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Afinal, como Hitler morreu?

Hitler morreu em 30 de abril de 1945 após atirar contra a própria cabeça devido à derrota alemã na Segunda Guerra Mundial.

Retrato de Adolf Hitler e Eva Braun jantando em Berchtesgaden, na Alemanha.
Hitler e Eva Braun cometeram suicídio juntos no bunker que abrigou a liderança nazista nos últimos meses da Segunda Guerra. [1]
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Afinal, como Hitler morreu? Adolf Hitler morreu no dia 30 de abril de 1945, depois que ele atirou contra a própria cabeça no interior de seu aposento dentro do bunker em que ele se escondeu durante as últimas semanas da Segunda Guerra Mundial. Ele cometeu suicídio junto de sua esposa, que consumiu uma cápsula de ácido cianídrico.

Veja também: Operação Valquíria — o plano de matar Adolf Hitler

Tópicos deste artigo

Resumo sobre como Hitler morreu

  • Adolf Hitler cometeu suicídio, atirando contra a própria cabeça em 30 de abril de 1945.

  • Seu suicídio foi consequência da derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial.

  • Cometeu suicídio junto de sua esposa, Eva Braun, que consumiu uma cápsula de ácido cianídrico.

  • Os corpos de Hitler e Eva Braun foram incendiados por soldados alemães, e os restos mortais foram espalhados.

  • Os soviéticos encontraram os restos de uma arcada dentária e a identificaram como sendo de Hitler.

  • Hitler ficou conhecido na história como o líder do Partido Nazista.

  • Assumiu o poder da Alemanha em 1933 e estabeleceu uma ditadura totalitária que se estendeu até 1945, ano em que a Alemanha foi derrotada na Segunda Guerra Mundial.

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Como Hitler morreu?

No começo de 1945, a situação da Alemanha na Segunda Guerra Mundial era extremamente delicada, e as grandes cidades do país eram constantemente bombardeadas pelos aviões aliados. A cidade de Berlim não escapou desse destino e, para garantir sua segurança em relação aos bombardeios à Alemanha, Hitler se escondeu em um esconderijo subterrâneo.

O historiador Ian Kershaw faz a seguinte descrição do bunker que abrigou Hitler nos últimos meses de sua vida:

Uma escadaria de pedra aparentemente infindável, ladeada por paredes de concreto nu, conduzia ao mundo claustrofóbico e labiríntico do bunker do Führer, uma construção de dois andares enterrada nas profundezas do jardim da Chancelaria. […] O complexo era completamente autossuficiente, com aquecimento e iluminação próprios, e bombas de água movidas por um gerador a óleo diesel. Hitler passou a dormir nele desde seu retorno a Berlim. A partir de então, seria o domicílio macabro das semanas seguintes de sua vida|1|.

Com a mudança, Hitler passou a trabalhar diretamente do bunker, apesar de uma resistência inicial, e de lá tomou as últimas decisões enquanto líder do governo alemão. A saúde de Hitler nesse momento já estava bastante afetada pelo estresse causado pelo conflito, e ele tinha um sono de má qualidade e tomava injeções com estimulantes.

A situação crítica da Alemanha fez com que a autoridade de Hitler fosse abalada no país, e algumas ordens emitidas por ele do bunker não foram obedecidas. Por outro lado, o humor de Hitler tornou-se cada vez mais explosivo, e a confiança dele em seus subordinados também diminuiu. A situação da Alemanha, por sua vez, seguiu piorando.

Em abril de 1945, se iniciou a Batalha de Berlim, a batalha que definiu o destino alemão. A cidade de Berlim foi cercada por milhões de soldados soviéticos, e Hitler e toda sua cúpula seguiam no esconderijo subterrâneo. Hitler tinha recebido conselhos para fugir, mas havia rejeitado essa possibilidade.

Uma das últimas ações de Hitler foi a de casar-se com Eva Braun, sua companheira, em 29 de abril de 1945. No dia seguinte, em 30 de abril, Eva Braun tomou uma cápsula de ácido cianídrico, e Hitler atirou contra a própria cabeça. Os corpos de Hitler e Eva Braun foram levados para a superfície e então incendiados por soldados alemães.

