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Doação de Cordão Umbilical

Células do cordão umbilical: uma alternativa para tratamento de doenças malignas que afetam células sanguíneas
Células do cordão umbilical: uma alternativa para tratamento de doenças malignas que afetam células sanguíneas
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No cordão umbilical há um número considerável de células hematopoiéticas – aquelas que podem dar origem a diversos outros tipos celulares sanguíneos. Por tal motivo, e também pela dificuldade de se encontrar um doador de medula compatível, o sangue de cordão umbilical vem sendo uma alternativa para o tratamento de pacientes portadores de doenças malignas que afetam as células sanguíneas, como: leucemias, linfomas, anemias graves, anemias congênitas, hemoglobinopatias, imunodeficiências congênitas, mieloma múltiplo, além de outras doenças do sistema sanguíneo e imune.

As principais vantagens deste tipo de doação consistem em: disponibilidade imediata das células, utilização de sangue de uma fonte que até pouco tempo atrás era considerada lixo hospitalar e a possibilidade da realização do transplante sem que o doador seja submetido a procedimentos cirúrgicos. Além disso, para utilização destas células necessita-se de uma porcentagem menor de compatibilidade do que no caso da medula.

Uma das limitações deste método seria a existência de um limite de peso para o paciente, em função da quantidade de células-tronco retiradas do sangue do cordão. Entretanto, hoje se utiliza uma técnica que consiste em adicionar dois ou mais cordões compatíveis para uma mesma pessoa, driblando esta questão.

Considerando estes argumentos, em 2001 foi inaugurado o Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP) e, em 2004, a Portaria Ministerial n° 2381 criou oficialmente, em âmbito nacional, a Rede BrasilCord, coordenada pelo Inca e supervisionada pelo Ministério da Saúde. Tais iniciativas permitiram a criação de uma rede nacional de bancos de sangue de cordão umbilical e placentário, buscando beneficiar o maior número possível de receptores. Estes deverão ser cadastrados para que se identifique um doador compatível, para assim receberem as células, via transfusão.

Caso haja interesse quanto à doação, a mãe deverá assinar um termo de consentimento; fornecer informações acerca de sua história e de sua família (via questionário), a fim de evitar anormalidades e se consultar no período pré-natal. Vale lembrar que a genitora deverá ter entre 18 e 36 anos de idade e possuir idade gestacional acima de 35 semanas no momento da coleta.

Logo após o nascimento, o cordão umbilical é separado do bebê e da placenta. O sangue desta última e do cordão passa por processo de drenagem, sendo depois coletado em bolsas. Estas são levadas a bancos de sangue específicos e armazenadas em tanques de nitrogênio líquido a -190°C, pondendo ser conservadas por até 20 anos.

Para que seja possível a liberação do sangue para transplante, fazendo jus às instruções da legislação vigente, a mãe deve fazer exames sorológicos entre dois e seis meses após o parto sendo que, neste intervalo, são realizados testes no material coletado, para excluir a possibilidade de doenças genéticas e infecciosas.

Vale ressaltar que a doação é voluntária, confidencial e pode salvar uma vida!

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Por Mariana Araguaia

Escritor do artigo
Escrito por: Mariana Araguaia Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

ARAGUAIA, Mariana. "Doação de Cordão Umbilical"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/doacao-cordao-umbilical.htm. Acesso em 20 de abril de 2024.

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