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Motivações da Segunda Guerra Mundial

O revanchismo, a crise de 1929, a ascensão de regimes totalitários e os tratados do pós-Primeira Guerra foram algumas das motivações que resultaram na Segunda Guerra Mundial.

Hitler e Mussolini em Munique, Alemanha, 18 de junho de 1940.*
Hitler e Mussolini em Munique, Alemanha, 18 de junho de 1940.*
Crédito da Imagem: Shutterstock
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Ao fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), as nações derrotadas foram obrigadas a assinar acordos marcados pelo pagamento de grandes indenizações e a imposição de retaliações humilhantes. Com o passar do tempo, em vez de sanar as rivalidades, o cumprimento desses tratados determinou a consolidação de um sentimento nacionalista voltado para a revanche, ou seja, as nações derrotadas, principalmente a Itália e Alemanha, fomentavam o desejo de um novo conflito.

Em geral, os países revanchistas foram tomados por tendências políticas que negavam o equilíbrio e justiça do regime liberal-democrático, atacavam a eficácia do capitalismo e defendiam um frenético sentimento de superioridade em relação aos demais povos. Simpáticas ao militarismo, essas correntes políticas acreditavam que suas nações deveriam fortalecer-se, visando à conquista de espaços que seriam primordiais à conquista de novos tempos de prosperidade.

Tópicos deste artigo

Mapa Mental - Segunda Guerra Mundial

Mapa Mental: 2ª Guerra Mundial

*Para baixar o mapa mental, clique aqui!

Alemanha

Na Alemanha, esse discurso tomou força com as ações do líder nazista Adolf Hitler, o qual criticava as humilhações históricas do Tratado de Versalhes e atribuía o insucesso econômico do país à suposta interferência maléfica da comunidade judaica na economia alemã. Chegando ao poder por meio do voto, Adolf Hitler estabeleceu uma forte propaganda de seu regime, que esteve aliado à abertura de diversas obras públicas, que ofereciam trabalho a uma grande massa de desempregados.

Adolf Hitler

Adolf Hitler foi um dos grandes responsáveis pelo estouro da Segunda Guerra Mundial.

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Itália

Entre os italianos, a semelhante situação de desolação econômica abriu caminho para a organização de tendências políticas antidemocráticas que viriam a combater os democratas e comunistas do país. Sob o comando do partido fascista, os radicais italianos conseguiram atrair diferentes setores da população e impor a chegada do líder Benito Mussolini com a aprovação da monarquia parlamentar italiana. Desse modo, mais um partido ultranacionalista chegava ao poder na Europa.

Grã-Bretanha e França

Mesmo percebendo tais mudanças, consideradas graves no cenário político europeu, Grã-Bretanha e França não tomaram medidas incisivas contra o nazismo alemão e o fascismo italiano. Em um primeiro momento, os governos de tais países acreditavam que o nazifascismo poderia ser útil na contenção de um possível avanço do comunismo na Europa. Contudo, os totalitaristas almejavam colocar novamente em disputa os territórios e riquezas perdidos com a Primeira Guerra Mundial.

Por um lado, vemos que o revanchismo consolidou-se como uma manifestação direta ao tom desastroso dos tratados do pós-Primeira Guerra. Paralelamente, a grave crise econômica que se instalou na Europa – e que tomou maiores proporções com a crise de 1929 – fomentou o discurso inflamado das correntes totalitárias. Por fim, a morosidade das grandes potências em barrar o nazifascismo consolidou o cenário de tensões que anteciparam a Segunda Guerra Mundial

 

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*Crédito da imagem: Everett Historical / Shutterstock

 

Por Rainer Sousa
Graduado em História

* Mapa Mental por Daniel Neves
Graduado em História

Escritor do artigo
Escrito por: Rainer Gonçalves Sousa Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUSA, Rainer Gonçalves. "Motivações da Segunda Guerra Mundial"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-segunda-guerra-mundial.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

De estudante para estudante


Videoaulas


Lista de exercícios


Exercício 1

(Fatec-SP) O término da Primeira Guerra Mundial, em 1918, põe fim às hostilidades militares entre os países em conflito, mas lança as questões que levam à explosão da Segunda Guerra Mundial. Na verdade, aquela acelerou as contradições que, não resolvidas pelo Tratado de Versalhes, culminaram na Segunda Guerra Mundial.

Sobre esse assunto, afirma-se:

I – nas origens do primeiro conflito mundial predominaram os problemas europeus, e no segundo foram as questões relacionadas ao Oriente Médio.

II – tanto a Primeira quanto a Segunda Guerras podem ser definidas como “guerras de redivisão de mercados e colônias, questões internas do sistema imperialista”.

III – as várias contradições sociais, econômicas e ideológicas entre as principais potências capitalistas levaram, tanto no período anterior a 1914 quanto no que precede a Segunda Guerra, à corrida armamentista e às guerras localizadas.

Dessas afirmações:

a) Apenas I e II estão corretas.

b) Apenas I e III estão corretas.

c) Apenas II e III estão corretas.

d) Todas estão corretas.

e) Nenhuma está correta.

Exercício 2

(UnB-DF) Julgue os itens a seguir:

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) é antecipada por uma série de conflitos e pactos e, entre esses, destaca(m)-se:

a) a invasão da Etiópia pelas tropas da Alemanha em 1935-1936.

b) o flagrante apoio de Hitler e Mussolini à Falange fascista do general Franco, na Guerra Civil Espanhola.

c) a invasão da China pelas tropas japonesas, que dominaram regiões de grande importância econômica.

d) a assinatura do Pacto Anti-Kormintern entre Estados Unidos, Inglaterra e França, que assinalava a unidade de esforços visando à contenção do avanço de Stalin.

e) a anexação da Áustria e dos Sudetos pela Alemanha, em 1938, e da Albânia pela Itália, em 1939.

f) a conferência de Munique, em 1938, na qual a Inglaterra e a França impediram o avanço alemão, o que serviu de pretexto para o início da Segunda Guerra.

g) o pacto Germano-Soviético, em agosto de 1939, que garantiu a neutralidade da Rússia e preparou o caminho para a invasão da Polônia.