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Alvéolos pulmonares são estruturas que se assemelham a pequenos sacos e possuem paredes muito delgadas. A espessura da parede está diretamente relacionada com a função dessas estruturas, que é a realização de trocas gasosas. Os alvéolos pulmonares dão ao pulmão uma aparência esponjosa.
Leia mais: Sistema respiratório – garante a captura de oxigênio e a liberação de gás carbônico
Tópicos deste artigo
- 1 - O que são os alvéolos pulmonares?
- 2 - Estrutura dos alvéolos pulmonares
- 3 - Qual a função dos alvéolos pulmonares?
- 4 - Enfisema pulmonar
O que são os alvéolos pulmonares?
Os alvéolos pulmonares são pequenas estruturas saculiformes que estão dispostas de uma forma assemelhante a de favos de colmeia. São os alvéolos que formam a maior parte do parênquima pulmonar e conferem um aspecto esponjoso ao órgão. Eles constituem a última parte da árvore brônquica, sendo encontrados nos sacos alveolares (estruturas formadas por diversos alvéolos), ductos alveolares e bronquíolos respiratórios.
Estrutura dos alvéolos pulmonares
Os alvéolos são estruturas saculiformes que apresentam paredes delgadas formadas por uma camada de tecido epitelial que se apoia em um tecido conjuntivo, o qual apresenta uma grande quantidade de capilares sanguíneos.
A parede alveolar é comum a dois alvéolos adjacentes, formando o que chamamos de septo interalveolar. Esse septo é formado por duas camadas de células chamadas de pneumócitos separadas por tecido conjuntivo e capilares sanguíneos. O septo interalveolar possui poros que se comunicam com alvéolos adjacentes, essa comunicação permite equilibrar a diferença de pressão.
Os pneumócitos podem ser do tipo I ou do tipo II. O pneumócito do tipo I é também conhecido como célula alveolar pavimentosa e apresenta um núcleo achatado. Possui como função principal formar uma barreira que impede a passagem de fluido extracelular para o interior dos alvéolos, mas garante a ocorrência das trocas gasosas. Essa passagem é facilitada devido à fina espessura da célula.
O pneumócito do tipo II é também chamado de célula septal, apresenta núcleo esférico e localiza-se entre os pneumócitos do tipo I. Os pneumócitos do tipo II são responsáveis pela secreção do surfactante pulmonar, o qual apresenta como função reduzir a tensão superficial dos alvéolos, reduzindo a força para a inspiração e garantindo maior facilidade na respiração. Sem o surfactante, que é uma mistura de fosfolipídios, proteínas e íons, os alvéolos poderiam colapsar durante a expiração.
No interior dos septos interalveolares e na superfície dos alvéolos, estão presentes os macrófagos alveolares, os quais garantem que micro-organismos invasores e outras partículas sejam fagocitadas. Podemos dizer que os macrófagos atuam limpando os pulmões de partículas que não foram eliminadas em outras porções das vias respiratórias.
Leia também: O que é fagocitose?
Qual a função dos alvéolos pulmonares?
Os alvéolos pulmonares são um local de realização de trocas gasosas, em que o gás carbônico, presente no sangue, passa para o interior dos alvéolos, e o oxigênio, presente no ar inspirado, passa, do interior dos alvéolos, para o sangue. Esse processo é conhecido como hematose.
O oxigênio que chega ao sangue liga-se à hemoglobina da hemácia e é distribuído para todas as células do corpo, nas quais será utilizado no processo de respiração celular. Já o gás carbônico, que se difunde para o interior do alvéolo, é levado para o meio externo pelas vias respiratórias no processo de expiração.
Quatro estruturas devem ser atravessadas pelos gases para que as trocas gasosas aconteçam: citoplasma do pneumócito, lâmina basal do pneumócito, lâmina basal do capilar, e citoplasma da célula endotelial. Apesar de parecer um longo caminho, a espessura dessas estruturas é de 0,1 µm a 1,5 µm.
Leia mais: Circulação sistêmica e pulmonar
Enfisema pulmonar
Enfisema pulmonar, de acordo com o Cadernos de Atenção Básica - Doenças Respiratórias Crônicas, do Ministério da Saúde, é definido anatomicamente como aumento dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, com destruição das paredes alveolares. Nessa doença, portanto, há o comprometimento dos alvéolos pulmonares e a consequente redução da capacidade do organismo de realizar as trocas gasosas.
A principal causa do enfisema pulmonar é o uso do cigarro, porém outros fatores podem levar ao desenvolvimento da doença, como a poluição atmosférica. Os sintomas incluem tosse crônica, dificuldade de respirar e infecções respiratórias de repetição.
A doença não apresenta cura, mas determinados medicamentos e terapia de reabilitação podem melhorar a qualidade de vida do paciente. É importante que, no caso de fumantes, o uso de cigarro seja interrompido, de modo a evitar o agravamento da doença. Caso queira saber mais sobre essa condição, leia: Enfisema pulmonar.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia