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A pele é um dos maiores órgãos do nosso corpo, representando cerca de 12% de todo o nosso peso seco. Nela encontramos vários anexos, tais como folículos pilosos, unhas e glândulas. Entre as glândulas, destaca-se a sudorípara, que é responsável pela produção do suor, que, por sua vez, possui como principal função a termorregulação humana.
A glândula sudorípara é um tipo de glândula exócrina, ou seja, libera sua secreção por meio de ductos na superfície livre do corpo (superfície do corpo ou luz de órgãos). Graças a essa característica, podemos dividir a glândula sudorípara em duas porções: a condutora e a secretora. Em relação à forma da porção secretora, essa glândula é classificada como tubulosa enovelada.
A glândula sudorípara pode ser classificada em dois tipos: glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas. As écrinas são aquelas que liberam sua secreção sem que haja perda do citoplasma da célula secretora. Já as apócrinas eliminam secreção com porções do citoplasma.
As glândulas sudoríparas écrinas, também chamadas de merócrinas, são as mais frequentes, não sendo encontradas apenas nos lábios, leitos ungueais e tímpanos. São constituídas por uma porção secretora com células escuras e claras. As células escuras produzem glicoproteínas, enquanto as claras eliminam a porção aquosa do suor. A secreção das glândulas écrinas é eliminada diretamente na superfície do corpo humano.
Algumas vezes, as glândulas écrinas começam a produzir suor de maneira excessiva, em uma condição conhecida como hiperidrose. Nesses casos, observa-se um aumento exagerado de suor, principalmente nas mãos, pés, face e axila, o que causa bastante constrangimento ao paciente.
As glândulas sudoríparas apócrinas são menos frequentes e localizam-se nas axilas, nas aréolas mamárias, na região genital e na região perianal. Essas glândulas começam a funcionar na puberdade e a secreção varia de acordo com a sua localização e também com a atuação dos hormônios sexuais. Entretanto, de uma maneira geral, essa secreção apresenta-se mais viscosa quando comparada com aquela eliminada pelas glândulas écrinas. Outro ponto que merece destaque é o fato de que a secreção produzida por essas glândulas é eliminada nos canais dos folículos pilosos, diferentemente da merócrina, que lança na superfície do corpo.
A secreção produzida pelas glândulas sudoríparas apócrinas, diferentemente do que muitos pensam, não possuem cheiro. O odor desagradável é característico do desenvolvimento de bactérias na região.
Curiosidade: A cada polegada quadrada da pele, existem cerca de 625 glândulas sudoríparas.
Por Ma. Vanessa dos Santos