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A divisão da história é uma forma de categorização de eventos passados em períodos distintos, proporcionando uma estrutura cronológica para análise. Essa abordagem facilita a compreensão das mudanças sociais, políticas, culturais e econômicas ao longo do tempo.
A história geral é tradicionalmente dividida em cinco períodos:
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Pré-história, abrangendo o surgimento dos hominídeos;
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Idade Antiga, com civilizações como Mesopotâmia e Roma;
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Idade Média, marcada pela sociedade feudal;
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Idade Moderna, um período de transformações significativas; e
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Idade Contemporânea, que engloba eventos recentes como as guerras mundiais e a Guerra Fria.
A história do Brasil segue uma divisão similar, incluindo períodos como:
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Pré-Colonial;
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Brasil Colônia, com a exploração portuguesa e escravidão;
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Brasil Império, com a monarquia;
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República Velha, com instabilidade política;
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Era Vargas, com reformas e industrialização;
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República Populista, com governos democráticos, mas com instabilidades políticas;
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Ditadura Militar, um período de restrições políticas;
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Nova República, iniciada a partir do fim da redemocratização que ocorreu entre 1974 e 1985.
Leia também: História — a ciência que estuda as ações humanas ao longo do tempo
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre a divisão da história
- 2 - O que é a divisão da história?
- 3 - Quais são os períodos da história?
- 4 - → Idade Antiga
- 5 - Divisão da história do Brasil
- 6 - Quais são as críticas à divisão da história?
- 7 - Exercícios resolvidos sobre a divisão da história
Resumo sobre a divisão da história
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A divisão da história é a prática de categorizar eventos passados em períodos distintos para facilitar o estudo e a compreensão das mudanças sociais, políticas, culturais e econômicas ao longo do tempo.
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A divisão da história geral consiste nos seguintes períodos: Pré-história, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.
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A divisão da história do Brasil consiste nos seguintes períodos: Período Pré-Colonial, Brasil Colônia, Brasil Império, República Velha, Era Vargas, República Populista, Ditadura Militar e Nova República.
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Várias são as críticas à divisão da história, como o eurocentrismo, a rigidez cronológica, a negligência de histórias locais e grupos marginalizados, e a visão teleológica.
O que é a divisão da história?
A divisão da história é a categorização dos eventos passados em períodos distintos, facilitando a análise e o estudo sistemático desses eventos. Essa prática auxilia na compreensão das mudanças sociais, políticas, culturais e econômicas que ocorreram ao longo do tempo.
A divisão da história permite aos historiadores e estudiosos organizarem os acontecimentos de maneira lógica e cronológica, proporcionando uma estrutura que facilita a análise comparativa e a identificação de padrões históricos.
A história é comumente dividida em grandes períodos que refletem mudanças significativas na sociedade e no desenvolvimento humano. Esses períodos ajudam a destacar as transformações fundamentais, permitindo uma visão mais clara das causas e consequências dos eventos históricos.
Quais são os períodos da história?
A história é tradicionalmente dividida em cinco grandes períodos: Pré-história, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.
→ Pré-História
A Pré-história é o período que antecede o surgimento da escrita e, consequentemente, da documentação histórica. Abrange desde o surgimento dos primeiros hominídeos até o surgimento das primeiras civilizações. Durante esse tempo, os seres humanos eram nômades e dependiam da caça, pesca e coleta para sobreviver. A Pré-história é subdividida em Paleolítico, Mesolítico e Neolítico, cada um caracterizado por avanços tecnológicos e mudanças no estilo de vida humano. Para saber mais sobre a Pré-História, clique aqui.
→ Idade Antiga
Idade Antiga é o período que abrange os séculos anteriores ao século V da Era Comum. Nela floresceram as civilizações da Mesopotâmia, Egito, Índia, China e África. É o momento histórico de surgimento e desenvolvimento das primeiras sociedades humanas organizadas, o berço da civilização humana. Para saber mais sobre a Idade Antiga, clique aqui.
→ Idade Média
A Idade Média é o período que se estende aproximadamente do século V ao século XV e é marcada pela queda do Império Romano e a ascensão de sociedades feudalistas na Europa. Durante a Idade Média, a Igreja desempenhou um papel central na vida cotidiana, e a sociedade era hierarquizada em classes sociais. O Renascimento, que ocorreu no final da Idade Média, trouxe um renascimento das artes, ciências e pensamento humanista. Para saber mais sobre a Idade Média, clique aqui.
