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Ararinha azul (Cyanopsitta spixii)

Pintura de uma ararinha-azul apoiada em galho com folhas.
A maioria das ararinhas azuis de cativeiro pertence a colecionadores estrangeiros.
Crédito da Imagem: Commons
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Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Gênero: Cyanopsitta
Espécie: Cyanopsitta spixii

A ararinha Cyanopsitta spixii, ou ararinha azul, é uma ave endêmica da caatinga, ocorrendo do extremo norte da Bahia ao sul do Rio São Francisco, na região de Juazeiro. Ela possui coloração de tonalidade azul, e presença de uma faixa cinza que se estende da região superior de seu negro e curto bico até os olhos - destacando a cor amarela da íris.  Não há dimorfismo sexual nítido, ou seja: fêmeas e machos são semelhantes.

Sementes de buriti, pinhão e frutos em geral fazem parte de sua dieta. indivíduos de cativeiro também se alimentam de ração comercial para psitacídeos e suplementação mineral e polivitamínica.

Em razão de sua exuberância, se tornou alvo frequente do tráfico internacional de animais. Este fator, aliado também à invasão de seus ninhos por abelhas africanas, matando fêmeas e filhotes, e, principalmente, à perda de hábitats; permitiu que esta espécie  provavelmente se encontre, na atualidade, extinta da natureza. Isso porque o último exemplar em liberdade foi visto pela última vez em 2002, quando desapareceu sem deixar rastros. Como existem possíveis hábitats para a ocorrência dessa espécie, a IUCN considera essa espécie, até segunda ordem, como criticamente ameaçada.

Esse indivíduo em questão, um macho de aproximadamente vinte anos de idade, era vigiado por cientistas e voluntários na cidade de Curaçá - BA. Durante oito anos, teve uma fêmea de maracanã como parceira sem, no entanto, dar origem a ovos viáveis. Mais tarde, tentativas de aproximação entre ele e uma fêmea de cativeiro de sua espécie foram em vão, já que são monogâmicos, e este já considerava a outra como sua parceira.

Assim, a arara spixii só pode é vista em cativeiros, sendo sua reprodução nestes locais um evento bastante raro. Quando ocorre, fêmeas colocam aproximadamente três ovos para cada ninhada, depositando-os em ninhos de madeira, e não em ocos de árvores, como a caribeira (Tabebuia caraiba), tal como seus exemplares em liberdade faziam.

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Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia

Escritor do artigo
Escrito por: Mariana Araguaia Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

ARAGUAIA, Mariana. "Ararinha azul (Cyanopsitta spixii)"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/animais/ararinha-azul.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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