PUBLICIDADE
Normalmente, no aspecto quantitativo das soluções, para se calcular a relação entre a massa do soluto e a massa da solução, utiliza-se a grandeza denominada “Título” ou “Porcentagem em massa”.
Porém, existem alguns casos em que a massa do soluto presente na solução é tão pequena, que praticamente a massa do solvente é igual à massa da solução. Nesses casos, não se pode usar como referencial uma porcentagem, ou seja, analisar quantos gramas de soluto há em 100 unidades da solução. Assim, é preciso usar como referencial partes maiores da solução, como 1000 000 ou 106, isto é, partes por milhão (ppm).
O cálculo matemático em ppm é feito com a seguinte fórmula:
1 ppm = 1 parte de soluto___ |
Existem casos em que a solução está tão diluída que é necessário usar partes por bilhão (ppb) ou até partes por trilhão (ppt). Suas fórmulas são, respectivamente:
1 ppb = 1 parte de soluto___ Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) |
1 ppt = 1 parte de soluto_____ |
Se a solução for sólida ou líquida, a concentração em ppm é dada em massa; já se for no estado gasoso, ela será fornecida em volume.
Desse modo, se dissermos que a quantidade máxima permitida de chumbo, nas águas de abastecimento público, deve ser de 0,015 ppm, isso significa que são 0,015 g ou 15 mg de chumbo em 1 milhão de gramas da solução, ou seja, da água.
Outro exemplo importante de utilização da concentração em ppm, foi a resolução de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que estabelecia que a quantidade máxima aceitável de enxofre no óleo diesel deveria ser de 50 partes por milhão (ppm), ou seja, 50 partes de enxofre para 1 000 000 de partes do óleo diesel. Sendo que, atualmente, o óleo recebido pelas regiões metropolitanas contém 500 ppm; e, nas áreas rurais do país, esse teor pode chegar a 2 000 ppm.
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química