→ Idade Moderna
A Idade Moderna é o período que vai do século XV ao século XVIII e é caracterizada por mudanças significativas em todos os aspectos da vida. Esse período inclui a expansão marítima, a Reforma Protestante, a Revolução Científica e o Iluminismo. A Idade Moderna também testemunhou o surgimento de Estados nacionais centralizados, com monarquias absolutistas, e o início do capitalismo como sistema econômico dominante. Para saber mais sobre a Idade Moderna, clique aqui.
→ Idade Contemporânea
A Idade Contemporânea é o período que abrange os eventos desde o final do século XVIII até os dias atuais. Inclui a Revolução Francesa, a Revolução Industrial, as guerras mundiais, a Guerra Fria, os movimentos de independência e descolonização, bem como os avanços tecnológicos e mudanças sociais que caracterizam o mundo moderno. Para saber mais sobre a Idade Contemporânea, clique aqui.
Divisão da história do Brasil
A história do Brasil é dividida em períodos que refletem as mudanças sociais, políticas e culturais ao longo do tempo. São eles o Período Pré-Colonial, Brasil Colônia, Brasil Império, República Velha, Era Vargas, República Populista, Ditadura Militar e Nova República.
→ Período Pré-Colonial
O período pré-colonial é o período que abrange a história do Brasil antes da chegada dos colonizadores europeus. Inclui as diversas sociedades indígenas que habitavam o território brasileiro e suas complexas estruturas sociais e culturais. Os povos indígenas eram distribuídos por todo o país, com modos de vida diversos que variavam de acordo com o ambiente em que viviam. Para saber mais sobre o Período Pré-Colonial, clique aqui.
→ Brasil Colônia
Brasil Colônia é o período que se inicia com a chegada dos portugueses em 1500 e vai até a independência do Brasil em 1822. Durante esse tempo, o Brasil foi explorado economicamente pelos colonizadores, principalmente por meio da produção de açúcar e do trabalho escravo. A sociedade era hierarquizada, com uma elite colonial dominante e uma população composta em grande parte por escravizados africanos e povos indígenas. Para saber mais sobre o Brasil Colônia, clique aqui.
→ Brasil Império
Brasil Império é o período que se inicia após a independência do Brasil em relação a Portugal. Após a independência, o Brasil tornou-se uma monarquia, com Dom Pedro I como imperador. O período imperial vai de 1822 a 1889, quando a monarquia foi substituída pela república. Durante o império, o Brasil enfrentou desafios, como a Guerra do Paraguai. Para saber mais sobre o Brasil Império, clique aqui.
→ República Velha
A República Velha é o período que vai de 1889 a 1930 e foi marcada pela instabilidade política, alternância de poder entre grupos oligárquicos e movimentos sociais, como a Revolta da Vacina e a Revolta da Chibata. Nesse período, a economia brasileira passou por transformações com a expansão do café. Para saber mais sobre a República Velha, clique aqui.
→ Era Vargas
Era Vargas é o período em que Getúlio Vargas governou o país. Getúlio Vargas assumiu a presidência em 1930 e governou durante grande parte do período de 1930 a 1945, sendo interrompido por um curto período durante a ditadura do Estado Novo (1937-1945). A Era Vargas foi marcada por reformas trabalhistas, industrialização e mudanças sociais significativas. Para saber mais sobre a Era Vargas, clique aqui.
→ República Populista
República Populista é o período democrático que se estendeu de 1946 a 1964. O período pós-Segunda Guerra Mundial foi caracterizado por governos democráticos e presidentes eleitos, no entanto, a instabilidade política persistiu, com mudanças frequentes de presidentes e crises econômicas. Para saber mais sobre a República Populista, clique aqui.
→ Ditadura Militar
A Ditadura Militar no Brasil é o período que se estendeu de 1964 a 1985. Começou com um golpe militar que depôs o governo democrático. Durante esse período, houve restrições às liberdades civis, censura, perseguição política e violações dos Direitos Humanos. Para saber mais sobre a Ditadura Militar no Brasil, clique aqui.
→ Nova República
A Nova República é o período que teve início após a redemocratização do Brasil, que ocorreu a partir de meados da década de 1980, culminando com a eleição de um presidente civil em 1985. Esse período foi marcado pelo retorno das instituições democráticas, a promulgação de uma nova Constituição, em 1988, e a consolidação do regime democrático.
Desde o advento da redemocratização em 1985, o Brasil testemunhou uma sequência de governos marcada por uma diversidade de abordagens políticas e econômicas. O primeiro presidente eleito nesse período foi José Sarney, que assumiu o cargo durante a transição democrática após anos de Ditadura Militar. Sarney enfrentou desafios consideráveis, incluindo a hiperinflação, mas seu mandato foi crucial para a estabilização do país. José Sarney foi sucedido por Fernando Collor de Melo, cujo governo ficou marcado pelo confisco dos valores em poupanças e contas-correntes e por um escândalo de corrupção que levou ao seu impeachment.
