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Linguagem

Linguagem é um processo de comunicação que pode ser oral, escrito, digital etc. Ela apresenta função emotiva, poética, conativa, referencial, fática ou metalinguística.

Ilustração de cinco pessoas utilizando a linguagem corporal para se expressar.
Existem diversas formas de linguagem, que pode ser utilizada para várias finalidades.
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Linguagem é um processo de comunicação utilizado na transmissão de uma mensagem entre interlocutores. Existem vários tipos de linguagem, como a oral, escrita e digital. Já a língua é um dos códigos da linguagem e pode ser culta, usada em contextos formais, ou popular, válida em contextos informais.

A linguagem denotativa é caracterizada pela objetividade e clareza e se opõe à linguagem conotativa, plurissignificativa. Também é importante ressaltar que a linguagem apresenta algumas funções, tais como: emotiva ou expressiva, poética, referencial ou denotativa, fática ou de contato, metalinguística, e conativa ou apelativa.

Saiba mais: Figuras de linguagem — os usos de palavras ou expressões com sentido conotativo

Tópicos deste artigo

Resumo sobre linguagem

  • É um instrumento de comunicação entre o emissor e o receptor de uma mensagem.

  • Existem diversos tipos dela, como a oral, escrita, literária, mímica, artística, jornalística e digital.

  • A língua é um dos seus códigos e tem caráter social.

  • A linguagem formal é utilizada em contextos mais sérios e solenes, já a linguagem informal apresenta maior espontaneidade.

  • O sentido figurado está presente na linguagem conotativa e ausente na linguagem denotativa.

  • Suas funções são: emotiva, poética, referencial, fática, metalinguística e conativa.

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O que é linguagem?

A linguagem é um processo de comunicação entre o emissor e o receptor de uma mensagem. Para a transmissão dessa mensagem, é necessário um código, que deve ser dominado tanto pelo emissor quanto pelo receptor. Assim, para uma eficiente comunicação, é necessário escolher a linguagem adequada.

Tipos de linguagem

Existem diversos tipos de linguagem, como a linguagem oral, utilizada em contexto de fala. Quando escrevemos, utilizamos a linguagem escrita. Para nos comunicarmos com gestos, recorremos à linguagem mímica. Já a linguagem literária é empregada em textos literários.

A linguagem artística está associada às diversas modalidades estéticas, e se difere da linguagem jornalística, presente nas matérias de jornais. Temos também a linguagem digital, utilizada no ambiente computacional. Assim, cada tipo de comunicação se adéqua a uma linguagem específica.

As linguagens oral e escrita podem ser formais ou informais. No entanto, a fala apresenta recursos como a tonalidade de voz, aliada a gestos, coisa que falta na escrita, centrada na estrutura textual. Porém também é possível nos comunicarmos apenas com gestos, ou seja, um olhar ou um sorriso, por exemplo, também são mensagens.

As linguagens literária e artística são marcadas pela complexidade, estranheza e plurissignificação, e, por isso, são opostas à linguagem jornalística, objetiva e clara. Por fim, a linguagem digital é extremamente ampla, pois engloba desde termos técnicos de informática, além do jargão empregado por usuários da internet, até os emoticons.

Linguagem x língua

A linguagem é um processo de comunicação. Já a língua é um dos códigos da linguagem, ou seja, um mecanismo de comunicação, caracterizado por letras e fonemas, organizados segundo determinadas regras. Portanto, a língua pode ser utilizada em diferentes tipos de linguagem, como a oral, escrita e jornalística.

A língua possui um caráter social, pois está associada à cultura de um povo, e apresenta regras gramaticais, mas também variações, como regionalismos ou termos coloquiais. Assim, a língua culta é utilizada na linguagem formal, enquanto a língua popular é utilizada na linguagem informal.

Veja também: Variações linguísticas — o que são e quais são seus tipos?

Linguagem formal x informal

A linguagem formal é aquela utilizada em um contexto mais sério ou cerimonioso. Portanto, exige maior formalidade e cumprimento de regras. Em um processo de comunicação formal, a língua culta é utilizada. Portanto, é exigido o cumprimento de todas as regras gramaticais.

Se a linguagem formal implica maior distanciamento entre emissor e receptor, a linguagem informal permite maior aproximação entre os interlocutores e, portanto, apresenta espontaneidade no processo de comunicação. Desse modo, o uso de termos coloquiais, gírias ou mesmo incorreções gramaticais é bastante comum.

Linguagem denotativa x conotativa

A linguagem denotativa está associada a termos que mantêm seu significado primitivo ou básico. Portanto, essa espécie de linguagem não admite o sentido figurado. Já a linguagem conotativa está relacionada ao sentido figurado, isto é, a um significado suplementar. Assim, a palavra “anjo”, por exemplo, pode ser utilizada de forma denotativa ou conotativa:

Adamastor acredita em anjo.

Meu irmão é um anjo.

No primeiro enunciado, “anjo” apresenta um caráter denotativo, pois se refere a um ser espiritual. Já no segundo enunciado, ele é empregado conotativamente, pois indica que o irmão é bondoso, apesar de ser uma pessoa e não um ente espiritual.

Funções da linguagem

As funções da linguagem são categorias de estudo da linguagem e da comunicação. Existem seis delas. Veremos cada uma a seguir.

Função emotiva ou expressiva

Objetiva expressar emoções, pensamentos ou atos do emissor da mensagem.

Eu pude dormir em paz depois de fazer o que era correto.

Função poética

Objetiva apresentar elementos típicos de uma poesia, como conotação, versos e rimas. É o que se verifica nesta estrofe do poeta barroco Gregório de Matos:

Este padre Frisão, este sandeu,

Tudo o demo lhe deu e lhe outorgou,

Não sabe musa musae, que estudou,

Mas sabe as ciências, que nunca aprendeu.

Função referencial ou denotativa

Objetiva expressar uma informação de forma clara, objetiva, sem conotações.

Os juízes viajaram no mesmo avião para a Alemanha.

Função fática ou de contato

Objetiva manter ativo o canal de comunicação, isto é, impedir o fim da conversa.

— Então.

— Então.

— Tudo bem.

— Tudo bem.

— Dia frio.

— É verdade.

Função metalinguística

Objetiva colocar o foco sobre a própria linguagem, como ocorre em um filme que fala de cinema ou uma poesia cuja temática é a poesia. É o que podemos ver nesta estrofe do poema “Consolação”, de Olavo Bilac:

Penso neste milagre dos meus versos:

Um pouco de modéstia aos mais felizes,

Um pouco de bondade aos mais perversos...

Função conativa ou apelativa

Objetiva convencer, ordenar ou instruir o receptor da mensagem.

Faz o que te digo, mas sem perguntas.

 

Por Warley Souza
Professor de Redação

Escritor do artigo
Escrito por: Warley Souza Professor de Português e Literatura, com licenciatura e mestrado em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUZA, Warley. "Linguagem"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/linguagem.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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Lista de exercícios


Exercício 1

(UERJ)

Mineiro de Araguari, o cartunista Caulos já publicou seus trabalhos em diversos jornais, entre eles o Jornal do Brasil e o The New York Times
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No cartum apresentado, o significado da palavra escrita é reforçado pelos elementos visuais, próprios da linguagem não verbal. A separação das letras da palavra em balões distintos contribui para expressar principalmente a seguinte ideia:

a) dificuldade de conexão entre as pessoas

b) aceleração da vida na contemporaneidade

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Exercício 2

Nos quadrinhos, o uso simultâneo das linguagens verbal e não verbal contribui para a construção de sentidos do texto
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Na tira do cartunista argentino Quino, utilizam-se recursos gráficos que lembram o cinema.
A associação com a linguagem artística do cinema, que lida com o movimento e com o instrumento da câmera, é garantida pelo procedimento do cartunista demonstrado a seguir:

a) ressaltar o trabalho com a vassoura para sugerir ação.

b) ampliar a imagem da mulher para indicar aproximação.

c) destacar a figura da cadeira para indiciar sua importância.

d) apresentar a sombra dos personagens para sugerir veracidade.