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Gambá

Gambá é o nome dado a diferentes espécies de mamíferos pertencentes à família Didelphidae. São animais noturnos, onívoros e solitários.

Gambá pendurado por seu rabo em galho de árvore
Os gambás possuem cauda preênsil, a qual utilizam, por exemplo, para se segurarem em galhos.
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Gambás são mamíferos marsupiais pertencentes à família Didelphidae. São animais onívoros que podem se alimentar de pequenos animais, frutas, ovos e até mesmo lixo. Apresentam o corpo que lembra o de um rato, apesar de não serem roedores.

 Em geral, os gambás possuem entre 40 cm e 50 cm de comprimento, uma cauda longa e preênsil, focinho alongado e pontudo, membros curtos e orelhas desenvolvidas. São animais com hábito solitário e noturno, sendo observado que, durante o dia, eles costumam se abrigar no interior de ocos de árvores.

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Tópicos deste artigo

Resumo sobre gambás

  • Os gambás são animais que pertencem ao grupo dos marsupiais e à família Didelphidae.

  • São animais de hábitos noturnos, solitários e arborícolas ou terrestres.

  • São onívoros e podem se alimentar de pequenos animais, frutas, ovos e até mesmo lixo.

  • Para se protegerem, emitem um som característico e mostram seus dentes. Caso a técnica não funcione, podem adotar a estratégia de fingirem-se de mortos ou ainda de eliminar o conteúdo intestinal e uma secreção odorífera.

  • Não lançam jatos de odor para afastar predadores.

  • Podem ter ninhadas com 10 a 15 filhotes.

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Características do gambá

Gambá é um nome popular usado para diferentes espécies da família Didelphidae. São mamíferos do grupo dos marsupiais, ou seja, assim como cangurus e coalas, seus filhotes terminam o desenvolvimento no interior de bolsas conhecidas como marsúpios. A palavra gambá é derivada do tupi-guarani, guaambá, e significa “saco vazio”, referindo-se ao marsúpio.

Gambás são animais que podem apresentar entre 40 cm e 50 cm, a depender da espécie estudada, do local em que vivem e do seu sexo. Apresentam membros curtos, pescoço grosso, focinho alongado e pontudo, caninos grandes e uma cauda longa, a qual possui pelos apenas na região proximal.

A cauda desses animais é preênsil e é usada para agarrar galhos, por exemplo, facilitando suas subidas em árvores. Além da cauda, a escalada desses animais é ajudada pelas unhas afiadas nas patas anteriores e o dedo oponível nas patas posteriores.

Os gambás são animais arborícolas ou terrestres e possuem hábitos noturnos. Durante o dia, geralmente, dormem no interior de buracos encontrados, por exemplo, em troncos de árvores. Os gambás são animais solitários e nômades e estão muito adaptados a viver em ambientes modificados pelo homem.

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Gambás brasileiros

Gambá-de-orelha-branca em árvore
Na figura é possível observar um gambá-de-orelha-branca, espécie que ocorre no Brasil.

No Brasil, existem diferentes espécies de gambás, entretanto, neste artigo, focaremos em dois tipos apenas:

  • Gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris): ocorre em várias regiões do país, sendo observado principalmente no Cerrado, Caatinga e Pantanal. Possui coloração cinza, orelhas claras, uma faixa preta na face e uma faixa preta para cada olho.

  • Gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita): caracteriza-se por ter orelhas pretas desprovidas de pelos. Sua coloração na região dorsal é negra ou grisalha, enquanto a pelagem na região ventral é clara. Apresenta uma listra escura na fronte e uma sobre cada olho.

Vale salientar que alguns autores consideram que Didelphis aurita e Didelphis marsupialis seriam, na realidade, a mesma espécie. Entretanto, análises moleculares e morfométricas permitiram afirmar que se trata de espécies diferentes.

Alimentação dos gambás

Gambás são animais onívoros, ou seja, alimentam-se tanto de alimentos de origem vegetal quanto de origem animal. Podem comer invertebrados, como insetos e aracnídeos, e também pequenos vertebrados, como filhotes de cobras e aves. Além disso, podem se alimentar de ovos, frutas e, em algumas situações, lixo.

Defesa dos gambás

Os gambás apresentam diferentes técnicas para se defenderem de predadores, sendo uma delas a emissão de um som característico acompanhado da abertura da boca a fim de mostrar seus dentes. Apesar do comportamento aparentemente agressivo, em geral, não atacam.

Além dessa técnica, o gambá pode eliminar o conteúdo intestinal e liberar uma secreção odorífera de glândulas anais ou ainda fingir-se de morto, um comportamento conhecido como tanatose. No filme a Era do gelo 2, a tanatose é retratada pelos gambás Crash e Eddie, que se fingem de mortos quando ameaçados.

Muitas pessoas pensam que os gambás afastam seus predadores esguichando um jato líquido de odor fétido. Entretanto, essa tática é observada no chamado cangambá, um mamífero que apresenta pelagem preta e grandes listras brancas nas costas. Ele pertence à família Mephitidae, não se tratando, portanto, de um gambá.

É importante deixar claro que os gambás também eliminam odores usados na marcação de território, para atrair parceiros e como mecanismo de defesa, entretanto, o incômodo provocado pela liberação desse cheiro não é o mesmo provocado pelo cangambá.

Reprodução dos gambás

Gambás são mamíferos marsupiais e, portanto, possuem uma gestação diferente da dos seres humanos. Nesses animais, o novo indivíduo não se desenvolve apenas no interior do útero. Inicialmente, o filhote se desenvolve nesse órgão, porém o processo será completado no interior do marsúpio, uma espécie de bolsa na barriga da fêmea.

O filhote de gambá, após cerca de 13 dias no útero, segue para o marsúpio. Nesse local ele mamará e completará seu desenvolvimento. O gambá sairá do marsúpio para viver de maneira independente com cerca de 90 dias, quando está formado. Antes desse período, no entanto, pode dar pequenos passeios fora da bolsa. Em geral, os gambás têm de 10 a 15 filhotes por ninhada, sendo possível o acasalamento duas vezes no ano.

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Os gambás e os seres humanos

Gambás são animais muito adaptados a viverem em ambientes antrópicos, ou seja, que sofreram modificações pelo ser humano. Entretanto, o convívio entre seres humanos e gambás nem sempre é saudável, uma vez que estes podem provocar uma série de prejuízos àqueles, como destruição de instalações de energia elétrica e forros de casas.


Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia  

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Gambá"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/animais/gamba.htm. Acesso em 27 de abril de 2024.

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