A década de 1990 foi caracterizada por governos que buscavam reformas econômicas profundas, notadamente o Plano Real, implementado durante a gestão de Itamar Franco e a subsequente administração de Fernando Henrique Cardoso. Esses presidentes focaram em políticas de estabilização e abertura econômica, almejando atrair investimentos estrangeiros e controlar a inflação. No entanto, também enfrentaram críticas devido a questões sociais e à privatização de empresas estatais.
No início do século XXI, o Partido dos Trabalhadores (PT) assumiu o comando do país com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Seu governo destacou-se por programas sociais como o Bolsa Família e um crescimento econômico notável. A sucessora de Lula, Dilma Rousseff, enfrentou desafios econômicos, protestos e um processo de impeachment em 2016, o que fez com que seu vice, Michel Temer, assumisse a presidência até 2018. A partir de 2019, o país viu a ascensão de Jair Bolsonaro, cuja presidência foi marcada por polarização política, debates sobre meio ambiente e gestão da pandemia de covid-19, cujo governo foi sucedido por uma nova administração de Luiz Inácio Lula da Silva.
Quais são as críticas à divisão da história?
Apesar de ser uma ferramenta valiosa para organizar e compreender os eventos passados, a divisão da história não está isenta de críticas. Algumas críticas comuns incluem:
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Eurocentrismo: Uma das principais críticas à divisão da história é o eurocentrismo, ou seja, a ênfase excessiva nos eventos e desenvolvimentos europeus em detrimento das histórias de outras regiões do mundo. A divisão tradicional da história frequentemente enfatiza os feitos da Europa Ocidental, negligenciando as contribuições significativas de outras culturas e civilizações.
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Cronologia rígida: A divisão da história muitas vezes implica uma cronologia rígida, o que pode obscurecer a complexidade e a interconexão dos eventos históricos. Os eventos não ocorrem de maneira isolada, e uma abordagem mais flexível pode ser mais eficaz para compreender as relações causais e as influências recíprocas ao longo do tempo.
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Ignorância de histórias locais: A ênfase em grandes períodos históricos pode levar à ignorância das histórias locais e das experiências específicas de determinados grupos sociais. A história de grupos marginalizados, como povos indígenas e minorias étnicas, muitas vezes é negligenciada ou sub-representada nas narrativas históricas convencionais.
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Visão teleológica: A divisão da história pode, por vezes, levar a uma visão teleológica, interpretando o passado como uma progressão inevitável em direção ao presente. Isso pode obscurecer as contingências históricas e as múltiplas possibilidades que existiam em momentos-chave.
Exercícios resolvidos sobre a divisão da história
Questão 1
Qual das alternativas a seguir melhor caracteriza a Pré-história?
A) Desenvolvimento de impérios e sistemas políticos complexos.
B) Ascensão de sociedades feudais com uma estrutura hierárquica definida.
C) Surgimento das primeiras civilizações avançadas, como Mesopotâmia e Egito.
D) Dependência de atividades como caça, pesca e coleta para a subsistência.
E) Expansão marítima e comercial global.
Resolução:
Alternativa D.
Durante a Pré-História, os seres humanos não tinham sociedades organizadas em impérios ou sistemas políticos complexos. A alternativa correta é a alternativa D, pois reflete a característica fundamental desse período, no qual a sobrevivência estava vinculada às atividades básicas de caça, pesca e coleta.
Questão 2
A Era Vargas foi um período marcante na história do Brasil. Qual das alternativas a seguir descreve corretamente uma característica desse período?
A) Instabilidade política com alternância de poder entre grupos oligárquicos.
B) Expansão marítima e início do processo de colonização.
C) Reformas trabalhistas, industrialização e mudanças sociais.
D) Regime militar com restrições às liberdades civis.
E) Sociedade hierarquizada com influência da igreja.
Resolução:
Alternativa C.
Durante a Era Vargas (1930-1945), o Brasil passou por transformações significativas, incluindo reformas trabalhistas, processos de industrialização e mudanças sociais. Essas iniciativas foram parte do governo de Getúlio Vargas, contribuindo para a modernização do país nesse período.
Créditos de imagem
[1] X / Ministério da Cultura da França / Wikimedia Commons (reprodução)
[2] Steve Swayne / Wikimedia Commons (reprodução)
[3] joshimerbin / Shutterstock
Fontes
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2009.
FLORENZANO, Maria Beatriz. O mundo antigo: economia e sociedade. São Paulo: Brasiliense, 1998.
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2009