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Hiperidrose se caracteriza por uma produção excessiva de suor, ultrapassando a necessidade do nosso corpo de estabelecer a termorregulação. É comum, em dias quentes ou quando praticamos alguma atividade física, produzirmos uma quantidade elevada de suor, o qual é importante para reduzir a temperatura do nosso corpo, deixando-a dentro dos padrões adequados.
No caso da hiperidrose, o indivíduo produz suor excessivo mesmo em situações de repouso, o que pode ser bastante desagradável e impactar diretamente a qualidade de vida dessa pessoa. Não se sabe ao certo se a maior incidência da hiperidrose é observada em homens ou mulheres, entretanto, as mulheres buscam mais atendimento que os homens. Estima-se que a hiperidrose acometa de 1% a 5% da população.
Leia mais: Glândula sudorípara – responsável pela produção de suor
Tópicos deste artigo
- 1 - O que é hiperidrose?
- 2 - Causa da hiperidrose
- 3 - Sintomas da hiperidrose
- 4 - Tipos de hiperidrose
- 5 - Consequências da hiperidrose
- 6 - Tratamento da hiperidrose
O que é hiperidrose?
Hiperidrose é uma condição caracterizada por uma sudorese excessiva, a qual ocorre devido a glândulas sudoríparas hiperfuncionantes. Pessoas com essa condição podem transpirar em grande quantidade mesmo quando não estão realizando nenhuma atividade física. Várias partes do corpo podem ser atingidas, como as axilas, as palmas das mãos, as plantas dos pés e a virilha. Em algumas pessoas, a sudorese pode estar localizada em pequenas áreas, como as citadas, ou, ainda, ocorrer de maneira generalizada, atingindo várias partes do corpo ao mesmo tempo.
Causa da hiperidrose
A hiperidrose pode apresentar diferentes causas. Alguns estudos têm demonstrado que a condição pode apresentar ligação genética. Além disso, sua etiologia pode ser secundária a outros problemas, tais como transtornos metabólicos, neoplasias, transtornos neurológicos, infecções, ansiedade, estresse, e lesões na medula espinha.
Leia também: Conceitos básicos em genética
Sintomas da hiperidrose
A hiperidrose caracteriza-se pela produção excessiva de suor, sendo esse seu principal sintoma. A sudorese pode acometer todo o corpo ou estar limitada a alguma região, como mãos, pés ou axilas.
Tipos de hiperidrose
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), podemos dividir a hiperidrose em dois tipos básicos: a primária focal e a secundária generalizada.
- Hiperidrose primária focal: surge na infância ou na adolescência e acomete áreas como as axilas, mãos, pés, cabeça ou rosto. Na hiperidrose primária focal, a sudorese não ocorre enquanto essas pessoas estão em situações de repouso.
- Hiperidrose secundária generalizada: geralmente acomete indivíduos na fase adulta. Caracteriza-se por provocar sudorese em várias regiões do corpo ou em áreas incomuns. Surge como consequência de algum problema de saúde ou, ainda, como efeito colateral do uso de algum medicamento. Diferentemente da primária focal, na hiperidrose secundária generalizada as pessoas transpiram também durante o sono.
Consequências da hiperidrose
A hiperidrose pode ser bastante embaraçosa para o indivíduo que a tem. É muito comum que as pessoas com essa condição tenham vergonha dela, o que pode desencadear problemas como a ansiedade e depressão. Com frequência os pacientes com hiperidrose relatam, por exemplo, evitar apertos de mão e outras situações que necessitem de contato por estarem com a pele úmida frequentemente.
Apesar do suor não apresentar cheiro desagradável, a hiperidrose pode cursar para bromidrose (condição em que o suor vem acompanhado de odor desagradável e forte). Não podemos deixar de citar também que o excesso de suor pode favorecer o desenvolvimento de micoses quando afeta a região dos pés.
É importante destacar, no entanto, que a hiperidrose apresenta tratamento, o que pode melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. Entretanto, informações sobre o problema são poucas, o que faz com que muitos desconheçam terapias adequadas para contorná-lo.
Tratamento da hiperidrose
A hiperidrose tem tratamento. Muitos pacientes conseguem a resolução do problema apenas fazendo uso de antitranspirantes, outros, no entanto, fazem uso de medicamentos e outros procedimentos, os quais serão descritos a seguir:
- Toxina botulínica: é aplicada na região onde a sudorese está ocorrendo de maneira excessiva, bloqueando-a temporariamente. A toxina age bloqueando estímulos nervosos para as glândulas sudoríparas. Os resultados da técnica duram cerca de seis meses.
- Curetagem e lipossucção: consiste na raspagem ou lipossucção de glândulas sudoríparas e gordura localizadas na região da axila, reduzindo, assim, a eliminação de suor.
- Simpatectomia torácica endoscópica (STE): é uma técnica utilizada, principalmente, nos casos em que há o acometimento das mãos e pés e em que o paciente não está respondendo de forma adequada aos tratamentos clínicos. É um procedimento cirúrgico que atua “desligando” o sinal que estimula a produção do suor.
- Iontoforese: nesse procedimento, eletricidade será utilizada para neutralizar de maneira temporária a glândula sudorípara.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia