A sucralose é edulcorante, portanto, é uma substância capaz de adoçar alimentos ou bebidas. Ela é produzida em laboratório (artificial) a partir da sacarose (C12H22O11), que é mais conhecida como açúcar comum.
A sacarose é utilizada para a produção da sucralose em processos químicos denominados de desacetilação, que é a incorporação e retirada de grupos acetila de uma estrutura, e polimerização, a qual é a formação de cadeias maiores, as macromoléculas.
De uma forma geral e simplificada, a obtenção da sucralose dá-se pela substituição dos grupos hidroxila (OH), ligados diretamente aos carbonos de números 4, 1 e 6, por átomos de cloro:
O resultado desse processo é um composto orgânico, de fórmula molecular (C12H19Cl3O8), cujo nome IUPAC é 4,1’,6’-tricloro- 4,1’,6’-trideoxigalactofrutose, que apresenta em sua estrutura as funções químicas haleto orgânico, éter e álcool.
A sucralose foi desenvolvida em laboratório no ano de 1978, porém, apenas em 1998 ela foi liberada para consumo humano, já que, assim como todo edulcorante, passou e ainda passa por diversos testes de biocompatibilidade.
Diversos foram os estudos realizados com esse edulcorante. A seguir, veja uma lista de alguns dos benefícios da sua utilização:
Capacidade adoçante de 400 a 800 vezes maior que a promovida pelo açúcar comum (sacarose);
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O sabor adocicado que promove aos alimentos e bebidas é extremamente semelhante ao do açúcar;
Não deixa resíduo amargo ou metálico no paladar, como outros edulcorantes fazem;
Substância não calórica, já que é de difícil metabolização (possui moléculas mais resistentes à hidrólise e à ação de enzimas);
Não possui grande absorção pelo trato gastrointestinal, sendo eliminado nas fezes em maior quantidade;
Não altera o nível glicêmico do organismo, podendo ser consumido por diabéticos;
Não interage quimicamente com proteínas, lipídios e vitaminas;
Extremamente resistente a processos que envolvem aquecimento como esterilização, cozimento em forno, pasteurização, etc;
Extremamente resistente a modificações no pH do meio;
Vale ressaltar que a presença de vitaminas, lipídios, agentes gelificantes e outros carboidratos pode alterar a capacidade de adocicar da sucralose.
Um produto que ainda intriga
Por mais que diversos estudos comprovem a segurança da sucralose, também existem algumas pesquisas que indicam alguns problemas relacionados a ela. De acordo com esses estudos, quando a sucralose é aquecida, formam-se alguns compostos organoclorados, os quais podem ser:
Tóxicos;
Carcinogênicos: promovem a formação de células malignas;
Mutagênicos: promovem mutações celulares;
Cumulativos: não seriam eliminados pelo organismo.
Alguns estudos também sugerem que, durante a passagem pelo trato gastrointestinal, a sucralose apresenta níveis de metabolização, não sendo eliminada de forma inalterada, como outros pesquisadores dizem.
Outro dado relevante é que alguns estudos verificaram a modificação nos níveis de glicose e glucagon, o que torna o seu consumo inviável para pessoas que apresentem diabetes.
Contudo, como podemos perceber, ainda não há um consenso no mundo científico em relação ao uso da sucralose. Assim, é recomendado que a sua utilização seja realizada de forma moderada, em torno de 5 mg/Kg ao dia.
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
DIAS, Diogo Lopes.
"O que é sucralose?"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-sucralose.htm. Acesso em 22 de novembro
de 2024.