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O hormônio antidiurético (ADH) é produzido pelo hipotálamo e secretado pela neuro-hipófise. Esse hormônio é um polipeptídeo que apresenta nove aminoácidos e atua, principalmente, nos rins, nos quais proporciona uma maior reabsorção de água. Apresenta também papel vasoconstritor, estando envolvido com a regulação da pressão arterial em resposta a hemorragias. Devido a sua ação vasoconstritora, ele também é denominado vasopressina. Resistência à ação do hormônio ou uma redução na sua síntese podem levar ao desenvolvimento do diabetes insipidus.
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Tópicos deste artigo
- 1 - O que é o hormônio antidiurético?
- 2 - Qual a função do hormônio antidiurético?
- 3 - O que é a diabetes insipidus?
- 4 - Qual a relação entre o álcool e o hormônio antidiurético?
O que é o hormônio antidiurético?
O hormônio antidiurético é um polipeptídeo que apresenta nove aminoácidos (Cis-Tir-Fe-Gln-Asn-Cis-Pro-Arg-GliNH2). Ele é sintetizado pelas células neurossecretoras do hipotálamo, entretanto, apesar de ser produzido nesse local, segue para a neuro-hipófise, na qual será armazenado e, posteriormente, liberado.
Qual a função do hormônio antidiurético?
O hormônio antidiurético atua nos rins promovendo a reabsorção de água. Esse hormônio é importante, pois evita a perda exagerada de água e garante a osmolaridade normal do sangue. Células osmorreceptoras no hipotálamo monitoram a osmolaridade do sangue e desencadeiam a liberação de ADH a partir da neuro-hipófise.
A osmolaridade do sangue aumenta quando nos alimentamos de alimentos muito salgados ou perdemos água pelo suor, por exemplo. O ADH então é liberado e atua nos túbulos distais e ductos coletores, promovendo maior permeabilidade dessas estruturas e permitindo que maior quantidade de água seja reabsorvida. Desse modo, o ADH garante aumento da concentração da urina, redução no seu volume, e diminui a osmolaridade do sangue por promover a reabsorção de água.
Quando bebemos uma grande quantidade de água, observamos um processo inverso. A queda na osmolaridade do sangue promove um queda na secreção de ADH, o que diminui a permeabilidade nos túbulos distais e ductos coletores, de modo que a reabsorção de água nos rins é diminuída. Nesse caso temos uma maior produção de urina.
Em concentrações elevadas, o hormônio antidiurético atua promovendo a constrição das arteríolas, o que desencadeia um aumento da pressão arterial. Essa função do hormônio antidiurético é o motivo pelo qual ele recebe também a denominação de vasopressina. Um dos estímulos para a intensa secreção do ADH é uma queda acentuada do volume de sangue, quando ocorre, por exemplo, uma hemorragia grave. A perda de 25% do volume de sangue provoca um aumento da secreção de ADH de 50 vezes.
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O que é a diabetes insipidus?
Quando falamos em diabetes, muitas pessoas fazem a associação rapidamente com a diabetes mellitus, a qual se caracteriza por um aumento dos níveis de glicose no sangue em decorrência de problemas na secreção ou ação do hormônio insulina. Existe, no entanto, outro tipo importante de diabetes que é a chamada diabetes insipidus. Esse tipo não se relaciona com a insulina e sim com o hormônio antidiurético, o qual está sendo produzido em quantidade insuficiente ou está apresentando problemas em sua ação.
Denomina-se diabetes insipidus central, neuro-hipofisário ou neurogênico, a diabetes causada por deficiência na síntese de ADH; e renal ou nefrogênico, quando há resistência à ação do ADH nos túbulos renais. As causas do diabetes insipidus são variadas. O tipo central, por exemplo, pode ser idiopático (sem causa definida) ou associado a lesões, traumas e cirurgias na região hipotalâmica. Já o tipo renal pode ser, por exemplo, induzido por fármacos ou ter causa hereditária.
A diabetes insipidus faz com que o indivíduo produza grande quantidade de urina, uma vez que a deficiência do ADH inibe a reabsorção de água pelos rins. Os sintomas da doença incluem, além do aumento da produção de urina pelo organismo, a necessidade de acordar durante a noite para urinar e sede exagerada.
Qual a relação entre o álcool e o hormônio antidiurético?
O álcool inibe a liberação do hormônio antidiurético, e é por isso que, quando ingerimos bebidas alcoólicas, há uma grande produção de urina. O álcool pode, portanto, desencadear desidratação, o que pode ser responsável pelos famosos sintomas da ressaca.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia