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Os animais apresentam diversas adaptações em seu corpo que os auxiliam na luta pela sobrevivência. Algumas adaptações garantem que os predadores fiquem longe, outras ajudam o predador a conseguir a sua presa ou, ainda, as adaptações atuam dessas duas formas. Entre as adaptações que merecem destaque, podemos citar a camuflagem.
→ O que é a camuflagem?
A camuflagem é uma forma de defesa eficaz em que o animal torna-se menos visível no ambiente em que vive e, dessa forma, evita que o predador consiga identificá-lo. Além dessa função de defesa, a camuflagem pode ser uma forma de obter alimento, uma vez que, escondido, o predador pode contar com o elemento surpresa para conseguir atacar a sua presa.
Na camuflagem, o animal altera sua cor ou forma, o que garante que ele fique invisível a olhos desatentos, ou, ainda, apresenta pelos, penas, escamas, entre outras estruturas, que, durante os vários anos de evolução, permaneceram no organismo como uma importante adaptação para ajudá-lo a esconder-se no meio. Os polvos, por exemplo, possuem cromatóforos, que são células especializadas na mudança de cor e que permitem ao organismo modificar e adquirir a coloração do ambiente. Já o urso polar possui pelos brancos, que o ajudam a camuflar-se na neve, e é um importante exemplo da ação da seleção natural.
A cor pode fazer com que um animal seja imperceptível no meio ambiente
A camuflagem pode ser de dois tipos:
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Homocromia: nesse tipo, os organismos apresentam padrões de coloração que são geneticamente fixados. Os organismos, nesse caso, possuem cor semelhante a areia, folhas, galhos ou outras estruturas, tornando-os parecidos com o meio. Um exemplo é o camaleão, que apresenta cromatóforos para garantir sua mudança de cor à medida em que ele desloca-se pelo ambiente. Outro exemplo é o peixe linguado, o qual apresenta o corpo com coloração que imita o fundo do local onde esse animal vive.
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Homotipia: é a camuflagem pelo chamado “comportamento de decoração”. Nesse caso, o organismo é semelhante a alguma estrutura do ambiente em que vive. Como exemplos, podemos citar o bicho-folha, que se assemelha a uma folha, e o bicho-pau, que apresenta grande semelhança com gravetos.
→ Qual a diferença entre camuflagem e mimetismo?
No mimetismo, as espécies apresentam características que as tornam semelhantes a outras espécies perigosas. Esse é o caso, por exemplo, da cobra coral falsa e da cobra coral verdadeira. Na camuflagem, no entanto, o que percebemos não é uma semelhança física e comportamental entre espécies e, sim, uma tentativa de esconder-se no ambiente.
Por Ma. Vanessa dos Santos