Um pequeno funeral foi realizado, mas nenhum dos grandes membros do partido estavam presentes. Os restos mortais de ambos foram espalhados pelo jardim da Chancelaria. Posteriormente, os soviéticos encontraram parte de uma arcada dentária que foi identificada como sendo a de Hitler.

Saiba mais: Getúlio Vargas — o governante brasileiro que também cometeu suicídio

Mas quem foi Adolf Hitler?

Adolf Hitler ficou marcado na história como o líder do nazismo e um dos responsáveis diretos pelo Holocausto, o genocídio promovido contra uma série de minorias no continente europeu, como os judeus, os ciganos, os homossexuais, as pessoas negras, entre outras. Ele foi governante da Alemanha entre 1933 e 1945.

Hitler nasceu em Braunau am Inn, cidade no interior da Áustria, em 20 de abril de 1889. Era filho de Alois Hitler e Klara Pölzl e foi o primeiro desse casal a sobreviver à infância. Hitler cresceu em uma família de classe média e teve boa condição de vida material, embora sua relação com seu pai fosse muito ruim.

Na sua juventude, mudou-se para Viena e tentou desenvolver sua carreira como artista, sendo rejeitado duas vezes pela Academia de Belas Artes. A carreira dele como artista fracassou e, em 1913, ele mudou-se para a Alemanha. Ele fugiu do alistamento militar austríaco e ingressou no exército alemão em 1914.

Hitler chegou a ser cabo durante a Primeira Guerra Mundial e atuou como mensageiro. Depois que a Alemanha foi derrotada no conflito, Hitler, assim como boa parte da sociedade alemã, aderiu a uma série de teorias conspiratórias, passando a cultivar ideais de extrema-direita.

Assim, após o fracasso alemão na guerra, Hitler se transformou em um agitador político. Em 1919, ingressou no Partido dos Trabalhadores Alemães e rapidamente cresceu dentro da estrutura conservadora e radical de que fazia parte. Em 1920, esse partido alterou o seu nome para Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, o nome pelo qual ficou conhecido o Partido Nazista.

Em 1923, Hitler liderou o Putsch da Cervejaria, uma tentativa de golpe contra o estado da Baviera na Alemanha. A ação foi contida pela polícia, e Hitler foi preso, permanecendo na cadeia durante um ano. Lá ele elaborou o seu livro chamado Minha Luta, entitulado Mein Kampf no idioma alemão.

Depois que saiu da cadeia, Hitler consolidou-se como líder do nazismo e explorou os problemas causados pela guerra (e pela derrota) e pela Grande Depressão. Atacava o sistema político do país, difundia seu discurso antissemita e racista e utilizava violência para perseguir outros grupos políticos, como os socialistas.

A popularidade do nazismo foi revertida em apoio político. Já no final da década de 1920, os nazistas ocuparam cadeiras no Reichstag, o Parlamento alemão. Hitler concorreu à presidência em 1932, mas foi derrotado por Paul von Hindenburg. Entretanto, no ano seguinte foi escolhido pelo próprio Hindenburg para ser chanceler da Alemanha. Foi iniciada aí a trajetória de Hitler no poder da Alemanha.

Entre 1933 e 1939, Adolf Hitler executou algumas ações que levaram a algumas das situações da Segunda Guerra Mundial:

  • estabeleceu uma ditadura totalitária que perseguiu e aprisionou opositores, como os social-democratas e os comunistas;

  • perseguiu os judeus e utilizou essa perseguição como forma de mobilizar a população em defesa do nazismo;

  • desrespeitou os termos do Tratado de Versalhes;

  • expandiu os territórios alemães e se preparou para a guerra.

Entenda melhor alguns dos aspectos relacionados à Segunda Guerra Mundial a seguir.

Segunda Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial foi causada, em grande parte, pelo expansionismo alemão. O país invadiu, entre 1938 e 1939, a Áustria, a República Tcheca e a Polônia, e foi a invasão da Polônia que levou ao início do conflito, pois os governos da França e da Grã-Bretanha reagiram à expansão nazista.

O envolvimento alemão na Segunda Guerra é marcado por diferentes fases, sendo que a primeira fase alemã na guerra foi extremamente bem-sucedida, pois os alemães invadiram e conquistaram uma série de países europeus, como a Polônia, Noruega, Bélgica, Dinamarca, Holanda, França, Iugoslávia, Grécia, entre outros.

Em junho de 1941, a invasão alemã à União Soviética foi um dos grandes erros de Hitler. As batalhas na frente soviética consumiram os recursos alemães e, progressivamente, fizeram com que o país perdesse fôlego devido ao grande esforço de guerra necessário para sustentar a luta.

O ponto de virada é entendido como a Batalha de Stalingrado, na qual quase 2 milhões de pessoas morreram, e os alemães saíram derrotados após um enorme esforço realizado pelos soviéticos para sustentar essa cidade no sul do território soviético. A partir de 1943, a derrota alemã foi se encaminhando lentamente, pois os alemães foram sendo derrotados em todas as frentes.

De forma paralela ao conflito, a cúpula nazista arquitetou um plano chamado Solução Final. Esse plano estabelecia o extermínio total dos judeus na Europa, e à medida que os alemães foram sendo derrotados, a violência do genocídio promovido contra os judeus foi aumentando, como forma de acelerar o extermínio de pessoas.

Os nazistas obrigaram pessoas a morar em guetos com espaço reduzidíssimo, posteriormente utilizou grupos de extermínio para executar judeus no Leste Europeu, criou campos de concentração para aprisionar e escravizar a população de judeus e de outras minorias e então criou campos de extermínio, locais onde as pessoas eram enviadas exclusivamente para serem mortas. Ao todo, o horror produzido pelos nazistas resultou na morte de 6 milhões de pessoas.

A batalha travada em Berlim em abril de 1945 definiu o final da guerra. Com o suicídio de Hitler e Eva Braun em 30 de abril de 1945, os alemães se renderam oficialmente no dia 8 de maio de 1945.

Notas

|1| KERSHAW, Ian. Hitler. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 936.

Crédito de imagem

[1] Everett Collection e Shutterstock

 

Por Daniel Neves Silva
Professor de História

Escritor do artigo
Escrito por: Daniel Neves Silva Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SILVA, Daniel Neves. "Afinal, como Hitler morreu?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/hitler.htm. Acesso em 19 de março de 2024.

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Lista de exercícios


Exercício 1

(Mackenzie) “[...] todo cruzamento de dois seres de valor desigual dá como produto um meio termo entre os valores dos pais [...] Tal ajuntamento está em contradição com a vontade da natureza, que tende a elevar o nível dos seres. Este objetivo não pode ser atingido pela união de indivíduos de valores diferentes, mas só pela vitória completa e definitiva dos que representam o mais alto valor. O papel do mais forte é o de dominar e não o de se fundir com o mais fraco, sacrificando assim sua própria grandeza.” (Adolf Hitler).

No livro "Mein Kampf", Hitler expressava que:

a) a necessidade de preservação da raça pura justificava o domínio e a eliminação das demais raças e a expansão da Alemanha.

b) o racismo e o autoritarismo serviriam para defender a elevação da raça pura eslava e o extermínio dos judeus.

c) o movimento nacional-socialista desaprovava o antissemitismo e o aperfeiçoamento genético por meio da eugenia.

d) os alemães eram superiores e a raça ariana inferior, justificando, desse modo, o espaço vital.

e) o mito da superioridade da raça ariana servia para que os nazistas estimulassem o internacionalismo e o liberalismo.

Exercício 2

Após a morte de seus país, Hitler, que havia nascido e crescido nas imediações da cidade austríaca de Linz, foi para a capital do Império Austro-húngaro, Viena, com o objetivo de:

a) ingressar na Escola de Música de Viena.

b) fazer parte da guarda imperial.

c) ingressar na Academia de Artes de Viena.

d) estudar economia e sociologia.

e) matar o arquiduque Francisco Ferdinando.

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