerra Mundial.
Por um lado, vemos que o revanchismo consolidou-se como uma manifestação direta ao tom desastroso dos tratados do pós-Primeira Guerra. Paralelamente, a grave crise econômica que se instalou na Europa – e que tomou maiores proporções com a crise de 1929 – fomentou o discurso inflamado das correntes totalitárias. Por fim, a morosidade das grandes potências em barrar o nazifascismo consolidou o cenário de tensões que anteciparam a Segunda Guerra Mundial
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*Crédito da imagem: Everett Historical / Shutterstock
Por Rainer Sousa
Graduado em História
* Mapa Mental por Daniel Neves
Graduado em História