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Bicho-pau é o nome dado a alguns insetos que apresentam grande semelhança com pequenos gravetos. Essa semelhança faz com que esses animais, muitas vezes, passem despercebidos pelos nossos olhos e também pelos predadores.
Devido à sua aparência, o bicho-pau destaca-se como um dos animais que possuem a camuflagem mais eficiente do planeta. Os bichos-pau, também chamados de mané-magro ou treme-treme, são encontrados com maior frequência em regiões tropicais, mas podem ocorrer em áreas subtropicais e temperadas.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre o bicho-pau
- 2 - Características do bicho-pau
- 3 - Alimentação do bicho-pau
- 4 - Comportamento do bicho-pau
- 5 - Reprodução do bicho-pau
Resumo sobre o bicho-pau
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Bicho-pau é o nome dado a diferentes espécies da ordem Phasmatodea.
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É um animal que apresenta semelhança com gravetos.
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A maioria das espécies apresenta dimorfismo sexual.
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Esses animais são encontrados majoritariamente nos trópicos.
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A maioria das espécies apresenta reprodução sexuada, porém alguns realizam partenogênese.
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Os bichos-pau se alimentam de folhas.
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Esses animais apresentam grande capacidade de camuflagem.
Características do bicho-pau
Bicho-pau é o nome dado a diferentes espécies pertencentes à ordem Phasmatodea, a qual possui mais de 3000 espécies descritas. Esse animal, também conhecido como treme-treme ou mané magro, é um inseto, portanto possui algumas características básicas desse grupo, tais como o corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen, três pares de pernas e um par de antenas. Como seu nome sugere, sua característica mais marcante é o corpo que lembra gravetos.
Podemos descrever o bicho-pau como um animal de corpo alongado e subcilíndrico, que possui pernas longas, finas e com expansões. Sua cabeça é pequena e possui olhos bem desenvolvidos. Esses animais possuem peças bucais mandibuladas. As espécies de bicho-pau existentes variam muito em tamanho, com algumas apresentando cerca de um centímetro e outras que podem atingir mais de 30 cm de comprimento.
É possível observar a presença de dimorfismo sexual na maioria das espécies. Em algumas delas, por exemplo, os machos são menores e possuem asas. Já em outras, as asas estão presentes nas fêmeas.
Vale destacar também que algumas pessoas criam o bicho-pau como animal de estimação. Para viverem em cativeiro, eles devem receber boa ventilação e folhas frescas.
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Alimentação do bicho-pau
Alimentando-se principalmente de folhas, o bicho-pau é classificado como fitófago (herbívoro).
Comportamento do bicho-pau
O bicho-pau possui hábitos noturnos, ou seja, é ativo durante a noite. Esse animal, geralmente, é observado quase imóvel sobre as plantas durante o dia ou fazendo movimentos rítmicos lentos, que lembram um galho balançando ao vento.
Para olhos desatentos, o animal pode ser imperceptível, devido ao seu incrível poder de camuflagem. Normalmente, ele coloca as pernas dianteiras para frente, cobrindo sua cabeça e antenas. As outras pernas ficam distendidas para trás.
A camuflagem realizada pelo bicho-pau é chamada de homotipia, pois ele apresenta estrutura corporal que se assemelha ao ambiente. Esse tipo de camuflagem também pode ser observado nos chamados bichos-folha.
Vale destacar que algumas espécies de bicho-pau apresentam outras defesas além da camuflagem, como, por exemplo, eliminar um fluído que possui cheiro desagradável.
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Reprodução do bicho-pau
O bicho-pau apresenta, na maioria das espécies, reprodução do tipo sexuada. A cópula geralmente é prolongada, demorando vários dias em alguns casos. O macho monta a fêmea e a fecunda. Seus ovos podem ser colocados no chão, em cascas de árvores ou em fendas, a depender da espécie.
Esses ovos apresentam um formato que lembra uma semente, em geral. Após eclodir do ovo, o inseto, que recebe o nome de ninfa, é semelhante ao adulto. Por possuírem fase de ovo, ninfa e adulto, podemos concluir que o desenvolvimento desses insetos é hemimetábolo, isto é, indireto.
Vale destacar que algumas espécies são capazes de se reproduzir por partenogênese, um tipo de reprodução assexuada. Nesse caso, as fêmeas colocam ovos não fecundados, os quais serão responsáveis por gerar outras fêmeas.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia